Eloise abriu os olhos lentamente quando sentiu uma pontada na testa e colocou a mão nela. Então encarou os dedos da mão melados de Sangue.
Ah meu Deus!
Ela soltou um suspiro de alívio quando percebeu que a filha estava ao seu lado dormindo com a cabeça encostada na janela.
- Ora, ora vejo que acordou - pelo espelho do carro ela viu que Lorenzo estava a encarando com um sorriso debochado nos lábios.
Ela olhou novamente para a filha que ainda se encontrava dormindo.
- O que você quer, Lorenzo? - questionou ela com a voz firme.
- O que eu quero? Bom me deixe pensar - passou a mão pelo queixo. - Vingança, queridinha. Eu quero me vingar do seu marido.
- Vingança? - ela franziu a testa. - Você por acaso sabe o que está dizendo?
- Silêncio - esbravejou entre dentes. - Fique aqui e se não fizer o que estou mandando eu faço você encontrar o seu cunhado mais cedo - desceu do carro e bateu a porta bruscamente.
- Filha, acorde - disse ela segurando o rostinho da filha com ambas as mãos assim que viu Lorenzo sair do seu campo de visão. - Por favor.
- Mamãe, eu tive um pesadelo horrível nele tinha um homem muito malvado que nos sequestrava - Aslin abriu os olhos lentamente. - Ah, não - murmurou. - Não foi um pesadelo, não é?
- Não, pequena. Não foi um pesadelo, mas não se preocupe confie em Deus porque...
- É Ele que nos protege - uma lágrima escorreu de seus olhos. - Mamãe, a sua testa está sangrando.
- Não se preocupe com isso, minha pequena. Tudo vai fica bem.
Eloise passou os olhos na parte da frente do carro e quando viu um taco de baseball que Lorenzo provavelmente esqueceu de esconder o jogou na Janela do carro quebrando o vidro.
Ela abriu a porta por fora e desceu. Então ajudou a filha descer do carro.
O alarme tocou, ela fechou os olhos por alguns instantes e orou mentalmente pedindo ajuda a Deus.
- Mamãe, ele está vindo - sussurrou fazendo ela abrir os olhos.
Eloise olhou para trás e viu Lorenzo se aproximando delas.
- Aconteça o que acontecer não solte a mão da mamãe, está bem? - pediu ela e segurou firmemente a mão da filha.
Aslin assentiu com um balançar de cabeça.
- É melhor você não dá nem mais um passo ou eu atiro - gritou Lorenzo.
- Corre, pequena. Corre.
Eloise correu com a filha para dentro da floresta e assim que encontrou um lugar seguro para se esconder com ela parou de correr e se sentou atrás de uma árvore.
Ela respirou fundo recuperando o fôlego.
- Não se preocupe, mamãe. Deus vai ajudar tio Elijah nos encontrar e daqui a pouco papai aparece aqui para nos levar para longe desse homem malvado.
- Tenho fé que sim - ela sorriu levemente e limpou o suor do rostinho da filha com o pano da jaqueta azul bebê.
- Pensaram mesmo que eu não encontraria vocês? - ouviu a voz furiosa de Lorenzo e os passos dele se aproximar.
- O que faremos, mamãe? - Aslin a olhou com o semblante assustado.
Eloise se levantou do chão e a filha se jogou em seus braços. Ela a envolveu em um abraço apertado sentindo as lágrima dela que molhou o seu vestido.
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Porto Seguro | R O M A N C E C R I S T Ã O |
SpiritualLivro único Quando Deus é o nosso porto seguro não há dor que sufoque nossa fé. Depois de ter passado cinco anos na guerra Kalel retorna para casa com feridas interiores e cicatrizes que o atormentam. ©2021