[13] Énouement

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olá, olá, sentiram saudades? aposto que sim, depois do desastre que terminou o capítulo passado, eu imagino! esse aqui veio pra compensar tudo, já tem quase quinze mil palavras! então aproveitem com cuidado, comentem se gostarem para deixar uma autora felizinha. é isso.

boa sorte e boa leitura

vou dedicar esse capítulo pra minha neném guelbs que fez aniversário esse mês e merece todo amor e reconhecimento do mundo. parabéns pelas suas conquistas e por tudo. te amo!

Énouement: "A sensação agridoce de ter chegado no futuro, visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu 'eu' do passado

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Énouement: "A sensação agridoce de ter chegado no futuro, visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu 'eu' do passado."



— Não pode fumar aqui, senhor.

Ergueu os olhos cansados para encarar a terceira enfermeira rabugenta que chamava sua atenção pelo mesmo motivo. Revirou os olhos, assoprou a fumaça do sexto cigarro e o apagou no copo de café já frio.

Taehyung tinha certeza de que se existisse um inferno, era muito provável que estivesse vivendo dentro do seu. Desde aquela noite, Taehyung não conseguia dormir, tinha pesadelos horríveis todas as malditas vezes em que fechava os olhos. Como um filme repetido dentro da mente, revivia o terror dos olhos escuros de Jeongguk perdendo o brilho aos poucos, aquele grito de desespero que cortou a garganta assim que a adrenalina se foi, esfriando o sangue e explodindo a dor do ferimento, então tudo se transformava em vermelho vivo, afogando-o até não restar mais nada.

Por isso estava se sustentando com café, cigarros e álcool.

Se sentia um trapo. Todavia, apesar do corpo cansado e dolorido por conta das cadeiras desconfortáveis do hospital e das noites insones, nada se comparava a sensação de culpa apertando seu peito, como se alguém segurasse seu coração com as próprias mãos. Também não conseguiu visitar Jeongguk durante esse tempo, pelo menos não acordado, contentando-se com olhadelas durante a madrugada em que ele dormia profundamente, porque não tinha coragem de olhá-lo nos olhos.

— Taetae. — Ouviu a voz de Jimin chamar, tirando-o dos devaneios. — Você precisa ir pra casa.

— Não.

— Você está agindo como uma criança. Acha mesmo que ficar aqui, se lamentando assim, vai resolver alguma coisa? Você precisa de um banho, pentear o cabelo, sei lá, porra. — Jimin estalou a língua em indignação e soltou um suspiro derrotado, segurando sua mão quando ocupou a cadeira ao lado, o olhar suavizando um pouco. — Ele está bem. O pior já passou. Você só precisa de um pouco de fé.

— Fé? — Taehyung soprou uma risada, uma risada rouca que ardeu a garganta seca pelo cigarro e a falta de uso. Ele puxou a mão de volta e procurou por mais um cigarro no bolso traseiro da calça. — A mesma fé que o Jeongguk tem?

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Where stories live. Discover now