[14] Lethobenthos

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Caramba, voltei, e voltei com um capítulo de quase dezessete mil palavras!! acontece muita coisa aqui. Queria agradecer pelos 20 mil votos e por mais de 150k visus, é muita gente, socorro, que responsabilidade! Obrigada mesmo. Eu espero que gostem muito desse capítulo e entendam os personagens, as motivações, o lado de um, sejam empáticos! É isso, boa leitura! ps: já aviso que contém cenas +18 no capítulo!


 "Lethobenthos: Hábito de esquecer o quão importante uma pessoa é para você, até o momento em que você a encontra pessoalmente"


Jeongguk abriu o olho esquerdo, sonolento e confuso, depois, o direito, avaliou o quarto e então se deu conta de que não estava mais sonhando, mesmo que ainda sentisse a cabeça nublada e confusa. Assustado com a realidade, se sentou na cama, olhos arregalados e a pulsação reverberando forte nas têmporas quando processou o que tinha acabado de sonhar.

— Caramba! — ofegou, engolindo em seco assim que seu cérebro fez questão de lembrá-lo daquelas exatas cenas, e olhou em volta para ter certeza de que estava mesmo sozinho e acordado. — Meu Deus do céu!

Desceu o olhar, vendo a virilha dolorosamente marcada pelo volume indecente e uma mancha obscena na calça de moletom cinza, que era só mais uma prova do crime que havia cometido. Respirou fundo, se concentrando em qualquer memória que não fosse as mãos grandes apertando sua cintura e uma boca sugando todo seu fôlego, mas o que invadiu sua pobre cabecinha atordoada foi apenas aquele sonho proibido que não tinha nenhum direito de deixá-lo assim, tão afetado e confuso, até na vida real.

Se virou de bruços, frustrado, mas a fricção que recebeu do colchão em contato com aquele lugar sensível só piorou seu nível de excitação e ele teve que morder os lábios para segurar um maldito gemido.

— Ai, tá de brincadeira. — Se virou de barriga para cima outra vez, puxou o ar devagarinho pelos lábios, olhos fixos no teto branco do quarto, e contou até dez. — Que sonhos são esses...

Frustrado. Era assim que se sentia. Andava de mau humor desde aquele dia em que beijara Taehyung no banheiro da Six Colors. Ficava irritado com facilidade e foram muitas as vezes em que acordou no meio da noite, suando e com um problema no meio das pernas.

Nenhum dos esforços estava ajudando até agora, e a ideia de que teria que resolver aquele problema do pior jeito possível, do jeito natural, fez um frio esquisito percorrer seu baixo ventre e explodir no meio da virilha, causando uma pulsação que ele odiou ter gostado.

— Não!

Apertou bem os olhos, negando veementemente.

Não adiantou de nada.

Ainda de olhos fechados, relaxou os ombros no colchão e dobrou parcialmente os joelhos, separando-os o suficiente para se sentir confortável. Umedeceu os lábios com a língua, a respiração ainda pesada e difícil de controlar, tão difícil que parecia sufocá-lo. Certo, talvez fosse mais fácil do que imaginava; não era como se já não tivesse feito isso um dia, embora a experiência que teve sozinho não tenha sido nada comparada a que teve com Taehyung. Era algo natural que seu corpo fazia, embora as motivações fossem, ainda, algo que tivesse que se manter longe. Estava tentando superar Taehyung, fazer algo assim, era mais uma prova de que estava longe disso.

E pensar em Taehyung naquela situação chegava a ser injusto, até errado, se fosse pelos seus princípios.

Ah, caramba, ele não tinha como pensar em princípios com uma ereção tão dolorida no meio das pernas e o corpo em chamas.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Where stories live. Discover now