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Draco, irmão!


Nas semanas que se seguiram, Jean ficou de olho no trio com tanto afinco, que Fred e George acharam que a menina estava planejando alguma pegadinha em segredo. Seja lá o que Harry Potter tinha ouvido entre o pai da corvina e o professor de DCAT, foi o suficiente para os olhares desagradáveis entre Potter, Weasley e Snape aumentarem.

Jean percebeu, ao seguir o trio, que eles sempre paravam no terceiro andar, verificando a porta onde Fofo (Hagrid havia nomeado o cérbero assim) ficava, para terem certeza de que apedra estava segura. Também percebeu que os olhares e risadas feios dados a Quirrell eram repreendidos pelos dois grifinórios. Mas, absolutamente nada, faria Jeanine acreditar que o professor era inocente e ingênuo.

O fato foi que, mesmo estando de olho no trio, Jeanine começou a organizar, junto de Theo e Draco os horários para estudar para os exames, que aconteceriam dentro de dez semanas. Além do primo e do amigo, Jean havia arrumado tempo para conferir se os gêmeos estavam se organizando com os estudos, o que eles precisaram fazer, já que todos os professores dobraram a quantidade de deveres, tornando o feriado de Páscoa nada divertido na visão do grupo maroto.

Alguns dias depois, Jean encontrou o primo par ao café da manhã e não conseguiu segurar a risada ao vê0lo fazendo uma de suas caretas de desgosto.

-Dia, Dragão!

-Aquele dragão dos inferno.. arg...detenção...Potter- Jean apoiou o rosto nas mãos, olhando para o mais velho que resmungava palavras sem sentido. Foi só depois de dar alguns bolinhos de chocolate e uma xícara de chocolate quente que Jean conseguiu arrancar a história completa do primo. Draco havia descoberto que Hagrid tinha um dragão, um norueguês e que Potter, Weasley e Granger estavam envolvidos. Então conseguiu descobrir o que fariam com ele e estava pronto para pegá-los no flagra quando McGonagall o encontrou no corredor e, agora, ele, Harry, Hermione e até mesmo Neville, estavam de detenção.

-Ai ai, Draco. Você não aprende nunca, não é?

-O que quer dizer com isso?- Draco encarou a prima, que mastigava uma rosquinha.

-Quero dizer que, sabemos que a possibilidade de que desse errado o que você queria fazer era enorme.  Além disso, você não tinha que se meter no assunto dos outros, ora! Hagrid é uma pessoa muito boa e, se tem um dragão ou não, não é da sua conta!- A menina olhou para o primo, que tinha as bochechas coradas e olhava para baixo, entrelaçou as mãos o fazendo olhá-la- Não precisa ser assim, Dragão. Você não precisa se comparar ao Potter.

-Mas é o que ele quer.

-Irmão- Draco olhou bem para Jeanine e sentiu seu peito inflar ao ouvi-la chamá-lo de irmão- Você é suficiente como é. Não existe, no mundo, um Draco tão perfeito quanto você.

O loiro sorriu e, assim, passaram o dia. Quando Jean se viu sozinha no meio da tarde, começou a refletir sobre tudo o que precisava fazer. Não apenas estudar, mas haviam as preocupações sobre Quirrell, a Pedra e provar que o pai não era nenhum vilão de história em quadrinhos. Foi então que Jean decidiu que precisava fazer algo e logo. Quando as aulas do dia acabaram, Draco contou a prima que iria cumprir a detenção naquela noite e que conversaria com ela pela manhã. Quando o sol chegou e Jean saiu da comunal corvina para encontrar o primo, achou que precisaria levá-lo a enfermaria, tamanha era sua palidez. 

O garoto contou , detalhadamente como fora a detenção com Hagrid, dentro da Floresta Proibida. Unicórnios mortos, um ser encapuzado e Draco fazendo xixi na calça. O último sendo confidenciado a prima. Jean discutiu tudo que havia acontecido, pedindo que Draco recontasse e  desse o máximo de detalhes possíveis. Quando as teorias já se consolidavam na cabeça da menina, Jean olhou muito séria para Draco.

Sweet CreatureWhere stories live. Discover now