Capítulo 13

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  Eloise acordou com o som do latido de Sirius em seus ouvidos. Ela abriu os olhos lentamente se soltando da filha e depositou um beijo em sua testa.

  Ela ajustou o corpo sobre a cama e ouviu outro latido. Então olhou para ele e o encontrou perto da cama com o rabinho balançando.

- Oi, garoto - ela sorriu levemente. - O que aconteceu? Você está com fome?

  Eloise se levantou da cama e quando foi aproximar-se dele ele correu em direção ao lado de fora do quarto.

- Por que você está tão agitado hoje? - ela franziu a testa com o semblante confuso.

  O filhote late mais uma vez e deita na ponta da escada com os olhos fixos na sala.

- Shh, se não você vai acabar acordando a Aslin - pediu ela baixinho, em seguida olhou para a sala e encontrou o marido sentado na poltrona com os olhos fechados. - Bom garoto - afagou o pelo dele.

  Ela desceu as escadas em passos apressados.

- Kalel, você está bem? - questionou Eloise quando viu o suor no rosto dele.

- Parece que o Sirius gostou de mim - Kalel mudou de assunto e assim que abriu os olhos olhou diretamente para o lugar que o filhote estava. - Ué, mas ele estava bem aqui.

- Ele foi acho que me chamar para eu ver se você estava bem, mas no começo não entendi. Agora entendo acho que na cabeça dele você estava em perigo.

  Eloise chegou mais perto e Kalel abraçou a cintura dela. Ela segurou o rosto dele com ambas as mãos o fazendo olhar em seus olhos.

- Kalel, você não está sozinho mesmo que essa guerra esteja dentro da sua mente estou ao seu lado e o mais importante é que Deus também está - disse ela com a voz calma e afagou os cabelos dele.

- Sei disso, mas é que a dor está sempre exigindo ser sentida - os olhos dele ficaram marejados.

  Ela sentiu o coração se apertar ao ouvir o desabafo dele e se lembrou da época em que eles eram adolescentes, mas especificamente o dia que a mãe dela acabou desistindo da luta contra o câncer depois de receber a carta em que dizia que o pai havia falecido no campo de batalha e Kalel quando era apenas o seu melhor amigo permaneceu ao seu lado a consolando.

  Uma lágrima escorreu pelo rosto dela e várias outras em seguida.

- Então me deixe ficar aqui com você e não me afaste novamente, por favor - pediu ela com a voz embargada. - Você ficou ao meu lado no momento que mais precisei não acha justo eu fazer o mesmo?

- Não se preocupe, love. Não irei te afastar novamente - ele sorriu fracamente. - Deus, você e nossa filha são minhas melhores influências. Preciso de vocês na minha vida.

- Mamãe, papai - Aslin se aproximou deles depois de descer as escadas.

- Oi, minha pequena.

- Está sem sono, lindinha? - Kalel soltou a cintura da esposa e encarou a filha.

- Não, apenas acordei com o latido de Sirius - soltou um bocejo, enquanto coçava os olhos.

- Por falar nele, onde ele está?

- Dormindo lá no topo da escada.

- Que horas são? - ele levantou da poltrona.

- São 02:31h da manhã, por que?

- É que a mocinha aqui deveria está dormindo - apontou ele para a filha. - Amanhã tem aula, lembra?

- Bom, tecnicamente não.

- Como assim? - ele franziu a testa.

- Estou de férias, papai. O senhor esqueceu?

  Kalel alternou o olhar entre a filha e a esposa.

- Talvez sim - ele coçou a nuca. - Mas isso não significa que você deveria está acordada uma hora dessa. Que tal isso se você for dormir amanhã o papai te leva para passear.

- Combinado.

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