| 𝐎 𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨 |

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"Ana estava dentro de um quarto de bebê, as paredes eram em um belo tom de amarelo pastel e dava um ar aconchegante ao cômodo, mas Ana sabia que aquele lugar não era mais tão receptivo assim. Logo ao chão em frente ao berço estava o corpo de sua mãe, os olhos abertos e sem vida alguma poderia causar pesadelos a qualquer um que tivesse conhecido a mulher sorridente que Amélia era.

ー Aura...  Ana ouviu alguém chamar.

Ela olhou para a porta e viu seu pai parado olhando para ela horrorizado. O rosto do homem estava com machucados e sua camisa estava suja de poeira e sangue, os olhos cinzas estavam brilhando em tristeza ao ver sua amada morta e não encontrar sua filha no berço. Bryant se aproximou e se jogou no chão pegando o corpo frio de Amélia em seus braços e o abraçando fortemente.

Me desculpa, me desculpa... Ele dizia repetidas vezes enquanto chorava sobre o corpo morto dela.

Homens encapuzados e usando uma máscara estranha, semelhante a um esqueleto da cabeça de um animal, entraram na casa, eles apagaram Bryant e o arrastaram para fora da residência como se não fosse nada. Um deles removeu a máscara e sorria de forma sádica e sombria para os outros dois que carregavam o homem desacordado."

Ana acordou puxando o ar com força sentindo as lágrimas quentes escorrerem por seu rosto enquanto ela repassava repetidas vezes as cenas que viu em seu sonho, era o mesmo desde o dia em que ela voltou de Hogwarts e aquilo estava deixando ela cansada e confusa do porquê de sempre ter os mesmos sonhos. Ana olha para o relógio de parede que tinha em seu quarto e se levantou seguindo em direção a sua escrivaninha, pegou pena, tinta e um pergaminho começando a escrever uma carta para Harry.

"Querido Harry.

Como você está? Estou morrendo de saudades de você. As coisas aqui estão indo bem, andei fazendo alguns experimentos para tentar finalizar a poção de meu pai mas até agora não tive bons resultados. Eu causei algumas explosões e minha tia vai enlouquecer se eu continuar explodindo tudo como o Simas faz.

Não se esqueça de responder a minha carta, não vejo a hora de nos encontrarmos na estação e podermos retornar a Hogwarts. Se cuide e não faça nada que vá fazer você se arrepender depois.

Com carinho, Ana Murray."

Ao terminar a carta Ana foi até a janela e assobiou e logo Pandora apareceu, a garota acariciou as penas negras da coruja e entregou a carta para ela pedindo que ela entregasse a Harry Potter e logo a ave levantou voo. Enquanto Pandora partia uma outra coruja estava voando na direção oposta, ela tinha as penas cinzas assim como seus olhos e ela carregava uma carta em seu bico. Ela pousou no lugar onde Pandora estava antes e Ana logo reconheceu a coruja.

ー Olá Hydra ー Ana disse acariciando a cabeça da coruja de penas cinzas.

Hydra era a coruja da família Malfoy, era ela a responsável por entregar as cartas que ela escrevia e recebia de Draco. Ela carinhosamente pegou a carta da coruja que ficou ali esperando ela escrever uma resposta ao loiro para ela poder ir embora. Ana com um sorriso completamente abobalhado no rosto abriu a carta lendo cada palavra com atenção.

"Sol

Sinto que Hydra na próxima vez que eu enviar uma carta vai arrancar meus dedos de tão irritada que está por ter que levar cartas a você o tempo todo. Fico aliviado por saber que você não está se metendo em nenhuma encrenca, as coisas aqui estão indo bem mesmo estando um pouco tensas, como sempre.

Sobre seu novo amigo selvagem, adoraria conhecê-lo algum dia, aliás, você deu algum nome a ele? Achei o modo que você o conheceu bem diferente, mas acho legal todo esse carinho que você tem por animais.

𝐀𝐔𝐑𝐔𝐌 | Vol.3 | 𝒉𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑝𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Where stories live. Discover now