CAPÍTULO LXX

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CARLOS

UM DIA antes do meu aniversário, Nina me mandou uma mensagem dizendo que não poderia falar comigo por videochamada, pois tinha uma coisa muito importante para resolver no curso e na empresa do pai.

Acabamos que não nos falamos. Fui ao shopping e comprei uma roupa para o casamento do João. Quando voltei, fiquei em videochamada com o Tadeu e resolvemos algumas coisas que estavam pendentes. Logo depois, fiquei jogando no computador, a saudade bateu e peguei o porta-retratos dela com a nossa foto. Era uma saudade imensa... nem vi quando dormi.

Quando fui acordado pela minha irmã, não imaginava que a minha princesa estivesse aqui.

— E meu, serve?

— Amor! - sentei-me na cama e a puxei para um abraço. Dei-lhe um beijo e ela me sorriu.

— Tá, agora levanta dessa cama e vamos para o restaurante almoçar - disse minha irmã.

Peguei o meu celular e olhei o horário, 10:30 da manhã.

— Isso lá é hora de almoçar? Onde vamos?

— No La Carte.

— É pertinho daqui. Então façamos o seguinte - puxei minha pequena pro meu colo, dei um beijo rápido e coloquei o seu cabelo para trás —, vocês vão na frente e às 11:30 chegaremos lá. Agora, nesse exato minuto, eu quero matar a saudade que eu estou da minha namorada!

Colei minha boca na dela e não me importei se a mãe dela ou minha irmã ainda estavam no quarto. Girei ela na cama a deitando e me deitando sobre ela. Ela gargalhava.

— Ai amor, calma!

— Nada, você não faz ideia da saudade que eu estou de você, minha peruquinha!

— Vamos, Dri - disse minha irmã, já sabendo que não resolveria tentar argumentar — Esperamos vocês no restaurante. Não demorem, lembrem-se que o Eduardo vai estar lá aguardando.

Assim, elas saíram me deixando com a minha amada.

— Amor, quando você chegou?

— Ontem à noite.

— Por que não me disse? Eu iria te buscar...

— Era surpresa, não poderia dizer.

— Faz ideia da saudade que eu estou de beijar você?

— Faço. Pois estou igualmente saudosa!

Fiz carinho em seu rosto e a beijei. No início foi um beijo desesperado e ansioso, mas depois se tornou como eu gostava, devagar e sem pressa. Assim, pude explorar sua boca gostosa, sentir sua língua acarinhar a minha e o seu gosto de cereja maravilhoso.

— Saudade dessa boca, desse cheiro, dessa pele... ah, princesa... ainda vou ter que esperar quatro meses - fiz biquinho.

— Ah... amor, não faz isso. Você sabe que fico toda boba com você manhoso.

— Então tira minha manha!

Ela beijou todo o meu rosto, terminando em minha boca. Tirei minha boca da dela e desci beijos por seu pescoço, mordendo leve a curva dele. Lambi o contorno de sua orelha e ela, que estava com a boca próxima a minha orelha, deu um gemido tão gostoso que acendeu todo o meu corpo. Nossos beijos de saudade e desejo foram tornando tudo o que estava acontecendo, cada vez mais quente. Ela gemia cada vez mais, meu corpo queimava de desejo.

— Minha princesa, melhor pararmos. Eu preciso tomar um banho, bem frio de preferência.

— Eu passei esses últimos noventa dias louca pra te ver, te beijar, te tocar... por favor.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Where stories live. Discover now