PRIMEIRO DIA DE AULA

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— É muito estranho ter que agir como se você fosse meu irmão, pai

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— É muito estranho ter que agir como se você fosse meu irmão, pai. — Bufou Briana enquanto se jogava no sofá da pensão Salvatore, fazendo o gato branco de grandes olhos azuis, que estava deitado ali chiar e fugir para encontrar outro lugar pra dormir.

A antiga construção dava uma incrível sensação de déjà-vu em Bria.

Stefan, parecendo divertido, bagunçou o cabelo da filha enquanto passava perto da mesma em direção a poltrona, só pra se jogar ali também.

— Eu sei, não gosto disso também. Mas imagina como seria estranho apresentar seu pai de dezessete anos, enquanto você tem dezessete.

A garota deixou um sorriso escapar enquanto revirava os olhos e se levantava pra sentar no colo do pai e abraça-lo como se fosse um urso de pelúcia. Ele correspondeu descansando o queixo no topo de sua cabeça.

— Por quanto tempo vamos ficar aqui?

— Ainda não sei, mas prometo que vai gostar de Mystic Falls.

— Como tem tanta certeza? — Questionou enquanto se afastava minimamente para apertar os olhos em direção ao pai.

— Logo, logo você começa a fazer amigos na escola e vai me implorar pra ficar aqui.

A loira saltou pra longe do mais velho com os olhos arregalados.

— Mentira! — Gritou fazendo Stefan rir. — Eu vou poder ir pra escola?

Assim que o vampiro assentiu, Bria começou a fazer um escândalo como uma criancinha que acaba de ganhar o presente que pediu no Natal. Não demorou para Zach aparecer na sala com a cara fechada.

— O que está acontecendo aqui?

— Tio, Zach, eu vou pra escola!

O homem suspirou e não disse mais nada antes de virar e sumir novamente pra dentro dos outros cômodos. Ana deu uma pausa na sua alegria pra tirar o cabelo do rosto e encarar o pai em questionamento.

— Por que ele está sempre de mal humor? Ele não gosta da gente, não é? — Stefan não respondeu, apenas apertou os lábios. Briana deu de ombros e voltou a se sentar no sofá, se inclinando pra frente em direção ao outro. — O que mudou? Agora é seguro?

— Eu vou estar por lá, então sempre que precisar de ajuda é só chamar por mim que eu vou aparecer.

Ana soltou mais um grito contente e voltou a pular no pai para abraça-lo novamente, dessa vez esfregando a bochecha em sua camisa como se fosse um filhotinho carente.

— Você é o melhor pai do mundo.

xxx

— Você não tomou seu café da manhã direito. — Comentou Stefan para a filha que estava se balançando no banco do passageiro por conta da ansiedade. — Se precisar de dinheiro pro lanche, me fala.

— Estou bem.

— E não saia falando sobre o quê eu sou. — Comentou ganhando a atenção da loira.

— Por que você acha que eu sairia contando pras pessoas que meu pai é um vampiro? Pra me chamarem de esquisita e eu não fazer nenhum amigo?

— Te conheço muito bem, Ana. Dificilmente você filtra tudo o que sai da sua boca.

— Calúnia! — A indignação da mais nova fez o Salvatore rir.

— E tome cuidado com a sua própria segurança quando eu não estiver por perto. Acho que é melhor você não desgrudar de mim, vou ficar mais tranquilo.

— Ah, nem vem pai! Quero conhecer tudo e todo mundo que eu puder. Você é muito chato, só vai ficar seguindo as regras.

— Desde quando vocês é rebelde? — Perguntou franzindo o cenho divertido.

— Estava pensando e decidi que pra fazer muitos amigos legais, essa vai ser a minha nova personalidade. Vou ser rebelde, com direito a diretoria e tudo.

Briana ficou novamente indignada quando seu pai começou a rir como se ela tivesse falando besteira.

— A maior rebeldia que você já fez foi levantar de noite pra comer o bolo que eu comprei pro café da manhã.

— Eu estava com fome!

— Briana, eu tinha deixado bem claro que o bolo era pro café, você poderia ter feito um sanduíche.

— Era bolo de chocolate, eu adoro bolo de chocolate.

A expressão tristonhamente vencida da filha, fez Stefan sorrir e apertar a bochecha dela logo depois de estacionar na frente da escola.

— Tudo bem, você pode comer tudo o que quiser. — Simples assim e ela já estava sorrindo abertamente de novo. — Você pode ser rebelde também.

Assim que saíram do carro todos os olhos ao redor foram para os dois estranhos de aparência quase angelical. Garotas e até alguns caras comentavam sobre o novato gato, já outros entortavam o nariz. E fadinha foi o adjetivo mais utilizado para descrever Briana, que demonstrava um comportamento um tanto quanto infantil com seus grandes olhos curiosos, a forma de segurar as alças da bolsa grande de mais pra ela e sua animação que não a deixava parar quieta no lugar .

