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Glenda Madison

A cor sumiu do meu rosto, O impacto daquela revelação foi recebido como um soco na boca do meus estômago. Pela terceira vez em menos de uma hora o choque me atingiu e me senti mal. A ansiedade venceu a barreira da incredulidade sufocando o pânico que havia congelado meu cérebro. Esse lunático entrou no meu apartamento e está bagunçando toda a minha vida em pouco tempo. Nem a relação com meu ex namorado foi tão conturbada assim.

Senti meu corpo todos ficar mole, pisquei repetidas vezes com o coração acelerado e a mente embaralhada para manter a compostura. Minha cabeça ainda não conseguiu assimilar direito as dimensões daquela declaração, ele é um mafioso, um criminoso? Me senti prestes a perder os sentidos. Apertei os olhos e quase caí, ele me segurou firme entre os braços e declarou:

— Por favor, não vai desmaiar de novo — ele falou sem paciência em um tom sarcástico.
— Me solta... Não me toque. —estava incrédula.

Meu grito apavorado foi seguido de um silêncio tenso. Tentei soltar-me das mãos que me mantinham cativa, mas só consegui induzi-lo a me segurar com mais força.

— Não vai fugir não, nós vamos conversar. E saiba que você tem sorte por eu querer negociar com você, em outras circunstâncias, a trancaria em um calabouço até o bebê nascer e depois daria cabo da sua vida, então sinta-se com sorte por está sendo generoso com você, mas já aviso que se não colaborar, não terá mais nenhuma chance.

Agora passei da incredibilidade para o medo. Meu coração batia descompassado enquanto meus olhos buscavam uma saída, não ficarei mais nenhum minuto no quarto com ele. De repente estava assustadoramente claro o que significava aquela revelação dele, não se trata apenas de um homem querendo reivindicar um suporto filho, mas um criminoso que não usará métodos ortodoxos para conseguir o que quer.

Tentando aparentar uma calma que estava longe de sentir, olhei para o rosto dele que estava tão perto que podia sentir o hálito morno no meu próprio e pedi:

— Senhor... Marcus, eu penso que tem razão, precisamos realmente conversar. — usei a cautela, era melhor colaborar por agora, depois penso em uma maneira de resolver isso, não se sabe do que esse homem é capaz.

— Fico contente por colaborar, não queria ter que usar meus métodos.

Ignorei a ameaça e pedi:

— O senhor pode me soltar agora. É melhor a gente ter essa conversa na sala.
— Sim, faremos isso, mas antes quero deixar algo esclarecido.

Então ele aproximou-se ainda mais de mim e esmagou meu corpo contra a parede fazendo a massa muscular enorme ficar colado em mim. Ele segurou meus maxilar apertando sem usar muita força, porém mesmo assim, meu coração martelava no peito, não só despertando o medo, mas também uma atração que ele acendeu em mim. Os lábios dele estavam quase roçando nos meus quando ele proferiu as palavras:

— Não é você que decidi nada, todos os acontecimentos a partir de agora serão regidos por mim.

Ele me pegou pelo braço e me puxou para a sala. Não fiz nada para me libertar, ele era muito mais forte que eu.

Ignorei a indignação dos seus gestos e me concentrei em meu estômago que revirava de nervoso e medo quando ele me fez sentar no sofá e fez o mesmo no outro.

— Muito bem, Glenda, não vamos perder tempo. Em poucos dias, enviarei um dos meus seguranças para acompanha-lá até um laboratório de confiança meu
para a realização de um teste de paternidade.
— Por quê? Você acha que o bebê pode não ser seu?
— É algo a considerar, já que eles erraram em implantar meu material em você, podem ter errado sobre o pai também.
— Nesse caso, você não exigiria nada?
— Claro que não, por isso quero ter certeza que essa criança é minha, jamais assumiria o filho de outro.

Grávida do Mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora