Cap. XLI - O sol

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Nota da autora 1) essa é uma cena de parto! Se você não se sente confortável com esse tipo de conteúdo, sugiro não ler!!

Nota da autora 2) dois capítulos em um dia kkkk tô fazendo mais mágica que o Dumbledore.

Nota da autora 3) Sugestão de música: Home - Edith Whiskers.

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Cedric Diggory sentiu seus músculos congelarem. Ele esperou por muito tempo para ouvir essas quatro palavras: "o bebê vai nascer". Porém, nem em um milhão de anos, Cedric esperava que o nascimento fosse ocorrer... No meio do chá de bebê. 

O jovem estava estático diante da cena. Como em um filme no mudo, Cedric observava os personagens e as suas expressões de espanto, mas não conseguia decifrar os sons. A ideia de estar há alguns minutos de segurar o seu filho nos braços... Fazia Cedric ficar preocupado. Nenhuma prova do Torneio Tribruxo fora capaz de lhe preparar para esse momento.

-Cedric? 

Siena sussurrou com os olhos vidrados no líquido amniótico que escorria pelas suas pernas. A jovem tentou respirar fundo, mas sentiu o ar ser esvaziado dos seus pulmões. As contrações iriam começar. 

-Cedric? 

Siena perguntou novamente com a aflição crescente na sua voz. Certo. Talvez ela devesse se sentar? Ou talvez devesse anunciar um pouco mais alto, para os convidados, que o seu bebê ia nascer. Muita informação ao mesmo tempo. Siena sentiu suas pernas vacilarem e seu coração errar uma batida. 

Para a sua sorte, Cedric havia se recuperado do choque inicial e corrido para o seu lado. Em um movimento rápido, Cedric apoiou o corpo de Siena no seu e lhe lançou um olhar piedoso. 

-Nós temos que ir para o hospital. 

Cedric anunciou em um tom mais alto que as conversas de fundo. Dumbledore fora o primeiro a perceber que a demonstração de carinho entre Cedric e Siena estava relacionada ao líquido no chão do gramado verde. 

O bruxo correu até o casal com uma expressão confusa. Os momentos seguintes foram uma loucura: incontáveis suspiros, movimentação de cadeiras, convidados se despedindo e sugestões mirabolantes sobre o nascimento do bebê. 

-Não há tempo para levá-la ao hospital! 

Claire anunciou ao lançar um olhar preocupado para o seu esposo. Dumbledore revirou os olhos com força. 

-A minha filha não pode dar à luz sem um médico!

Era um impasse. De um lado, os mais velhos tentando decidir se daria tempo de cruzar a Londres Bruxa até o hospital mais perto. Talvez com magia? Dumbledore não se importava de receber uma notificação do Ministério da Magia por isso. Mas, será que Siena aguentaria a viagem?

Do outro lado, Cedric enxugava o suor na testa de Siena e respirava em um ritmo descontrolado. Siena sentiu um espasmo e o anúncio da sua primeira contração. 

-Sinto muito, Dumbledore. Mas, eu dei à luz a quatro bebês sozinha e em casa. 

Claire Diggory pontuou com feições sérias. Minerva tocou no ombro de Dumbledore para impedi-lo de esbravejar alguma coisa como resposta. 

-Além do mais eu já vi o que vai acontecer. 

Claire finalizou a discussão. Ninguém disse nada sobre o seu dom de ver o futuro. Com rapidez, a mãe de Cedric ordenou que o jovem levasse Siena até a sala de estar da casa amarela. 

O irmão mais velho de Cedric, Blake, o ajudou com a tarefa. Em poucos minutos, Claire reuniu algumas toalhas e almofadas para apoiar Siena no sofá. A sala de estar fora modificada para que a mobília ficasse em um canto. Nada parecia tão autêntico como aquela cena. 

Febre Dourada - Cedric DiggoryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora