Eloise abriu os olhos lentamente ao acordar e assim que levantou-se da cama encontrou o marido encostado na porta a observando atentamente.
- O que você pensa que está fazendo fora da cama, mocinha? - Kalel cruzou os braços erguendo a sobrancelha. - Deveria está descansando, não acha?
- Estou apenas com um resfriado, Kal.
Ela passou as mãos pelo rosto e quando um bocejo escapou de seus lábios ela entrou no banheiro, mas não antes de pegar uma roupa para vestir depois do banho.
- Mas ainda sim estou preocupado com você e se não for apenas um resfriado? - ouviu a voz dele e os passos aproximar-se da porta.
- Não se preocupe tanto é só um resfriado como consequência que ganhei por ter ficado debaixo da chuva - afirmou ela e ligou o chuveiro se jogando na água gelada.
Depois de vestir as roupas Eloise saiu do banheiro e acabou esbarrando em Kalel que a segurou com seus braços fortes antes que ela fosse de encontro ao chão.
- Mas mesmo assim ainda acho que você deveria está descansando, sabia? - disse ele tirando uma mecha cacheada teimosa da frente do rosto dela e a colocando atrás de sua orelha.
Ela se afastou e cruzou os braços se aproximando da janela do quarto.
- Kalel, eu não estou doente - resmungou ela com os olhos fixos no céu nublado. - Estou apenas resfriada.
- É a mesma coisa.
- Não é, não!
- É sim - Kalel ficou na frente dela e tocou em sua testa. - Você está ardendo em febre.
- Eu estou bem.
- Não, você não está nada bem. Como consegue ser tão teimosa?
- Não sei talvez eu tenha aprendido com você.
- Sobre isso não tenho nada a declarar - ele piscou o olho com um sorriso ladino nos lábios.
Kalel aproximou-se da porta e antes de sair do quarto olhou para a esposa.
- Você não vem?
- Pode ir na frente, eu já te alcanço.
🍁
Eloise desceu as escadas da sala e se sentou no sofá ao lado da filha.
Ela deu um beijo no topo da cabeça dela e encarou o cachorrinho que estava deitado nos seus pés.
- E então você já escolheu o nome dele? - questionou ela.
- Uhum, o nome dele é Sirius.
- Oi, Sirius - ela acariciou o pelo marrom do cachorro com os pés.
Ela sorriu levemente e passou os olhos pela sala a procura do marido.
- Papai está na garagem construindo a casa do Sirius.
Eloise assentiu e a filha deitou a cabeça em seu colo. Ela deu um beijo em sua bochecha e afagou os cachinhos dos cabelos dela.
Aslin fechou os olhos e soltou um bocejo.
Ela observou a filha dormir e acabou deixando que o sono a vencesse quando as suas pálpebras se fecharam.
🍁
Eloise acordou quando sentiu o marido tocar em seu rosto e abriu os olhos encontrando os seus cor chocolate.
- Antes que pergunte - ele tirou a mão do rosto dela. - Eu levei nossa filha para o quarto dela depois que entrei aqui e encontrei vocês duas dormindo - ajustou a postura e colocou as mãos nos bolsos da calça cinza.
- E onde está o Sirius?
- Depois que parou de chover e o sol apareceu eu levei ele até a casinha que construir para ele no quintal - ele se sentou ao seu lado, ficando de frente para ela. - E agora mesmo ele está lá dormindo confortavelmente.
Eloise assentiu abraçando o próprio corpo quando sentiu frio e o marido puxou ela para os seus braços a envolvendo em um abraço caloroso.
- Deus abençoe - agradeceu ela e deitou a cabeça no peitoral dele.
- Pelo quê? - questionou Kalel com o olhar confuso.
- Por cuida de mim.
- Amém, mas não precisa agradecer, afinal a culpa de você ter pego esse resfriado foi minha - ele beijou o topo da cabeça dela.
- Kalel, não começa - ela ergueu o olhar para o encarar. - Nós já conversamos sobre isso, lembra?
- Calma, você não me deixou terminar - ele passou a mão pelos cachos dos cabelos da esposa.
- Desculpa - ela fez bico.
- Como eu ia dizendo não precisa agradecer, pois amo cuidar de você.
KAMU SEDANG MEMBACA
Porto Seguro | R O M A N C E C R I S T Ã O |
SpiritualLivro único Quando Deus é o nosso porto seguro não há dor que sufoque nossa fé. Depois de ter passado cinco anos na guerra Kalel retorna para casa com feridas interiores e cicatrizes que o atormentam. ©2021