23. Control

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Não revi, desculpem. :p

Caso nunca tenham visto o trailer ----> 

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O que é que eu faço? Eu falo disto com o Harry?

Não. Eu não posso falar disto com ele. Assim ele saberá que estive aqui à procura de uma opção para deixar de ser a sua alma gêmea, e eu não quero isso de todo.

“Sky?” Merda! Merda! Merda! É o Harry!

Eu viro-me num instante e meto o livro na estante e tiro outros para parecer que os estava a ler.

“Aqui!” Eu chamo.

Ótimo, agora vou ter de fingir que estou bem com ele e que não estou super triste com o que ele fez. Simplesmente perfeito.

Ele aparece vestido num fato preto e novamente, eu tenho de tentar não parecer afetada.

“Hey, Harry. Tudo bem?” Eu sorriu-lhe.

E ele faz a última coisa que eu estava à espera; ele senta-se no chão ao meu lado.

“O que é que estás aqui a fazer?” Oh, mas que educado que tu és por responder.

“Estava só aqui a ver uns livros para ler.” Eu aponto à minha volta.

“Sentada no chão? Pode-te fazer mal. Há inúmeras cadeiras e mesas por aí.” Eu tento não revirar os olhos.

“Harry, não faz mal sentares-te no chão de vês em quando, sabes?” Eu encosto a cabeça contra a estante e fecho os olhos. Toda esta informação ainda me está a deixar tonta.

“Tal como não faz mal dizer a verdade de vez em quando?” Eu abro os olhos de imediato e olho para ele quando ele diz isto. O que é que ele quer dizer com isso?

“Eu não sei o que é que queres dizer.” Ele mete a mão no meu pescoço e puxa-me para ele, fazendo com que fiquemos a olhar bem nos olhos um do outro.

Eu engulo em seco quando sinto o formigueiro a formar-se onde ele me toca.

“Eu sei que é tudo uma fachada, Sky. Porque é que me disseste que depois de um quarto de hora saíste? Porque é que me fizeste acreditar que estava tudo bem quando não estava?” Eu tiro as suas mãos de mim.

Eu olho para baixo e murmuro: “Cada um lida com a dor à sua maneira.”

Num segundo eu estou a olhar para as minhas mãos e no outro estou no colo do Harry, ele tem as mãos de cada lado da minha face e a sua cara está demasiado perto da minha.

“Desculpa ter-te feito esperar. Desculpa não ter aparecido. O que é que eu posso fazer para que tudo fique bem?” Ele acaricia o meu rosto

Eu viro a cara para o outro lado. “Não podes fazer nada.”

“É claro que eu posso, Sky. Tu já me estás a esgotar a paciência.” Ele rosna zangado.

“Eu? Eu estou a esgotar-te a paciência? Eu não me importava que não tivesses aparecido, se ao menos tivesses tido a decência para avisar!” Eu grito, empurrando-lhe o peito.

“Eu tenho mais coisas importantes para fazer do que realizar os teus caprichos estúpidos e mimados!” Ele grita de volta e eu paro de o empurrar.

Eu olho para baixo e riu levemente, deixando uma lágrima escapar, limpando-a logo. “Claro, desculpa. Erro meu.” Eu levanto-me do seu colo e pego nos livros rapidamente, abraçando-os contra o meu peito.

Eu apresso-me a sair para que ele não veja que estou a chorar, contudo ele levanta-se rapidamente e agarra-me pelo braço.

“Sky, espera – eu… desculpa. Eu não quis dizer aquilo.” Ele parece perdido, sem saber o que fazer.

“Mas a verdade é que disseste.” Eu tento soltar-me do seu aperto.

Eu só quero um porto de abrigo para puder chorar agora, um amigo… a Tori está para longe e eu não tenho mais ninguém.

Espera… Zeverus. O Zeverus!

O Zeverus adora-me, eu sei que sim. E ele é muito amável comigo e ele… ele talvez me consiga dar as respostas às minhas perguntas após ler aquele livro.

Mas o que é que me garante que ele não dirá ao Harry? Eu tenho de tentar de qualquer das formas, é a única maneira.

Mas o Zeverus só vem ao de cima quando o Harry perde o controlo…

Eu limpo as lágrimas com a parte de trás da mão e preparo-me para o que tem de ser feito.

“Eu odeio-te. Nojento. Eu odeio-te!” Eu grito-lhe, contudo isto não tem o efeito que eu esperava que tivesse.

Ele não parece ficar chateado com as minhas palavras, mas sim triste.

Não, não, não!

“Tu odeias?” Ele murmura derrotado.

Merda, não era suposto teres esta reação, Harry! O que é que eu posso fazer para lhe deixar furioso?

“Eu não te odeio, Harry… mas é que eu conheci este rapaz e–“ Eu sou praticamente projetada contra a parede mal digo isto.

“Tu o quê?!” Ele grita a meros milímetros da minha cara.

Ótimo, ele está chateado. Eu sei lidar com um Harry furioso, mas com o Harry triste, nem tanto.

Ele começa a tremer, mas eu sei que ele está a tentar-se controlar, para que o Zeverus não venha ao de cima.

“Ele é lindo e–“ Ele rosna mesmo à frente da minha cara e eu chego-me o máximo possível para trás, fechando os olhos com medo.

“Anjo?” Eu ouço a voz do Harry a chamar-me.

“Zeverus!” Eu lanço-me para os seus braços e ele apanha-me logo, abraçando-me com força logo de seguida.

Eu afasto-me dele depois com pressa, olhando-o nos olhos. “O Harry está a ouvir-nos? Diz a verdade.”

“Não, ele não está. Porquê, Anjo?” Ele parece confuso.

“Zeverus, temos muito tempo para conversar ou ele a qualquer momento vai passar a ouvir?” Eu digo numa correria.

“Ainda temos uns minutos. O que se passa, Anjo?” Ele agarra nas minhas mãos preocupado.

“Eu… eu fui à procura de uns livros… uns livros sobre almas gêmeas…” Eu olho para baixo com vergonha de dizer, porque ele também é a minha alma gêmea.

“Conta-me, Anjo.”

“Para encontrar uma maneira de anular a nossa relação, de rejeitá-la.” Ele deixa as minhas mãos caírem, afastando-se de mim, completamente derrotado.

“O… quê?”

“Desculpa, Zeverus. Mas, eu tentei! Tu sabes que sim! Quem falhou foi o Harry e… esquece isto, okay? O importante é que eu não descobri só isso, eu li lá que os humanos não podem de maneira alguma ser almas gêmeas de ser algum, contudo eu sou indiscutivelmente a alma gêmea do Harry. O que é que isso faz de mim, Zeverus? Isso faz de mim uma criatura mítica, é isso?”

“Impossível…” Ele murmura.

“Impossível? Impossível o quê? Explica-me!” Eu suplico, agarrando os braços dele.

“Eu pensei que vos tivesse aniquilado a todos.” Harry?

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Double update! Yey!

Comentem e votem o que estão a achar até agora! E lembrem-se, os comentários e votos fazem com que eu tenha mais motivação para continuar.

Tess :)

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