CAPÍTULO XXX

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NINA

COMECEI A namorar o Gustavo, ele me tratava bem e era um namoro sem nada demais, mãos dadas, sorvete, cinema. O tio Ca me disse que achava que o Gustavo estava forçando parecer algo que não era, mas minha mãe achava que era a mesma situação do Lucas, ou seja, o tio Ca não gostava do Gustavo, ciúmes de padrinho.

Eu já estava estudando, fazendo o segundo período na faculdade. Completei dezessete anos e ganhei de presente do tio Ca, uma viagem com ele para Bonito no Mato Grosso do Sul. Por incrível que pareça, o papai não teve objeções e nos deixou viajar sozinhos. O Gustavo ficou possesso com isso, e para que ele não me deixasse ou me traísse, eu resolvi dar um passo a mais na nossa relação. Uma semana antes da viagem, fomos para a casa dele e ficamos ouvindo música e jogando game, já que ele gostava e eu também. Pouco depois, começamos a trocar beijos e carícias e a coisa começou a esquentar.

― Nina, me deixa te fazer um agrado? Você vai viajar com o seu tio e vou ficar sem você por quinze dias... é muito tempo. Me deixa ter algo seu, para ficar lembrando de você até você voltar?

― Algo meu? O que? - tá, eu não era burra, não tinha experiência, mas sabia de muitaaa coisa. Sempre fui muito curiosa e deixei de encher o tio Ca de perguntas, quando soube que poderia tirar as dúvidas com a minha cunhada. Eu também fazia perguntas à minha ginecologista. E quando o Gustavo me olhou daquela forma, coisa que não tinha feito antes, e me pediu algo pra lembrar de mim... claro que pensei que ele queria sexo, mas eu não me sentia pronta.

― Deixa eu te fazer um carinho diferente e mais gostoso?

― Gustavo, seja direto. O que você quer exatamente?

― Nina, você às vezes não é nem um pouco romântica. Sua praticidade assusta!

― Fala, Gustavo.

― Me deixa fazer oral em você?

― Você quer fazer sexo oral em mim? Quer que eu faça com você também?

― Deixa eu te chupar gostoso? E você só me chupa, se você quiser. Mas eu vou querer que você me toque.

Fiquei alguns segundos pensando. Claro que o meu namorado era lindo. Já estávamos namorando há meses e só com beijinhos e abraços. Ele já ia completar vinte anos. Na hora pensei no Lucas, quando me pedia pra me tocar e para tocá-lo e eu não fazia. Depois pensei que eu também estava com desejos... por que não?

― Você me promete que não vai passar do oral, nada de querer colocar dedo em mim ou ... seu pênis?

― Prometo! Confia em mim, até hoje eu nunca descumpri o que te prometia. Só vai rolar até onde você quiser... você comanda.

― Não posso comandar, pois nunca fiz isso!

― Digo... comandar, no sentido... eu paro, quando você pedir pra parar, entende, donzela? Se você quiser mais, você pede mais e eu te dou... se você não quiser mais nada, além de beijos e carícias... não fazemos nada! Vou respeitar você.

― Tá bom. Se não respeitar eu quebro sua cara!

Ele levantou-se e fechou a porta do seu quarto, começamos a nos beijar, Gustavo desceu os beijos por meu pescoço, passando a língua devagar. Sua mão apertava minha coxa e a outra estava segurando minha nuca.

― Adoro seu cheiro, minha donzela - ele sussurrou isso leve e delicadamente ao meu ouvido, arrepiando todos os pêlos do meu braço.

Ele levantou do chão, onde estávamos sentados e me pegou pela mão, me levando até a cama dele. Nos sentamos e ele voltou com a língua pra minha boca. Sua respiração começou a ficar acelerada, suas pupilas dilataram e suas mãos percorriam das minhas coxas a minha cintura, apertando de leve. Eu passei minhas mãos em seu peito e ele retirou a camiseta que usava, deixando que eu tocasse sua pele. Ele me deitou na cama e não parou de fazer carícias em meu corpo.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Where stories live. Discover now