POR QUÊ?

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Ele a encarou por tanto tempo, sem expressão alguma, que Briana começou a se questionar se o vampiro realmente a tinha ouvido

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Ele a encarou por tanto tempo, sem expressão alguma, que Briana começou a se questionar se o vampiro realmente a tinha ouvido. Ele não ia dizer nada?

Suas mãos se contorceram com ansiedade, era como se o relógio estivesse correndo por horas com aquele silêncio ensurdecedor, mas não haviam se passado nem dois minutos realmente.

Finalmente uma reação veio do moreno, ele se levantou e afastou-se por uma mínima distância antes de se voltar para a garota novamente.

— Isso é uma brincadeira?

— Não, Damon, não é. — Afirmou saindo do conforto do sofá para aproximar-se do vampiro, que franziu o cenho desconfortável. — E se a forma como estou me sentindo agora for uma indicação... Eu gosto muito de você.

Damon eliminou qualquer distância entre os dois para segurá-la apertado pelos ombros. Queria chacoalhar a menina para tentar fazer com que ela voltasse a funcionar direito.

— Você está doente, Briana? — A pergunta retórica que foi proferida com tamanha indignação calou fundo em Ana.

Ela não imaginava que Damon iria aceitar de braços abertos esses sentimentos que ela descobriu ter por ele, mas ainda assim, a reação do vampiro a machucou. Ela não estava preparada como imaginou que estaria.

— Por quê? É tão ridículo assim eu ter sentimentos por você?

Mais uma vez o Salvatore não encontrou palavras, só permaneceu a encarando como se algo bem ruim tivesse acabado de acontecer. Mas, por fim, afastou-se de Briana gargalhando.

A loira sentiu seu peito ficar pequeno prestes a desaparecer. Aquela sensação machucava. Sentiu seus olhos umedecerem, mas se negou a chorar naquele momento.

— Vamos conversar quando essa sua cabecinha estiver funcionando direito, Coelhinha.

E então ele desapareceu. Briana continuou encarando o nada, onde ele estivera a poucos instantes, sem conseguir reagir por alguns segundos. Quando enfim ela se jogou no sofá sua atenção seguiu automaticamente para as escadas onde sua tia estava parada a encarando com pena em seus olhos.

— Sério? Damon Salvatore, carinho?

A mais nova deu de ombros com um sorriso fraco nos lábios e olhos pesados de lágrimas prestes a derramar. Lexi não conseguiu esperar que isso acontecesse, apenas se aproximou com sua velocidade sobrenatural e trouxe à sobrinha para seus braços. Apesar de tudo a garota não chorou, apenas ficou ali em silêncio por um bom tempo antes de suspirar profundamente e se afastar para se recompor.

— Não é como se ele fosse me amar assim do nada também.

— O que quer dizer?

— Quero dizer que só preciso fazer com que ele se apaixone por mim.

Lexi suspirou se ajeitando no sofá para encarar a sobrinha enquanto arqueava a sobrancelha.

— As coisas não funcionam assim, carinho. Você não pode forçar alguém a amá-la.

— Mas não vou forçar. Só preciso mostrar que gosto dele, então, talvez um dia, ele vai me corresponder.

— Quando percebeu que gostava dele?

— Hoje.

— O quê? — Exasperou Lexi indignada. — E a primeira coisa que faz é ir correndo contar pra ele?

— Por que eu deveria guardar meus sentimentos? Alguns sentimentos são tão bonitos, não vejo sentido em escondê-los.

— As vezes temos que esconder nossos sentimentos para nos proteger, Aninha. Quando pulamos de cara sem receios, ou pelo menos alguma segurança, a tendência quase sempre é se machucar.

— Mas e se eu não me machucar? Então eu só estarei evitando a possibilidade de felicidade.

Lexi observou sua sobrinha com todo o amor que sentia em seu peito, e delicadamente afastou para trás da orelha da menina uma pequena mecha de cabelo platinado que caia na frente daqueles olhinhos brilhantes que tanto amava.

— Você é doce demais para esse mundo, carinho. — Rindo baixinho ela voltou a puxar a garota para um apertado abraço maternal e beijou-lhe os cabelos macios, arrancando um sorriso da mesma. — Eu te amo, sabia?

— Eu também te amo, tia Lex.

•••

Stefan resolveu passar seu aniversário na tal festa da Caroline, com Lexi. Sabia que aquilo era alguma armação de Damon, mas se algo estivesse mesmo prestes a acontecer, era melhor estar por perto para tentar impedir.

Já Briana tinha decidido que não estava animada para participar de nenhuma outra festa por enquanto, graças à última em que quase foi morta. Por isso avisou ao pai que passaria a noite na casa de Octave. Não queria que ele pensasse que seu aniversário não era mais uma data importante pra ela, por isso, antes de sair, o apertou forte dentro de seus braços finos esfregando sua bochecha no peito do mesmo e pronunciou: Eu te amo, papai.

