[Nome] não estava, nem de longe, na sua melhor semana.
Primeiro, o resultado das provas tinha saído, a garota não tinha ido mal mas também não tinha ido tão bem quanto poderia e queria. Em seu boletim tinham alguns dez, outros noves, um ou dois oitos, mas tinha um sete, aquele maldito sete. O número sete que fez toda as outras notas parecerem sem importância, seu esforço pareceu totalmente em vão por causa de uma só nota.
Depois disso veio uma feira de profissões que as amigas a arrastaram para ir, coisa que só serviu para deixar a garota mais mal. [Nome] não havia escolhido ainda o que iria fazer depois do ensino médio e a feira só serviu para deixá-la ainda mais confusa ainda.
Na mesma semana ainda recebeu bronca de um dos seus professores, coisa que ela odeia, a garota faz tudo certo para que ninguém chame a sua atenção e seus pais brigaram com ela. A chamada de atenção do professor foi justificável, a garota estava muito distraída no dia, mas a de seus pais não, foi um erro bobo que a garota cometeu e os seus genitores levaram a sério demais.
Tudo junto estava deixando a garota mal, ela não conseguia se concentrar mais, sentia uma inquietação contrante, seu sono estava completamente desregulado e a garota havia perdido todo seu apetite.
Ficou a beira do sim colapso por dias, até seu corpo desistir de lutar e ela colapsar.
O ar parece não ir mais para seus pulmões, toda vez que inspirava com a intenção de puxar o ar, parecia piorar, como se estivesse se afogando. Seu corpo todo treme, as mãos estão frias, a boca está seca e seu coração parece que irá sair pela boca.
Um ataque de pânico.
Esse não era a primeira vez que acontecia, mas essa parece pior, a sensação de que iria morrer estava ali, perigosamente presente. Sozinha em casa e sem conseguir se levantar, tudo que a garota podia fazer era esperar passar ou a morte, o que acontecesse primeiro.
- [Nome], sua mãe pediu para eu vim te... Ver.
Como um anjo saído diretamente do céu, Asahi aparece na porta do quarto da garota. O Azumane é seu vizinho e amigo desde a infância, namorado a pouco tempo, o garoto sabia de sua ansiedade e seus ataques mas nunca tinha presenciado nenhum.
- [Nome]... - Asahi se abaixa ao lado da garota - Consegue falar comigo? - A garota abre a boca várias vezes mas nada sai, nenhum som.
O moreno não sabia o que fazer, sua mente está nublada, nenhuma ideia do que fazer o vem a cabeça, mas deixá-la sozinha definitivamente não era uma opção.
- E-eu vou te tocar, não se assuste.
Asahi se apoia na parede, pega a garota com delicadeza e deita em seu peito, abraça sua cintura com a mão esquerda e inicia um cafuné em sua cabeça com a direita.
- Foque sua atenção na batida do meu coração, okay? Você sempre falou que isso te acalmava e hm, esqueça que tudo está passando na sua mente e se concentre na minha voz. Eu não vou sair daqui enquanto você não quiser... Hoje eu tive um amistoso sabia? Estamos todos do time melhorando muito, acho que conseguiremos chegar ao nacional, eu espero na verdade. Estou um pouco inseguro, você sabe como eu sou, quero ser o Ace que o time precisa e merece. Ei, você não vai acreditar no que o Hinata e o Kageyama fizeram...
E Asahi falou e falou e falou, por pelo mais de meia hora, mas a namorada não reclamou e nem iria. Estar no colo dele, ouvindo a voz que ela tanto amava e se concentrando nas batidas do coração do moreno a fez, aos poucos, voltar ao normal, os sintomas foram sumindo, sua mente foi voltando para o lugar e agora ela estava bem.
- Obrigada - [Nome] interrompe o moreno no meio de mais uma história. O coração do garoto finalmente se acalmou, foi a primeira vez que ela falou desde que o garoto chegou.
- Não precisa agradecer, eu fico muito feliz que você esteja bem.
- Precisa sim, não sei o que teria acontecido sem você, obrigada mesmo... Eu te amo.
As bochechas do garoto ganharam uma cor extremamente vermelha, era a primeira vez que um dos dois falava que amava o outro. Foi um choque para o Azumane, ele ama [Nome], sempre amou mas tinha vergonha de falar, tanto por achar que era cedo quanto por ter vergonha.
- Eu também te amo, acho que sempre te amei, desde que éramos duas crianças correndo pela rua e com você sempre se machucando.
- Ei! Eu não tenho culpa que eu era... Sou, muito desastrada.
- Tem razão, não tem - Asahi beija a testa da namorada - Que tal nós irmos comer algo, sei que você está com fome.
- Só estou cansada, não estou com fome - Para o azar da garota, sua barriga ronca alto fazendo Asahi rur - Talvez só um pouquinho.
- Vou fazer algo para você comer.
- Okay deixa do eu - Antes de terminar a fala [Nome] sente seu corpo ser erguido do chão - ASAHI - A garota grita pelo choque.
- Você falou que estava cansada, vou te levar para a cozinha no colo.
- Eu posso andar Asahi.
- Eu sei, mas quero te levar no colo, amor.
- Você me chamando de amor é golpe baixo e você sabe disso - A garota ri e entrelaça os braços no pescoço do garoto - Só não me deixa cair.
- Não vou, pode deixar.
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