Febre Dourada - Cedric Diggory

Cap. XI - O que você não pode ter

Nota da autora 1) Sugestão de Música: Love you goodbye - One Direction.

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Cedric Diggory abandonou sua vassoura no gramado do campo de Quadribol e correu até a saída da arquibancada da Sonserina. Em um timing perfeito, Siena Dumbledore desceu os últimos degraus da escada com pressa em direção ao castelo de Hogwarts.

-Siena!

Cedric gritou com a voz embargada e tomada pela emoção. O rapaz não sabia como se desculpar, mas tinha que tentar.

-Cedric, não!

Siena respondeu para o jovem em uma explosão de raiva. Suas mãos estavam trêmulas e seu rosto estava manchado pelo choro constante. Cedric sentiu seu coração afundar em seu peito. O que ele havia feito?

-Eu sinto muito... Eu...

-Você estragou tudo, Cedric! Todos sabem! Está feliz? Por que você faria uma coisa dessas? Nós tínhamos um combinado e você...

Siena prosseguiu em um fluxo descontrolado de palavras. Sua mente estava tão agitada que seu corpo não conseguia acompanhar o ritmo. Cedric balançou a cabeça antes de molhar seus lábios e se aproximar de Siena, que recuou instantaneamente.

-Eu fiquei com raiva de Wood te defender e... Eu simplesmente disse sem pensar...

Cedric tentou se justificar, mas, foi impossível. O maxilar de Siena estava tenso e Cedric teve a certeza que Siena não escutava uma palavra do que ele dizia.

-Você adora me culpar por tudo.

Cedric murmurou com ressentimento. Siena abriu e fechou a boca, franzindo a testa com indignação.

-Me desculpe... Fui eu quem contou para a escola inteira sobre a gravidez no meio de um jogo estúpido de Quadribol?!

Siena disparou em uma mistura de deboche e ira. Cedric encolheu os ombros com tristeza. Alguns alunos passaram pelos jovens cochichando e apontando com curiosidade. Siena bufou e enterrou o rosto nas mãos sentindo as lágrimas caírem novamente.

A jovem se sentia encurralada com seus sentimentos. Cedric... Não era confiável, certo? Ele já havia provado inúmeras vezes...

-Eu sinto muito.

Cedric desabafou com a voz baixa. Seus olhos estavam tomados pela sinceridade das suas palavras, mas Siena não iria desistir tão cedo de culpá-lo pelo acontecimento de minutos atrás. Ou por tudo.

-Nunca mais se aproxime de nós.

Siena vociferou com a voz gélida antes de abraçar a barriga em um ato de proteção. Cedric franziu a testa compreendendo o que ela dizia. Mas isso estava fora de cogitação para o jovem.

-Você não vai me afastar. Ah me desculpe... - Cedric rebateu com a voz amarga repleta de maldade e ironia - Isso é o que você faz, certo? Você afasta as pessoas. Você... Constrói esses muros ao redor de você e... Ninguém pode te alcançar. Ninguém é bom para você, Siena.

Cedric sentiu seu peito subir e descer em um movimento agitado. A expressão de Siena... Foi inconsolável. Cedric coçou a cabeça tentando conter o que tinha dito, mas era tarde demais. Siena franziu seus lábios e cerrou seus olhos com irritação.

-Você não é bom para mim, Cedric. Entenda a diferença.

A jovem não queria ter dito isso... Claro que Cedric era bom para ela. Ela ainda sentia borboletas em sua barriga ao se lembrar de sábado na casa de Cedric. Mas, as palavras de Cedric tinham lhe atingido... E ela precisava rebater a altura. Siena não daria o braço a torcer.