A festa estava chegando ao fim. Respirei aliviada ao pensar que graças a Deus não houveram mais incidentes. O encontro com os meus amigos pode não ter sido dos melhores, mas estava satisfeita que não aconteceram brigas em meio a festa de Arthur. O pequeno não merecia que uma coisa dessas passasse justo no seu aniversário.
Um empurrão nas costas e fui arremessada em um lugar escuro. Pelo tipo de piso deduzi que estava de novo na sauna e me perguntei quem teria me jogado ali. Nem ao menos consegui ver.
- Eita pra que tanta violência! - A porta abriu rapidamente e pela voz diria que era Christopher. - Maldito Damian, é um homem morto!
- Christopher?
- Tita? Ai Deus, ele te jogou aqui também?! - Christopher ligou a lanterna do celular. - Não se preocupa, eu prometo que só vou matar ele depois da festa.
- Bobo! - O abracei pela cintura. - Como você tá?
- Bem, mas a pergunta deveria ser ao contrário. Como você está?
- Quer a verdade feia ou uma mentira bonita?
- Prefiro a verdade feia. - Ele sorriu passando os braços sobre o meu ombro e como aquilo sempre me conforta.
- Estou nervosa, MUITO nervosa na verdade. Mas Christian tem razão, o que adianta temer o que não se pode evitar?
- Não precisa ficar nervosa. Dulce é explosiva, mas não é nenhum bicho papão. Ela vai acabar entendendo esse seu casamento louco e... seja lá o motivo que trouxeram vocês dois até aqui.
- Eu sei, mas esse não é o único problema.
- Não estou entendendo. A que se refere?
- Ao seu pai.
Christopher praguejou só de ouvir eu mencioná-lo, começou a andar de um lado para o outro feito uma fera enjaulada. Ainda assim ele precisava saber o que estava acontecendo então comecei a explicar a história da audiência da minha prima e que também era ex de Christian. Contei que ela estava movendo contra uma empresa cliente do escritório e que ao ver o nome do juiz Uckermann eu tinha me negado a participar da audiência.
- Christian ficou com raiva, acabou me demitindo e...
- Você não tem porque perder o emprego só por causa desse homem. Por que não contou ao embuste do seu marido a verdade?
- Essa não é uma coisa que eu tenha direito a decidir sozinha. Contar a verdade seria expor você também e não posso fazer isso sem o seu consentimento. Entende o que eu quero dizer?
- Mas que inferno! Esse homem dá sempre um jeito de nos prejudicar!
- Dessa vez a culpa não é dele, Christopher. É apenas uma ironia do destino. - Falei e ele não gostou muito. - É a verdade, se estamos nessa situação agora é porque escondemos algo importante das pessoas que fazem parte da nossa vida.
- Quando é essa audiência?
- Em mais ou menos duas semanas. É apenas o tempo de deixarmos tudo certo por aqui e voltar pra casa. Por que?
- Porque nós vamos a essa audiência, Tita. Chega de se esconder, não fizemos nada pra agirmos feito dois criminosos.
Antes que eu tivesse tempo pra assimilar e responder, a porta voltou a se abrir novamente e mais alguém foi arremessado pra dentro.
- DAMIAN, EU VOU PRA CADEIA POR MATAR UM AGENTE FEDERAL, MAS EU VOU FELIZ!
- Bem-vindo ao clube, Poncho! - Christopher falou.
- Vocês também? - Perguntou assustado, acho que pensava estar sozinho.
- Aparentemente Damian resolveu brincar um pouco. Sabe o humor.... um tanto peculiar que ele tem.

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Quem inventou o amor?
RomanceAfinal quem inventou o amor? Seja lá quem for o responsável, pode ter sido a pior invenção, mas é impossível viver sem. Amores do passado, amores do presente ou do futuro, amores inesquecíveis, amores engraçados e até aqueles amores que te fazem odi...