Capítulo 25 - O Presente mais Precioso

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Nem nos meus sonhos mais loucos poderia imaginar que um dia estaria em um parque de diversões junto a Will, Nick e Christian. Que grupo mais aleatório e situação mais esquisita!

- Muito bem, por onde querem começar? - Will indagou, o mal humor parecia ter sido esquecido lá no depósito do escritório.

- O Trem Fantasma me parece bom. - Nick falou empolgada.

- Que ideia mais estúpida, isso sim. - Christian murmurou e ainda que eu concordasse me sentia de mãos atadas. Eu não gostava do escuro nem um pouco, me sentia insegura quando não conseguia enxergar, mas não ia dar motivos pra tirarem sarro da situação.

- Trem Fantasma Nick? Quantos anos você tem, 10? - Will provocou.

- Não, mas podemos ir no Carrossel pra acompanhar sua idade mental. - Ela respondeu na lata e estava achando ótimo, meu amigo tinha encontrado finalmente um oponente a altura que o respondesse sem parecer encantada com a sua aparência. - Ah! Como não pensei nisso! Aposto que está com medo! - Ele não, mas eu sim.

- Que medo o que! Escute bem, não há P-R-O-B-L-E-M-A nenhum. Vamos logo Pequena Encrenqueira! - Will a puxou pela mão para a fila. Christian ia protestar, mas o impedi. Não era bom demonstrar tanta preocupação por Nick na frente dele.

Contra a nossa vontade fomos parar no fim da fila. A única empolgada parecia ser Nick tentando tirar Will do sério, mas ele fazia o mesmo com ela. Ali estava uma guerra que eu não entendo, mas estava cada vez mais claro que algo explodiria entre os dois, só espero que Christian não perceba essa tensão toda entre os dois.

A fila andou e Will e Nick sentaram-se no último carrinho. Pra nossa sorte não se deram conta que ficamos pra próxima rodada e assim que o trenzinho partiu, Christian não pensou duas vezes antes de me puxar pela mão pra fora da fila.

- Obrigada. - Agradeci. Eu não estava nem um pouco disposta a enfrentar aquele carrinho escuro, sim, me dava medo, mas não era algo que ele soubesse sobre mim. De todas as formas era grata por isso.

- Seu amigo e Nicole não vão demorar a aparecer é melhor nos metermos em alguma outra coisa, caso contrário não vão largar nosso pé o resto da noite. Vem comigo.

Mais uma vez me deixei ser guiada por ele. Não é como se tivesse muita escolha quanto a isso, seus dedos ao redor do meu pulso direito deixavam claro isso. Por outro lado, era um toque diferente, não era algo carinhoso, mas era algo novo, porque durante todo o tempo em que estivemos casados Christian evitava ao máximo tocar em mim, me repelia, era como se eu tivesse alguma espécie de doença contagiosa. Então era simplesmente estranho pensar em como nos últimos dias tivemos mais contato físico do que durante todo o tempo em que vivemos juntos.

- Aqui! - Christian me puxou e quando me dei conta estávamos os dois sentados na cabine da roda gigante.

Foi nesse instante em que realmente me alarmei. Não por medo de altura, longe disso, mas eu sabia que ele sim tinha. Christian podia não saber os meus medos, mas eu sempre soube dos seus, vovô acreditava que se me contasse todas as fragilidades do seu neto, isso nos aproximaria.

- Está louco? Vamos sair daqui. - Tentei levantar, mas ele me segurou e o brinquedo começou a andar.

- Qual o problema Maite? Por acaso tem medo de altura?

- Eu não, mas você tem!

- Como?!

Eu e minha boca grande bem que podemos nos jogar daqui nesse momento. A vista do alto de New Jersey é linda assim toda iluminada e seria ao menos uma morte bem poética.

Quem inventou o amor?Where stories live. Discover now