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— Arthur, o que aconteceu?

— Tentaram pegar o seu pai — Arthur direcionou os olhos, os mesmos que ela se referiu como olhos do diabo, para ela. Voltou-se para Finn. — Eu subi até aqui atrás da garota, mas a vi sendo puxada para o seu quarto. Sabia que era você.

— Porque não me avisou? Ainda estão aqui? — Finn franziu o cenho, agitado.

Trinity ainda estava atrás dele, se dando conta disso apenas quando Arthur se demorou em seu rosto, o qual ela sentiu queimar de vergonha. Arrastou os pés para o lado de Finn.

— Nós acabamos com os filhos da puta.

— Onde está o meu pai? — havia urgência na voz da garota.

— Lá em baixo.

— O tiro...? — Trinity espremeu os olhos, estava receosa pela resposta.

Arthur esfregou o rosto com a palma da mão e puxou o ar pela boca audivelmente.

– O seu pai matou alguém essa noite, menininha. Foi o que você ouviu.

Arthur cerrou os olhos para Finn quando um riso nasalado escapou de seus lábios, ironicamente.

Gângsters sem escrúpulos — Finn repetiu o que a garota disse.

Trinity encolheu levemente os ombros, baixou um pouco o olhar. Ouviu um barulho estranho vindo de Arthur.

— Gangsters sem escrúpulos? — ele franziu as sobrancelhas.

— Eu estava nervosa. — a garota se defendeu.

Arthur soltou o ar pela boca, estava decidido a tomar um banho e descansar.

— Bom, a coisa está feita. O carro emperrar foi uma maldita emboscada para o parlamentar e sua filha, mas os Peaky Blinders cuidaram disso. — Dito isso, ele se retirou.

Trinity assentiu lentamente enquanto sentia o peso das palavras a medida que as assimilava. Se Finn não houvesse a levado de volta para casa, talvez alguma coisa terrível teria acontecido. Percebeu o quão vulnerável estava enquanto o seu pai estava concentrado em desatolar o carro, e como isso teria os matado caso os Shelby não tivessem aparecido.

Não era uma garota inocente e a mercê dos cuidados de outros homens, mas também não era estupida. Aquela era a primeira vez em que se metia em algo tão grande, com pessoas tão perigosas, e ela havia se deitado na cama deles. Entrado em sua casa. Comido da sua comida. Mesmo que ardesse em seu peito parecer indefesa, ela precisou admitir que ali, com eles, ela estava.

E não gostaria de pagar o preço pela coragem. Em sua mente as palavras "covarde" e "sensata" lutavam por espaço, e era difícil ignorar ou esconder isso. Havia confusão transbordando por seus olhos.

— Vou descer e ver o meu pai — a garota sibilou.

Finn assentiu enquanto ela movia os pés para fora do quarto, finalmente. Ele resolveu que desceria também, obviamente não para ver o parlamentar, mas porque não dormiria de qualquer jeito. Ela foi na frente e chegou primeiro ao primeiro andar. Quando Finn estava no hall e olhou para a sala, Trinity estava abraçada com o homem que a segurava fortemente em seus braços. Michael e John também estavam no ambiente.

De repente, o Shelby mais jovem sentiu-se observado. Olhou para o outro lado, o direito, e viu Thomas. Ele estava semi escondido na escuridão do corredor que se estendia atrás de si, para onde apontou com a cabeça, convidando o irmão mais novo a segui-lo.

Finn olhou uma última vez para Trinity e então começou a fazer o seu caminho. Thommy parou na cozinha escura, onde não havia ninguém além dele e Polly. A mulher estava encostada na parede e tinha um cigarro entre os dedos. Finn estranhou aquilo, mas se prontificou a ouvir, observando-os.

Peaky Fucking Blinder Where stories live. Discover now