Dentro da secretaria, enquanto Stefan entregava os documentos para a matrícula dos dois, seus olhos corriam por todo canto, era a primeira vez dela dentro de uma instituição de ensino. Assim que sua atenção parou em seu pai, ela percebeu ele tentar segurar um sorriso divertido, mas não entendeu a razão, então apenas ignorou.

— Os documentos de Briana estão todos aqui. — Começou a mulher negra sentada na cadeira de secretária. — Mas o seu falta o histórico de vacinas, e precisamos de cópias dos documentos.

Ao perceber o vampiro tirando os óculos escuros, qual ele usava de vez em quando pra diminuir a luz do sol que incomodava seus olhos, sabia o que aconteceria a seguir e ela amava isso. Se tivesse essa habilidade, não sairia da loja de doces.

— Por favor olhe novamente. — Está acontecendo, está acontecendo. — Tenho certeza que tudo o que precisa está aí.

— Você está certo, está mesmo. — Respondeu a mulher sorrindo levemente depois de apenas passar os olhos nas mesmas folhas que tinha em mãos.

Já com os horários das aulas, os dois agradeceram se afastando da pequena sala da mulher. Foi quando Bria percebeu uma garota morena encarando, mais especificamente encarando seu pai, de uma forma muito estranha. Torcendo o nariz ela correu pra puxar a barra da jaqueta de Stefan.

— Pai ela está encarando a gente igual uma doida. As pessoas são assim na escola?

Um olhar de aviso a fez suspirar. Talvez não era uma calúnia quando ele disse que ela não se filtrava. 

— Desculpa... Irmão. — Depois de dar uma olhada ao redor e ver tantas pessoas andando pra lá e pra cá, a animação voltou a atingir a menina. Tantas possibilidades. — Eu posso andar por aí? Por favor, por favor. — Cada por favor, era um pulinho. Os outros alunos já começavam a cochichar. Stefan suspirou e assentiu.

— Mas fica de olho na hora pra não se atrasar pra aula, e toma cuidado.

— Obrigado, obrigado!

Depois de apertar o irmão dentro de seus braços a menina saiu perdida sem saber pra que lado ir primeiro.
Pela trajetória da menina, algumas garotas se aproximavam, mas quando não estavam interessadas nos gostos de Stefan, queriam saber o que ela era dele. Não era agora que faria amigas, mas ainda tinha muito tempo pela frente até o final do dia letivo.

Estava pronta para voltar pra sala, apenas se abaixou para amarrar o cadarço que havia se desfeito, e segundos depois já estava batendo de bunda no chão. Alguém não tinha visto ela e tropeçou no seu corpo abaixado. A pessoa xingou a fazendo fechar os olhos com força, eram palavras nunca dirigidas à ela antes, mas ela conhecia seus significados graças aos dicionários que leu.

Contudo, de repente o esbravejar parou a fazendo abrir os olhos novamente, só pra dar de cara com um garoto abaixado à sua frente parecendo preocupado.

— Está tudo bem? — Perguntou o garoto que segundos atrás estava raivoso, mas que ficou preocupado com a menina que parecia estar passando mal.

— Você não está bravo?

— O quê? Ah, desculpa, estou bravo com outra coisa e descontei em você. Está tudo bem?

Briana expirou aliviada e abriu um sorriso gigante para o estranho.

— Que bom, não gosto quando as pessoas estão bravas comigo. E eu estou ótima, obrigado. E você?

Questionou a loira enquanto se levantava e puxava precariamente o garoto maior junto com ela. Jeremy Gilbert nem se lembrava mais com o quê estava estressado quando riu contido da atitude estranha da garota menor.

— Estou bem, mas por que você estava abaixada aí?

Ela indicou o tênis com a cabeça e assim que a atenção do menino foi pra lá, a mesma bateu os calcanhares juntos como Dorothy.

— Cadarços. Eu sou Briana, e você?

— Jeremy...

— Foi um prazer te conhecer, Jeremy. Eu tenho que ir meu irmão falou pra não me atrasar. Te vejo depois. 

E sem mais nem menos ela correu em direção a sala de aula, deixando um Gilbert desorientado pra trás.

Durante toda a aula, onde ela sentou em uma das primeiras carteiras, sua atenção ficou fixa no professor e na sua explicação, já que era a primeira vez que alguém lhe ensinava sem ser seu pai.

Já a atenção de seu pai, estava fixa na morena de sorrisos e flertes logo atrás da mesma.

•••

Estou meio viciada em montar outfit's, então quase sempre vai ter o outfit da Bria em cima.

Vou tentar fazer a história o mais original possível, não gosto muito quando a OC fica pegando o lugar ou as falas de outras pessoas da série, prefiro adaptar a série pra minha bebê ter seus próprios momentos. Ou seja, sinto muito pelas fãs de Elena, mas aqui ela não vai ter muito destaque.

See u guys!! 😗


White - D. Salvatore 1 (✔)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora