LOUCAMENTE APAIXONADA

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☆ Aviso: Me deu a louca e eu decidi que vou dar nome aos capítulos baseado nas músicas que escuto para escrever. Algumas significam muito, outras nem tanto. Mas vocês podem levá-las como a playlist da fanfic.

Quando nosso casal começar com a desculpa da dança, quero dizer, com a dança, coloquem a música do capítulo. Não é uma ordem, kkk mas fica mais emocionante. Eu acho.

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Olho profundamente em seus olhos, eu toco você cada vez mais

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Olho profundamente em seus olhos, eu toco você cada vez mais. Quando você vai embora, imploro para você não ir. - (Crazy in love) Sofia Karlberg


Ele já estava à algum tempo parado na frente da porta de Briana, aproveitava que Stefan tinha saído naquela manhã e não o atormentaria por isso. Os farfalhares dos lençóis e o silencio quebrado apenas pela garota sussurrando para que o gato terminasse de se lamber logo, mostrava que ela já estava acordada, mas não tinha saído da cama.

Sentia que Bria não estava bem, o quê fazia os sentimentos que ela dizia ter parecerem mais concretos para ele agora, mas Damon continuava sem saber como lidar com aquilo. Já tinha escutado muitas mulheres se confessarem pra ele, muitas dela já tinham amado ele, mas nunca uma que lhe importava como Briana.

Não era apenas sorrir e se aproveitar de seus sentimentos para usar a mulher como bem entendesse, era Briana. Tudo ficava muito mais sério com ela. Tinha que assumir para si mesmo que não queria magoá-la, mas foi o que fez. E sabia que se ela persistisse com esse amor tolo só pioraria. Não podia aceitar aquele amor, nunca o faria.

Você é realmente cruel. A frase não parava de rondar a sua cabeça, e pela primeira vez depois de ter se perdido completamente, se condenava de verdade por ter magoado alguém.

Seus dedos tocaram a madeira da porta escura hesitantemente, queria entrar e dizer alguma coisa, mas tudo o que fez foi abaixar as mãos novamente. O que diria? Se reencontrar com Katherine e ir embora de Mystic Falls com ela foi tudo o que sempre quis, então não podia mudar de ideia agora. Certo?

A garota dentro do quarto se levantou com a intenção de ir buscar um pouco de água. Tinha desistido de tentar continuar dormindo já que o barulho do Sr. Blue tomando banho era incrivelmente irritante com a dor de cabeça que ela estava.

Quando seus pés tocaram o chão mais frio foi que notou a sombra de baixo da porta. Quem estava ali? Pensando que poderia ser seu pai, se adiantou em abri-la. Da ultima vez, ele parecia ter saído de seu quarto um pouco cabisbaixo, então queria conversar com ele. Mas não havia ninguém.

Ela tinha acordado no meio daquela noite com seu pai lhe oferecendo seu chá cura tudo, mas não aceitou.

— Quero ser uma garota normal, pai. Uma garota normal vai ao médico quando está machucada, não bebe o sangue do seu pai vampiro.

Stefan não tinha ficado muito contente, mas já não era mais uma criança, tudo o que ele poderia fazer era respeitar a decisão dela.

Estava prestes a sair do quarto quando seu celular tocou, o barulho parecia que estava tocando dentro de seu cérebro. Franzindo o cenho ela voltou para atender.

— Jer, bom dia. — Desejou massageando seu cenho com as pontas dos dedos.

— Você não veio pra escola. — Que mania feia que as pessoas tinham de não falarem nem um oi pra ela nas ligações.

— Jer, bom dia.

Escutou o garoto bufar do outro lado e um sorriso lhe escapou.

— Bom dia, Briana. Você não veio pra escola.

— Não estou muito bem.

— O que você tem?

— Caí da escada. 

O silêncio do outro lado fez Bria se preocupar que talvez tivesse chocado o amigo. Achou que essa era uma boa desculpa para estar toda ralada, mas agora não parecia ter sido uma boa ideia. Ele vai ficar muito preocupado, estava prestes a tranquiliza-lo quando a gargalhada dele fez ela estranhar.

— Isso é tão a sua cara.

— O quê? Ey!

— Ainda dá pra sobreviver ou vou ter que passar o resto da minha vida te bancando e carregando nas minhas costas?

— Você não vai ter que me bancar nada. Foi só um ralado. 

— Ah, que bom, porque estou esperando que você me banque. — Folgado. — Mas então, conheci alguém.

— Ah, não. — Dramatizou se jogando de volta no colchão. Sr. Blue que tinha parado de se lamber e estava quase dormindo se assustou e pulou pra longe da cama. — Você vai me abandonar de novo.

— Você me abandonou pelo Damon.

— Não abandonei não!

— Abandonou sim!

Bufando ela achou que o melhor era admitir.

— Tá bom, eu fiz. Mas só porque eu podia já que você tinha me abandonado pela Vicki.

— O nome dela é Anna e ela me ajudou a terminar o trabalho. — Disse ignorando a fala da amiga.

— Mas você já tem uma Ana pra te ajudar com trabalho na sua vida. Não pode me substituir.

— Você é insubstituível. — Briana abriu um sorriso enorme. Jer era um fofo. — Não existe outra patinha feia igual a você por aí.

Seu sorriso derreteu igual gelo no fogo. Jeremy era um idiota.

— Não sou mais sua amiga, pode ficar com a Anna Segunda. 

O moreno riu. Ele se encontrava sentado em cima de uma das mesas no pátio da escola. Os alunos que passavam e observavam não acreditavam que aquele era o Jeremy Gilbert de algumas semanas atrás. Tudo ao redor dele parecia mais leve, normal. Algumas das garotas de sua sala sentadas mais próximas se encantaram com o som de sua risada. Era uma pena que agora ele estava namorando Briana, pelo menos era o que as fofocas diziam pelos corredores da escola.

— Você vai a festa?

— Outra? Até gosto de festas, mas elas não gostam muito de mim.

— Você é estranha.

Se Jeremy não fosse tão importante pra ela, deixaria de se importar com ele.

●●○

Era o segundo dia sem ir a escola, e já estava entrando em abstinência. Jeremy agora era um bom aluno e não queria faltar pra ir visitá-la, Octave tinha ligado pra avisar que foi para Nova Orleans encontrar seu tio, aparentemente ele precisava dela para ajudá-lo com um trabalho sobrenatural. A coisa boa era que estava esfriando e as marcas de seu pescoço estavam desaparecendo, só precisava usar um casaco e então poderia voltar à escola sem receber várias perguntas sobre o que tinha acontecido com ela.

Não estava muito no clima pra ler um romance, então encontrou um livro que falava sobre os vários tipos de dança e achou que seria legal aprender a dançar para arrasar na festa.

Decidida a tentar na prática o que o teórico ensinava, levantou-se largando o livro no sofá e afastou a mesinha de centro.

— Um pra cá, um pra lá... 

Os passos pareciam perfeitos em sua cabeça, mas porque não conseguia fazer seu corpo executar daquela forma?

— Você é um desastre, coelhinha. É meio fofo.

Ela se assustou com a voz repentina e encontrou Damon escorado no batente da porta da sala de estar com os braços cruzados.

Briana congelou no lugar se lembrando que estava só o caco. Naquela manhã não tinha penteado o cabelo porque repuxava seus curativos, e estava vestindo meias e o camisão que outrora pertencia ao seu pai, mas ela havia decidido furtar. Em sua defesa, tinha certeza que estava sozinha na casa.

— Não sabia que estava aqui.

— Você não foi pra escola, de novo.

— Estou doente.

Seu pai a havia aconselhado a ficar em casa por alguns dias, pelo menos até pegarem o vampiro desconhecido que estava em Mystic Falls. Ela concordou apenas para evitar a curiosidade dos outros alunos sobre ela.

— Você não me parece o tipo que usa a desculpa da doença pra matar aula.

— Bem, as vezes a gente pode se enganar. — Ela começou insinuosa. —As ações podem te enganar, as pessoas...

Damon se afastou da onde estava escorado e se aproximou apertando os olhos pra ela.

— Você é uma coisinha rancorosa. —Rolando os olhos ela voltou a pegar o livro pra ver onde estava errando. — E o que está fazendo?

— Jer falou que vai ter uma festa temática dos anos 50 e eu quero aprender a dançar.

Queria apenas ignorá-lo, mas, apesar de ainda estar magoada, sua raiva inicial havia passado e ficar quieta quando Damon estava falando com ela era muito difícil.

— Eu posso te ensinar.

Ele ofereceu com um sorriso elevando as sobrancelhas. A verdade era que só queria uma oportunidade para fazê-la sorrir pra ele novamente.

— Não, obrigado.

— Vamos lá, Coelhinha. Você não vai aprender com um livro e eu já estive em muitas festas nos anos 50.
E lá estava aquele maldito sorriso esnobe que ela estava cada vez mais apaixonada. Droga.

— E você não vai ficar bravo depois por eu estar fazendo você perder tempo quando deveria estar procurando pela sua alma gêmea?

Damon riu divertido se aproximando ainda mais da garota para retirar o livro de suas mãos e puxá-la para mais perto pela cintura. Briana perdeu a respiração quando seu corpo trombou com o dele.

— Eu tenho todo o tempo do mundo pra você, coelhinha encrenqueira.

Parecia o paraíso estar tão perto dele por tanto tempo. Ao passar dos minutos não sabia se realmente era péssima naquilo ou se estava errando de propósito para fazer durar ainda mais. Por sorte ela estava de meia e os vários pisões que dava no vampiro não pareciam causar dano algum.

— Espera, para. — Assim que ela obedeceu, ele a puxou para cima e mais perto fazendo com que ela colocasse seus pés em cima dos dele. — Vou te mostrar os movimentos, depois é só repetir, okay?

Ela assentiu sentindo suas bochechas esquentaram e inspirou fundo. Precisava controlar seu coração.

Ele podia sentir o calor do corpo dela moldando-se sobre o seu, o cheiro agradável e as mãozinhas delicadas apertando suas costas para se segurar. Estava perto de mais e não conseguiu desviar os olhos de seus lábios quando ela os umedeceu com  a ponta da língua. 

O Salvatore executou os passos com ela, mas agora parecia que nenhum dos dois estavam se importando muito com aprendizagem naquele momento. Ela só estava amando estar tão perto, e ele pegou-se desejando conhecer o gosto dos lábios macios que agora pareciam tão tentadores.

— Quero ver o que mais você consegue fazer. — Briana sentiu seus batimentos se acelerarem ainda mais quando os dedos dele se fecharam em seu pulso a fazendo segurar em seu ombro, para logo depois a apertar sua cintura. E por fim, apanhou sua outra mão na dele em uma típica pose de dança para baile.

— Essa não é uma dança dos anos 50, e não temos música.

— Não precisamos dela.

Estavam tão próximos que a  respiração de Damon se mesclava com a dela, estavam em uma bolha tão fechada que não era necessário mais que sussurros para se comunicarem.

— Para trás, para frente. — Damon a guiava com maestria. — Gira.

E ela fez, seu corpo sentiu falta do calor da aproximação dele por breves segundos, mas antes que pudesse girar pela segunda vez, ele já estava de novo em cima dela. Segurou a respiração e cravou seus dedos nos ombros largos sem conseguir afastar seu olhar do dele. A cabeça do vampiro se inclinou fazendo mechas negras se derramarem pra cima de seus olhos, já podia sentir o calor de seu hálito em sua boca. Estava quase implorando por um beijo.

Mas então, ao invés de seus lábios, sua testa se encostou na dela enquanto ele fechava os olhos e inspirava fundo. Por quê? Por que não me beija?

— Não posso fazer isso. — Ele sussurrou como se tivesse escutado seus pensamentos.

As mãos dele apertaram sua cintura pela última vez e então, com relutância, se afastou e desapareceu antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. Briana se viu sozinha na sala que agora parecia grande demais e fria demais para seu corpo quente. O que tinha acabado de acontecer?

Damon tinha estado muito perto de beijá-la. Isso só significava que ele não era indiferente à ela. O pensamento trouxe um sorriso ao seu rosto. Saltitando ela esqueceu qualquer mágoa enquanto seguia para o seu quarto em busca de alguma roupa para a festa.

●●●○

Sua felicidade ganhou um banho de água fria quando, mais tarde naquele mesmo dia, Damon entrou na pensão e suspirou desconfortável ao vê-la arrumada. Sabia que não vinha coisa boa.

— Você não pode ir a festa. — Primeiro, por quê não? Segundo, ele ia mesmo agir como se nada tivesse acontecido?

— E por que não? — Questionou cruzando os braços, só pra fazer uma careta quando sem querer bateu na área machucada.

— O vampiro idiota que está na cidade está caçando a Elena, por isso seu pai e eu vamos tentar pegá-lo hoje. Estaremos tentando proteger a Elena, mas com você lá, a última coisa que vou pensar é nela.

Franziu o cenho confusa. Não sabia se sorria por ele falar aquilo ou se ficava raivosa por mais uma vez a gêmea da noiva quase cadáver estar atrapalhando sua vida.

— Eu posso protegê-la.

Quando Briana procurou o dono da voz, sorriu automaticamente ao encontrar Steve ali parado como um nobre do passado. Como sempre, ele e sua mania de brotar do nada.

— Steve. — Ela não pôde se conter, correu para abraça-lo e foi correspondida pela felicidade genuína do vampiro. — Você sumiu, senti falta da sua beleza.

O asiático riu com os olhos fixos na garota, quando ela se afastou. O que mais o divertia era perceber que ela não estava tentando ser engraçada, estava sendo sincera.

— Minha beleza não vai mais sair do seu lado.

Damon travou seu maxilar e fechou suas mãos em punhos, estava se segurando para não avançar no vampiro cheio de liberdades e colocá-lo no lugar dele. Aproximou-se da loira a puxando para mais perto dele, mas a garota o fitou confusa e voltou a se afastar. Isso só fez a raiva dele aumentar.

— Não gosto de você, e não gosto que fique entrando na minha casa como se ela fosse sua. Esse é o meu lugar.

Steven semicerrou os olhos com a impressão de que Damon não estava falando só da pensão. Se voltou para a garota para ver se ela diria alguma coisa sobre aquilo, mas a Branson não parecia notar as farpas invisíveis que os dois trocavam, talvez ela estivesse acostumada com o jeito sem educação do Salvatore.

— Bem — Steve começou, abrindo um sorriso que Bria teve certeza que mataria do coração uma mulher fraca. — Você diz que esse é o seu lugar, mas quer proteger outra pessoa. Então eu ficarei com a Briana.

Bria franziu o cenho se sentindo estranha sobre a frase final.

— Sinto que deveria ficar ofendida por alguma razão. — Todavia ela voltou a sorrir pra ele. Tinha a chance de ir a festa e não ia perder. — Mas eu aceito. Vou na festa com você.

Por que ela tinha que sorrir para o outro vampiro daquela forma? Tudo o que ele faria era levá-la para uma festa. Não estava gostando nada daquilo.

Mano, eu sou uma filha de Poseidon mesmo, em. Maravilhosa. Kkkk Desculpa, sou de leão. Mas olha , voltei mais rápido do que o Flash.

Eiiita, quase rolou o primeiro beijo, mas ainda não é o momento. Kkk Boba é a Briana, porque eu já teria agarrado esse homem e falado: "Agora tu só sai daqui quando fizer um filho em mim."
Desculpa, gente, acordei meio obscena hoje. Normalmente não sou assim, juro.

O que acharam? Deixe um pedacinho do seu amor aqui, estou carente. 😂😂

See u guys!!

White - D. Salvatore 1 (✔)Where stories live. Discover now