Cap. XXIX - Horários trocados

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Siena Dumbledore descobriu que morar com a Família Diggory era... Diferente. Talvez fosse o clima sempre animado que envolvia a casa ou talvez fosse a sua localização. Entre colinas verdes e em uma área rural, os dias se pareciam como longos dias de verão.

O sol aquecia todos os cômodos e Siena já havia se acostumado com a presença de um lago próximo à propriedade Diggory. Era tudo calmo, doce e iluminado. Claire, a mãe de Cedric, parecia saber exatamente o quê dizer e quando dizer.

Desde a vinda de Siena, Claire estava mais alerta ainda sobre a gravidez. Ela tomara para si a tarefa de conduzir Siena nesse momento delicado. E Siena não poderia estar mais grata por isso. Era reconfortante saber que quais alimentos lhe ajudavam com o enjoo, assim como saber quais os melhores remédios caseiros para o inchaço dos seus pés.

Como Daliah havia retornado para a escola de Magia na Alemanha, Claire era a única companhia de Siena durante a semana. Amos Diggory, o pai de Cedric, quase sempre chegava tarde em casa por conta do seu trabalho no Ministério da Magia.

Assim como Abby e Blake. Era raro Siena encontrá-los pela casa.

Porém, as cartas de Cedric não pararam. Cedric lhe escrevia... Todas as noites. Sem intervalo. As cartas chegavam até a janela de Siena e eram depositadas em um cesto de madeira.

Siena não conseguia abri-las. Não por enquanto.

Era doloroso encarar as palavras de Cedric e os seus apelos para Siena lhe ouvir. Era triste viver sem Cedric, mas Siena se convencia de que era o melhor para todos. Eles poderiam ser amigos... Pelo bem do bebê... Mas, não passariam disso.

Não mais.

Siena recebeu algumas cartas de Roman também... As quais ela respondeu uma vez ou outra. Seus sentimentos ainda estavam intensos, apesar de já ter passado uma semana do ocorrido referente as cópias do Profeta Diário.

-Querida, não se esqueça da consulta de amanhã.

Claire, a mãe de Cedric, cantarolou pela cozinha ao passar pelo cômodo com uma pilha de roupas secas. Siena sorriu em resposta e voltou seu olhar para a carta que escrevia à Daliah.

Estranhamente, Daliah mandara inúmeras cartas à Siena perguntando sobre a gravidez, sobre seu estado de espírito e sobre seus sentimentos por Cedric. Claro que, Siena ignorou as perguntas sobre esse último tópico com muita satisfação. No fundo, Siena sabia que Daliah maquinava uma maneira de aproximá-los.

Daliah torcia muito para que Siena e Cedric ficassem juntos... Por mais que Siena tivesse lhe explicado que era impossível e improvável de acontecer.

Siena finalizou a carta para Daliah com a sua última lamentação: um desejo de comer o pudim de Hogwarts. A jovem nem sonhava em pedir para Dumbledore a sobremesa... Pois, seu pai ainda estava bravo com a sua decisão de se mudar de Hogwarts.

Então, Siena optou por choramingar pelo desejo que lhe deixava com água na boca na carta endereçada à irmã mais nova de Cedric Diggory.

-

Era por volta das onze horas quando Siena ouviu um barulho no vidro da sua janela, como pedrinhas batendo na textura do vitral. Siena apertou os olhos para a escuridão advinda da noite e se aproximou da janela com desconfiança.

No jardim, próximo às margaridas e roseiras de Claire, Cedric Diggory estava parado com os braços cruzados. Seu rosto estava parcialmente coberto pela sombra das árvores do jardim, mas Siena poderia reconhecer os olhos brilhantes de Cedric há quilômetros de distância.

Febre Dourada - Cedric DiggoryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora