[7] Exulansis

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Olá, pecadores! Como estão? 

Me desculpem pela demora, socorro, a cara de pau vindo atualizar depois de quase dois meses. Pessoalmente, essa fanfic é muito intensa pra mim. E esse capítulo principalmente, então, eu peço que leiam com cuidado, tem os avisos de gatilhos. Não é um capítulo cheio de coisas, mas ele é IMPORTANTE para ir fechando círculos e ir abrindo outros. Tenham paciência. 

Leiam sem moderação! Obrigada pelo carinho que a fic tá recebendo <3 Não esperava. Votem e comentem se gostarem, bebes <3.

#Tamechamandodepecador


Atenção! O capítulo a seguir contém os seguintes gatilhos: crise de ansiedade, pensamentos depreciativos e homofobia. Uso de drogas ilícitas.

— Por que eu não posso brincar com ele, mamãe? — Jeongguk perguntou quando sua mãe terminou de passar o suéter azul-bebê por sua cabeça.

— É complicado, meu príncipe. — Ela pegou um bracinho de Jeongguk, enfiou na manga comprida do suéter e depois fez a mesma coisa com o outro, deu dois tapinhas para ajustá-lo no corpinho pequeno e apertou as bochechas gordas. — Seu amiguinho é criado por duas mães.

Ele não entendeu o erro. Então sorriu.

— Ele tem duas mamães? Que legal!

— Oh, não, não. Isso não é certo, filho. — Ela se apressou em corrigir, em um tom sério, praticamente repreensivo.

— Por quê? — perguntou, os olhinhos piscando em confusão.

— Porque é pecado.

— Ter duas mamães é pecado? Por quê, mamãe?

Sua mãe suspirou, pegou a escova na cama e o sentou no colo dela, começando a pentear o cabelinho.

— Porque o certo é uma mamãe e um papai — explicou ela. — É assim que tem que ser.

— Por quê?

— Você anda muito curioso, meu amor. Mas é assim que é o certo, assim que Deus criou. — Ela apertou o nariz de Jeongguk entre o indicador e o polegar e voltou a escovar os fios para trás, em um penteado que ele não gostava muito, mas não reclamava, assim como o suéter grosso que sempre o deixava com calor. Ainda não entendia o problema do porquê não podia brincar com o amiguinho que havia conhecido no parque.

— Deus não gosta?

— Não, meu amor, Ele não gosta.

Era o suficiente.

— Você 'tá ouvindo, Jeonggukie?

Com os pensamentos em outro lugar, Jeongguk encarava o sorvete derreter quando sentiu um chutinho no sapato por debaixo da mesa. Piscou os olhos antes de voltar à realidade e ver o rosto confuso de Jiwoo enquanto ela devorava uma banana splitz. Ela estava vestida naquela camiseta que tinha estampado Jesus is Cool com um desenho de mãos de Rock'n Roll. Depois do final do culto de sexta-feira, ela convidou Jeongguk para uma volta até a sorveteria que ficava na esquina do bairro da igreja. A notícia de que estava saindo com uma garota pareceu deixar sua mãe quase feliz.

— Desculpa, o que você disse, noona?

— Eu tô falando com você há um tempão e você tá aí, com uma cara de besta — Jiwoo disse, meio emburrada de um jeitinho infantil.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora