Prólogo: Mimeomia

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Oi!! Minha nossa senhora, eu espero que dessa vez vá! Como eu disse, essa fanfic é antiga, então eu estou apenas repostando, de uma maneira mais atualizada e totalmente reescrita. SE alguém for ler, espero que goste <3 (dedicação a pessoa que mais pediu essa fanfic na vida; gabizinha e todas as outras do tkps que me apoiaram muito)


Jeongguk cresceu com a premissa de que os garotos maus iriam para o inferno.

Ele nunca reclamou ou se questionou sobre a educação religiosa que teve desde que nascera. Foi criado dentro de uma igreja, obedecendo às ordens rígidas do pai, Jeon Jongwon que, segundo ele, apenas seguia aquilo que a Bíblia ensinava. Então, através dela, repassava os ensinamentos para centenas de fiéis na igreja que regia em Itaweon, como pastor.

A primeira vez que Jeongguk viu contradição no discurso de seu pai, ele tinha apenas oito anos de idade. Quando ele ia à igreja, ouvia da boca do próprio sobre como os ensinamentos mandavam amar o próximo. Fazer o bem sem ver a quem. E Jeongguk levava esses ensinamentos como a sua verdade; ser alguém bom, sem julgamentos, assim como lhe era ensinado.

Por isso Jeongguk não entendeu quando viu o ódio escorrer das palavras de seu pai apenas porque ele havia brincando no parquinho com o seu novo colega de escola. E, apesar do argumento, sua cabecinha de criança não entendia como brincar e se divertir poderia levar alguém para o inferno. Por que Deus odiaria isso?

Mas Jeongguk também foi ensinado que ele deveria respeitar seu pai e sua mãe para que seus dias fossem prolongados na terra. Então, mais uma vez, ele apenas abaixou a cabeça, encolheu os ombros e assentiu, mesmo que, uma parte de si, ainda ousasse não concordar com aquelas tão agressivas que seu pai dizia a respeito daquele garoto.

Não havia mal algum ali.

Entretanto, Jeongguk nunca falou sobre isso. Ele era um bom garoto.

Da janela do segundo andar, Taehyung observava a movimentação na casa ao lado, desgostoso porque provavelmente aquele lugar horrível, que ficara por meses abandonado, agora teria moradores. Isso significava que mais gente chata encheria seu saco quando ele estivesse apenas se divertindo. Soltou a fumaça densa do cigarro presa em seus pulmões pela última vez.

Não queria ter que abdicar da liberdade de poder fazer o que quiser, gostava de não ter ninguém para reclamar da música alta, do barulho excessivo dos carros e da grande circulação de pessoas.

— Tá frio, caralho, fecha essa porra — foi a primeira coisa que Jimin disse, ainda deitado na cama, embrulhado com o edredom amarelo grosso e quente, cheio daquele mau humor matinal tão rotineiro. Taehyung revirou os olhos e apagou o cigarro no cinzeiro que sempre ficava perto da janela porque era um costume seu fumar pelo menos três cigarros ali todas as manhãs.

— Pode ir levantando essa bunda gorda daí! — Taehyung tentou puxar o edredom, mas Jimin o segurou sobre o corpo nu.

— Vai se foder!

Iniciaram uma guerra com o tecido, com um Jimin mal humorado por ter tido o sono interrompido.

— Levanta, porra, você não tem horário no hospital hoje? — num solavanco, Taehyung conseguiu puxar de uma vez o edredom, expondo a nudez de Jimin, que arremessou um travesseiro em sua direção, amaldiçoando até a sua terceira geração. Ele nem de longe se parecia com o Jimin selvagem da noite passada, que gemia seu nome e dizia todas aquelas promiscuidades, carente e manhoso, cheio de disposição para obter sexo fácil e seguro, como todas as vezes.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora