CAPÍTULO LXXV

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CARLOS

ELES OLHARAM para a tela e depois para mim.

— Um contrato da sua empresa? - perguntou o Eduardo.

— Não. Eu comprei!

— Comprou essa casa?

— Sim.

— Por que? - quis saber Dri.

— Comprei essa casa para morar com a Nina. Meu apartamento é pequeno e se quero uma família, não vou morar lá com ela.

Clara pegou o celular, olhou a imagem e mostrou ao meu cunhado.

— Morar com a Nina? Mas quando isso?

Peguei uma caixinha no meu bolso e coloquei sobre a mesa, em frente ao pratinho de sobremesa do Eduardo.

Ele olhou para a caixinha e para mim, Dri pegou a caixinha e abriu.

— Ah, que linda, Carlos!

— Vou pedi-la em casamento!

— Quando ela voltar de Nova Iorque? - perguntou o Eduardo.

— Não! Vou mês que vem pra lá, pedir a mão dela em casamento.

— Não tá muito cedo, não?

— Eduardo, para que serve o namoro?

— Para o casal se conhecer, ver se é realmente com aquela pessoa que se quer construir uma vida.

— Pra fazer o que você também não tá fazendo, cunhado! E deixando a minha irmã chupando dedo. Afinal, é no namoro que o fogo está queimando bem. Foi o período em que eu e a Clarinha mais ficávamos no quarto, né amor? - ele beijou a Clara e me olhou debochado — E pelo que sei, você não está aproveitando o seu namoro. Minha irmã é jovem e bonita... e se puxou ao casal Mor, como você diz, deve ser fogo puro...

— Bruno, isso é jeito de falar da sua irmã?

— Papai, peguei vocês dois, não foi uma vez só... e o fogo consumia vocês. E Nina foi feita em uma dessas vezes, com certeza.

— Eu prometi pra ela que iria lá, antes dela acabar o curso. E estou com saudades dela. Fora que, se o namoro serve para conhecer a pessoa com que estamos pensando em dividir a vida... não existe razão para eu e ela continuarmos namorando.

— Como não? Você diz que vai pedir ela em casamento, depois fala como se fosse se separar dela...

— Não há razão, pois ninguém conhece melhor a Nina que eu. Conheço ela desde que nasceu. E ela a mim. Pra que ficar prolongando esse namoro? Fora que, o que passamos me deu um medo imenso de perder ela e não quero ficar mais afastado dela.

— Então você vai pedir ela em casamento e ela sabe disso?

— Não, Dri.

— E tem ideia de quando vocês casam?

— Sim. Daqui a 3 meses.

— Oi? - disse Clara.

— Isso que vocês ouviram. Se ela aceitar, como sei que vai, nos casamos daqui a três meses. Ela retorna daqui há dois meses. Casamos um mês depois.

— Mas... acho que isso tá rápido demais.

— Eu acho que o meu cunhado, tá querendo correr com o casamento, mas sabemos que não é porque minha irmã está grávida. Então suponho que é pra fazer com que ele acalme a fera. Ou seja... transar.

— Deixa de ser ridículo, Bruno! Quero me casar com a sua irmã, porque a amo. Porque tenho certeza que ela é a pessoa certa, a mulher da minha vida.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora