Capítulo 14: Covas

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I never land, just float there.
(Eu nunca aterrisso, apenas flutuo por aí)
Trampoline - SHAED

Mais uma pessoa estava morta por minha culpa, meu segredo fora revelado, agora todos sabiam quem eu era

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Mais uma pessoa estava morta por minha culpa, meu segredo fora revelado, agora todos sabiam quem eu era... Uma assassina!

A melancolia que eu tentava a todo custo esconder dentro de mim, que eu enterrava cada dia mais na minha alma, agora eu a liberava em forma de lágrimas que encharcavam meu travesseiro.

Me desculpe, mãe! Eu falhei com você, é por minha culpa que você não está mais aqui... E agora eu tirei a vida de mais uma pessoa... Mas se a senhora soubesse... Soubesse como é difícil se calar, como é difícil ser obrigada a isso para não machucar as pessoas ao meu redor...

Ouvi a maçaneta da porta do meu quarto se abrir e meu corpo se enrijeceu.

Mas então soltei o ar preso em meus pulmões aliviada por ver que a figura que entrava pela porta era Raika.

— Você está bem? - ela perguntou enquanto fechava a porta atrás de si.

Me ajeitei na cama me sentando com as pernas cruzadas e apoiando as costas na parede.

Tentei enxugar minhas lágrimas de uma forma imperceptível e afirmei com a cabeça.

Ela caminhou até mim e se sentou na cama pegando minhas mãos.

— Eu sei que não... As paredes são finas... - ela disse com um sorriso.

"Você não está com medo de mim?" - perguntei.

Ele franziu as sobrancelhas em confusão.

— Claro que não! Por que você acha isso?

"Porque agora você viu o monstro que eu sou."

— Eu não vejo um monstro... Vejo alguém com um poder incrível, mas muito perigoso. Assim como todos nós.

Abaixei minha cabeça tentando segurar minhas lágrimas, mas ela levantou meu queixo com delicadeza.

— Você não é um monstro, Isabel! Você é uma garota incrível! Uma garota que rasgou a própria roupa para ajudar uma desconhecida, a garota que ofereceu seu ombro para consolar a todos nós! Você é muitas coisas, bondosa, gentil, inteligente, meiga, linda,... Mas monstro não é uma delas.

Ela ainda estava com a mão quente e macia pousada delicadamente sobre meu rosto, seus olhos castanhos brilhavam, era como se estivessem envoltos por uma áurea dourada, seus cílios tão claros quase invisíveis mexiam de forma elegante enquanto ela piscava, e de repente, não sei se pelas palavras gentis ou pela intensidade com que me olhava, me vi mergulhada naqueles lindos olhos castanhos, e quase que instintivamente, aproximei nossos rostos e roubei um selinho de seus lábios finos.

Mas ela rapidamente se afastou.

Onde eu estava com a cabeça?

Me afastei sentindo meu rosto arder de vergonha e ciente de que minha pele pálida agora devia se encontrar vermelha tal como uma pimenta.

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