E apesar de Lexi aparecer ter sido algo realmente bom, aquele era o melhor presente que Stefan poderia ter recebido. Sua relação com a filha estava estremecida, era nítido, então escutá-la dizer as três palavras que outrora eram repetidas muitas vezes ao dia, ao contrário de agora, fez seu coração querer bater para a vida novamente.

Lexi apenas riu da expressão de pai babão que Briana havia deixado em Stefan e se afastou para terminar de se arrumar.

— Esse povo gosta de uma festa nessa cidade, né? — Foi a primeira coisa que Tave pronunciou assim que Briana sentou no banco do passageiro de seu carro.

Ela havia decidido vir buscar a amiga, uma vez que, não sentia que ela estava segura o suficiente. O acontecimento da festa de halloween a havia traumatizado. A amiga tinha sumido e não a encontrou em lugar algum. Até que teve uma visão muito vaga com o perigo que Briana estava correndo. A sua primeira reação foi ligar para Steven, mas foi graças a Damon que sua amiga ainda estava ao seu lado com um sorriso divertido no rosto.

— O que vamos fazer hoje?

Ahn, dormir? — Uma expressão desapontada apareceu automaticamente no rosto de Briana. — O que mais você quer?

— Eu quero uma festa do pijama! — Anunciou entusiasmada quase pulando no lugar. Octave revirou os olhos suspirando.

— Não entendo o que eu gosto em você.

Entretanto Ana não se importou, apenas ligou o rádio do carro em uma música animada qualquer e começou a dançar.

•••

Lexi estava morta. Damon a matou. Deus, sua melhor amiga tinha sido morta por seu irmão. E como falaria aquilo para Briana? Não podia. Ela não suportaria. Queria matar Damon.

O pensamento perturbado só aumentou ao encontrar seu irmão mais velho bebendo em sua casa como se nada demais tivesse acontecido. Sabia que ele tinha percebido sua presença, mas continuou onde estava, encarando suas costas do canto mais escuro do cômodo.  O monstro dentro dele só queria destroçar o irmão em busca de vingança pela morte de alguém tão importante como Lexi.

— Avisei que cuidaria deles. — A voz rouca do vampiro assassino repercutiu pelo quarto silencioso.

Stefan não suportou sua raiva e arrancou do lugar batendo contra Damon o jogando na parede mais próxima, e não demorou a se aproximar o segurando pelo pescoço no lugar. Não teve como o moreno revidar, já que havia sido pego de surpresa, também parecia que a raiva de seu irmão o tinha deixado muito mais forte.

— Fiz isso por você, para tirá-los do nosso rastro. Pense, Stefan, agora sua filha está segura.

— Você nunca faz nada para ninguém, além de si mesmo. — Retirando uma pequena estaca do cós de sua calca, qual havia passado despercebida por Damon, Stefan a afundou abaixo do coração do irmão. Damon arregalou os olhos surpreso com a dor.

— Você errou.

— Não. Você salvou a vida da minha filha. Estou poupando a sua. Estamos quites. — Por fim, ele retirou a estaca voltando a apunhalar o irmão, dessa vez ainda mais perto de ser fatal. — Agora acabou.

Damon observou o irmão se afastando, enquanto suas pernas deixavam de sustentar seu corpo, o fazendo escorregar para o chão. Todavia Stefan repensou e voltou a encará-lo.

— Além de mim, Lexi era a pessoa que Briana mais amava. Obrigada por me dar o motivo que vai fazer ela se afastar de você de uma vez por todas. 

O vampiro de olhos azuis ainda não entendia o porquê, mas se viu entrando em pânico.

— Não pode fazer isso. Eu não — Sua voz foi interrompida com um resmungar de dor, mas ele travou os dentes e suportou. — Agora ela também está segura. Não pode contar.

— Não? Então me assista.

Stefan sabia a dor que traria a Briana saber que sua tia estava morta, mas com o tempo essa dor ia passar e ela nunca mais correria perigo por estar perto de Damon.

Oioioi!! Eu sei, o capítulo está curto, mas achei melhor postar assim mesmo, ou demoraria mais

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Oioioi!! Eu sei, o capítulo está curto, mas achei melhor postar assim mesmo, ou demoraria mais. O que acharam?

Resolvi não colocar muito dos pensamentos e sentimentos de Damon neste capítulo, porque acho mais interessante não sabermos em que ponto exato ele está sobre Briana

Sabe, ainda vai demorar para o primeiro momento mais íntimo do casal acontecer, mas ele está escrito. Do nada eu fui e escrevi. Kkk

Mudando de assunto, quem gosta de HP??

See u guys!!!

White - D. Salvatore 1 (✔)Where stories live. Discover now