Capítulo 4

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  Como o meu irmão já tem a carta, leva-nos à pizzaria, somos cinco ao total, o que significa que o carro vai cheio.
Sou obrigada basicamente a ir no banco do meio, porque sou a mais pequenina, e guess what?! o moreno de momentos ao bocado está ao pé de mim.

Rapidamente, eles metem conversa entre eles, e eu enrolo-me na minha teia de pensamentos. Eu sei o porquê do meu irmão passar muito tempo fora de casa, quer evitar estar enclausurado naquela casa...adiante, organizo o meu dia de amanhã mentalmente; Ora bem, amanhã vou tirar o dia para descansar, estudar e ir ver o jogo do Hugo, quero muito estar lá para ele como ele está sempre para mim. É e sempre foi um apoio, por isso quero também apoiá-lo, já que este é o seu último ano letivo no secundário.

"Parabéns pela vitória, Mar" - Mar? Mas quem é a Mar? Apercebo-me que é a voz suave e rouca que à um par de minutos ouvi. Tiago.
Viro-me e estou a encara-lo bem de perto, de repente ficou bem calor no carro, fodasse, e tudo o que eu digo é:

"Humm... Obrigado"- Sinto-me corar e com uma necessidade extrema de corrigir a maneira como me chamou, porém algo dentro de mim não me permite que o corrija... Ele não diz mais nada, e eu mais nada digo.

  No resto do caminho decido trocar mensagens com a Sara, a minha best, ela é incrível na maioria das vezes.
É uma pessoa espetacular e que  tenho a certeza de que todos queriam ter uma Sara como esta na vida; Às vezes ela é bem lerda, mas chega a ser engraçado. Ela refere na mensagem que está relativamente atrasada nos estudos, reconforto-a respondendo que a vou ajudar quando chegar a casa. Ponho-me a ver memes, tenho que morder o lábio para não me rir alto e passar uma vergonha. A mente brasileira para a imaginação dos memes é incrível.

Já chegamos, finalmente.

Quando estamos todos fora do carro, deixo-me ficar pra trás, pois não tenho confiança com este pessoal, e, assim, eles tomam as rédeas do caminho. Uau, este restaurante é bastante grande, não costumo vir cá. Tem umas paredes com papel de parede bem moderno e aparenta ter música ambiente boa.
Escolhemos a mesa onde vamos jantar, sento-me na ponta do sofá ao lado do meu irmão e os amigos do outro lado da mesa.
A empregada de mesa chega para anotar os pedidos,

-"Senhoras primeiro."- ouço um dos da equipa dizer e por isso sou a primeira a pedir.

-"Uma carbonara,por favor."- Digo da maneira mais delicada e educada que consigo, pois sei que "por favor"  e coisas assim não devem abranger os dicionários deles.

-"Duas"- devem estar a gozar, também vai pedir o que  eu pedi? Apenas uma coincidência, Marta, apenas uma coincidência. Mas ainda por cima agora está a olhar para mim com um sorrisinho no rosto, não entendo se é a brincar ou o que é;
É com cada uma em que me meto. Noto que estou a corar ligeiramente e por essa mesma razão paro de olhar para ele, de imediato. Ele é mais alto que eu, um metro e 70 diria, o cabelo dele é castanho escuro, tem algo naqueles olhos verdes que me cativa;      Na verdade, ele está em boa forma. Naquela equipa estão todos, verdade seja dita. Paro de ter estes pensamentos absurdos e
quando dou por mim, a senhora já anotou os pedidos e foi-se embora.

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Este foi o capítulo 4, espero que tenham gostado.

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*Curiosidade: escolhi o nome Marta para esta personagem principal, pois era o meu nome favorito de infância.
    (próxima curiosidade sobre as personagens em próximos capítulos)

Entretanto a incrível Babeele tem ótimas histórias, passem por lá.

Com amor,
                    Ana 💋

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