CAPÍTULO LXXXVII

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CARLOS

AQUELE TUMtum tumtum foi a música mais linda que os meus ouvidos já ouviram.

— Nina, eu te amo! - ela chorava assim como eu.

Já era fim de tarde, quando fomos de volta para a mansão. Pedimos à Clara para não falar nada a ninguém.

— Você tem ideia para nomes? - perguntou Nina.

— Lembra quando eu disse que queria ter doze bebês? Eu tenho um nome para cada um deles.

— Sério?

Falei para ela quais eram os nomes que eu tinha em mente para nossas filhas e quis saber se ela concordava.

— Eu adorei!

Na hora do jantar, com todos à mesa, conversávamos sobre várias coisas e eu percebi que a Dri ainda estava muito triste, com certeza ainda em seu luto.

— Amor, vamos falar sobre os nossos bebês, talvez alegre a sua mãe - sussurrei para ela, que concordou com a cabeça.

— Hoje no fim da tarde, fomos fazer a primeira consulta com a Clara - ela começou.

— E já sabemos o sexo do nosso bebezinho.

— E então, vou ter um neto ou uma neta? - Dri pareceu ansiosa.

— Netas.

— Ahhh filha parabéns, uma menininha.

— Não, Dri.

— Como não? Você acabou de dizer neta!

— Eu disse netas... são gêmeas, duas menininhas - Eduardo abriu um sorriso largo e olhou para Nina, que sorria lindamente.

— Cunhado, você só surpreende... antes não comparecia e quando resolveu comparecer, meteu logo duas de uma vez.

— Se é pra fazer, o meu marido faz bem feito!

Dri começou a gargalhar com a Clara. Eduardo fingiu não ligar e eu olhei para ambos, que esqueceram que o Samu tava na mesa conosco.

— Então eu vou ter duas sobrinhas? Duas bebezinhas que eu vou poder brincar e pegar no colo?

— É sim, Sam!

— Já sabem os nomes?

— Sim, mas só conto mais pra frente.

Comecei a planejar e montar o quartinho de nossas filhas. Após aquele dia da revelação, fomos no dia seguinte para nossa casinha. Batizamos toda a casa e Nina me pedia sexo praticamente dia sim e o outro também. Se eu não gostei? Claro que adorei, ela ficava cada dia mais safada e eu estava entrando no ritmo dela. Mas o que não gostei, foi o fato dela dizer que queria saber se eu não havia enjoado dela, se eu ainda a desejava com aquela barriguinha crescendo e que era para eu ficar satisfeito para não a trair durante o puerpério dela. Vê se pode?!

Jéssica voltou ao Brasil, quando a Nina estava com cinco meses de gestação. Minha empresa estava sendo administrada pelo Tadeu, mas eu fazia videoconferência, ia ao menos uma vez na semana para ver tudo de perto. Tava bem complicado, Nina também estava se inteirando da empresa do pai e quando Jéssica chegou, meu sogro me pediu para chamar o Tadeu e irmos para a CESAR 'S.

— A Nina já sabe o intuito dessa reunião, Carlos. Espero que você pense bem e veja que é uma boa solução - disse Eduardo.

— Do que se trata?

Ele me passou uma pasta com dados e um valor escrito logo abaixo.

— Quero comprar a sua empresa, ou melhor, fundir a sua empresa com a CESAR 'S.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora