Haikyuu- Imagines

Fim de festa - Toru Oikawa.

Quem é vivo sempre aparece né kkkkkk, logo ia fazer um ano que eu não postava nada, peço desculpas mesmo, perdi o tesão que eu tinha por Haikyuu sabe, mas vou tentar aparecer mais aqui.

É a primeira vez que eu trago um capítulo com leitor masculino, espero que vocês gostem.

Aviso- leitor masculino.

Eu sabia que a festa estava acabando no momento que as pessoas começaram a sair, sozinhas, acompanhadas, algumas até arrastadas por amigos de tão bêbadas. Bom, é a hora de eu ir embora, infelizmente, não estou bêbado o bastante para sair com alguém, ou para estar sendo carregado. Estou bem o suficiente para sentir meu celular tocando e atender sem qualquer problema.

- Oi, [Nome]?
- Oikawa?
- [Nome] meu amor.

Eu suspiro forte, o moreno com certeza está bêbado, muito bêbado pela voz mole, obviamente ele ligou para mim.

- Onde você está Oikawa?
- Não me trate assim - O jogador faz uma voz de choro - Seja gentil com o seu Toru.
- Onde você está Toru?
- No banheiro? Eu acho.

Viro de onde eu estava em direção ao banheiro do casarão que eu nem sabia quem era o dono. Pulei alguns bêbados caídos no chão e poças de vômito, e outros fluídos que eu não tenho certeza se quero identificar.

Logo vi o bêbado que eu tinha que buscar, de camiseta preta, jeans azul claro e um All Star preto, os olhos tristes sem focar em nenhum ponto específico. Ao me ver seus olhos se abriram e um sorriso preencheu seu rosto, gostaria de sorrir também, como eu faria normalmente por vê-lo bem e sem ninguém. Porém eu não consigo mais, uma parte de mim ainda se sente feliz por ele estar sozinho, mas a maior parte se sente um lixo por sempre ir rápido ao encontro dele quando recebo uma ligação.

- [Nome], meu amor!
- Oi, Oikawa, vamos para casa?
- A minha ou a sua? - Toru solta um sorriso malicioso.
- Bem - Me abaixo ajudando o outro a se levantar - Eu para a minha, você para a sua.
- Isso é sem graça, por que você não me leva para a sua casa e nós aproveitamos esse fim de festa?
- Não, Oikawa.

Arrasto o garoto até o lado de fora, ignorando suas tentativas de conversa e flerte, impedindo que ele caia ou que pegue alguma garrafa de bebida que foi largada no chão. Felizmente ele está limpo e não bêbado ao ponto de não conseguir ficar de pé, apoio meu ex companheiro de equipe em uma árvore e chamo um Uber, torcendo para que alguém aceite nossa corrida a essa hora da madrugada.

- [Nome]
- Fala, Oikawa.
- A Mira me deu um fora - Mordo a língua, tentando não fazer nenhum comentário ácido - Eu nem gostava tanto dela, mas fiquei triste dela ter me dado um fora.
- Acho que é normal ficar triste por levar um fora.
- Talvez - O homem passa a mão pelo meu rosto - Você é bonito, [Nome].

Procurando um lugar para olhar que não fosse a boca de Oikawa, vi o Uber chegando, rapidamente puxei o outro pelo braço sem falar nada e fui em direção ao carro. Pedido desculpas ao motorista, expliquei que meu amigo estava bêbado e para ignora-lo, o motorista sorriu e continuou o caminho até a casa do moreno.

- Eu não estou tão bêbado assim - Ele cruza os braços e infla as bochechas como uma criança.
- Está sim, eu vou te jogar debaixo da água gelada e ir embora.
- Você não seria mal assim, [Nome]-chan.
- Enfia o Chan no cu.
- Você é cruel - Ouço a risada contida do motorista e fico feliz que minha desgraça tenha pelo menos divertido ele.

O caminho foi bem rápido, me despedi do moço agradecendo e me desculpando novamente, ele apenas riu e falou que foi uma corrida divertida, ali decidi daria gorjeta boa para ele assim que pudesse.

- Onde está sua chave, Oikawa?
- No meu bolso da frente.
- Pega ela e me dá.
- Não, pega você - Respirei fundo.

Poderia largar ele aqui fora e só ir embora, deixar ele a própria sorte e que se foda, eu só quero ir para casa. Mas, infelizmente, eu sou bom demais para isso, pego a merda da chave no bolso da frente do jeans do Toru e o jogo para dentro do apartamento, sem qualquer delicadeza.

Tranco a porta e entro pelo apartamento, exatamente igual a última vez que vim aqui. Já faziam o que, três, talvez quatro meses, também havia sido levando o Oikawa bêbado para casa, talvez essa fosse minha função na vida dele e como ele me vê, a pessoa que cuida dele quando termina e bebe demais para esquecer. Não um amigo, não um amante, não até mesmo um caso, apenas alguém que ele liga no fim de festa.

- Consegue tomar banho sozinho?
- Até consigo, mas com você seria mais gostoso.
- Toru, eu não estou brincando.

Ele joga a língua para fora e se levanta, balança um pouco, mas consegue ir até o banheiro, espero ele terminar, se eu saísse e ele escorregasse, caísse e quebrasse a cara a culpa provavelmente cairia sobre mim, abandono de incapaz ou algo assim.

Um pigarro chama a minha atenção, Oikawa somente de toalha e o cabelo molhado. Nunca poderia negar que ele é bonito, também nunca poderia negar o quanto ele era o meu tipo e eu havia amado a noite que tivemos na última vez que ele me ligou bêbado após uma festa. Mas também não posso negar como ele ignorou minhas mensagens depois da nossa noite, como se jogou em outra relação com uma garota qualquer e só me ligou agora que havia levado um fora, bêbado e precisando de cuidados.

Um rostinho bonito, uma cara de dó e um cabelo molhado não me levariam ao fundo do poço outra vez.

- Se quiser tomar banho, eu te empresto uma toalha e nós podemos repetir o que aconteceu da última vez - O sorriso malicioso dele, sem vergonha alguma revira meu estômago ao invés de me estigar.
- Eu vou para casa, já deveria ter ido a pelo menos uma hora atrás.
- Não seja estraga prazeres [Nome], fica - Ele faz sua costumeira cara de cachorro triste.

Ele da um passo se aproximando, mas eu recuo dois para trás. Teto morder a língua e só ir embora, mas o álcool não permite e eu vômito algumas palavras que estão guardadas a meses.

- Você praticamente me manda embora após me foder, não retorna nenhuma das minhas mensagens e quer que eu abra minhas pernas para você de novo? Você é patético Oikawa, mas eu sou mais, por continuar indo quando você pede como um cachorrinho. Quer saber? Não posso prometer que nunca mais vou me deitar com você, já que eu sou um otário mentiroso sem qualquer amor próprio, mas quando você conseguir me enxergar como mais que um tapa buraco, como um amigo ou até um amante, eu fico. Ah sim, já ia esquecendo liga para outra pessoa na próxima vez que cair como um porco de tão bêbado, eu não vou te ajudar mais.

Então saio do apartamento, lágrimas escorrem pelo meu rosto, sinto o gosto amargo das palavras e sentimentos guardados a tanto tempo. Mas eu cansei de ser só o amor de fim de festa.

Espero que tenham gostado desse capítulo com uma pegada mais triste, já que eu amei escrever.

Esse capítulo foi inspirado na musica de mesmo nome do cantor Jão