Capítulo 22

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  Eloise abriu os olhos lentamente quando sentiu uma pontada na testa e colocou a mão nela. Então encarou os dedos da mão melados de Sangue.

Ah meu Deus!

  Ela soltou um suspiro de alívio quando percebeu que a filha estava ao seu lado dormindo com a cabeça encostada na janela.

- Ora, ora vejo que acordou - pelo espelho do carro ela viu que Lorenzo estava a encarando com um sorriso debochado nos lábios.

  Ela olhou novamente para a filha que ainda se encontrava dormindo.

- O que você quer, Lorenzo? - questionou ela com a voz firme.

- O que eu quero? Bom me deixe pensar - passou a mão pelo queixo. - Vingança, queridinha. Eu quero me vingar do seu marido.

- Vingança? - ela franziu a testa. - Você por acaso sabe o que está dizendo?

- Silêncio - esbravejou entre dentes. - Fique aqui e se não fizer o que estou mandando eu faço você encontrar o seu cunhado mais cedo - desceu do carro e bateu a porta bruscamente.

- Filha, acorde - disse ela segurando o rostinho da filha com ambas as mãos assim que viu Lorenzo sair do seu campo de visão. - Por favor.

- Mamãe, eu tive um pesadelo horrível nele tinha um homem muito malvado que nos sequestrava - Aslin abriu os olhos lentamente. - Ah, não - murmurou. - Não foi um pesadelo, não é?

- Não, pequena. Não foi um pesadelo, mas não se preocupe confie em Deus porque...

- É Ele que nos protege - uma lágrima escorreu de seus olhos. - Mamãe, a sua testa está sangrando.

- Não se preocupe com isso, minha pequena. Tudo vai fica bem.

  Eloise passou os olhos na parte da frente do carro e quando viu um taco de baseball que Lorenzo provavelmente esqueceu de esconder o jogou na Janela do carro quebrando o vidro.

  Ela abriu a porta por fora e desceu. Então ajudou a filha descer do carro.

  O alarme tocou, ela fechou os olhos por alguns instantes e orou mentalmente pedindo ajuda a Deus.

- Mamãe, ele está vindo - sussurrou fazendo ela abrir os olhos.

  Eloise olhou para trás e viu Lorenzo se aproximando delas.

- Aconteça o que acontecer não solte a mão da mamãe, está bem? - pediu ela e segurou firmemente a mão da filha.

  Aslin assentiu com um balançar de cabeça.

- É melhor você não dá nem mais um passo ou eu atiro - gritou Lorenzo.

- Corre, pequena. Corre.

  Eloise correu com a filha para dentro da floresta e assim que encontrou um lugar seguro para se esconder com ela parou de correr e se sentou atrás de uma árvore.

  Ela respirou fundo recuperando o fôlego.

- Não se preocupe, mamãe. Deus vai ajudar tio Elijah nos encontrar e daqui a pouco papai aparece aqui para nos levar para longe desse homem malvado.

- Tenho fé que sim - ela sorriu levemente e limpou o suor do rostinho da filha com o pano da jaqueta azul bebê.

- Pensaram mesmo que eu não encontraria vocês? - ouviu a voz furiosa de Lorenzo e os passos dele se aproximar.

- O que faremos, mamãe? - Aslin a olhou com o semblante assustado.

  Eloise se levantou do chão e a filha se jogou em seus braços. Ela a envolveu em um abraço apertado sentindo as lágrima dela que molhou o seu vestido.

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