𝐀𝐔𝐑𝐔𝐌 | Vol.3 | 𝒉𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑝𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟

| 𝐂𝐨𝐫𝐯𝐢𝐧𝐚𝐥 × 𝐆𝐫𝐢𝐟𝐢𝐧𝐨́𝐫𝐢𝐚 |

Parecia o fim da amizade de Rony e Hermione, enquanto Ana tentava pelo menos tratá-lo com respeito, mesmo que fosse completamente ignorada pelo ruivo. Harry não tinha certeza se um dia o ruivo iria fazer as pazes com as duas amigas.

A única certeza que tinham, era de que Aura não havia comido o rato, já que era um furão acostumado com frutas e vegetais que Ana sempre dera. Mas Bichento se tornou a principal suspeita do crime, e desaparecimento do roedor. No fundo, Hermione sabia que Harry estava do lado do amigo Weasley.

O clima tenso não impediu que Ana continuasse com sua poção. Ainda era cedo, o sol mal começou a nascer no horizonte, e a garota de cabelos castanhos se esgueirava pelos corredores sob o efeito de um feitiço que seu pai havia criado, Rectenta. Era forte o suficiente para deixar a garota completamente invisível, semelhante ao item de herança que Harry ganhou no primeiro ano.

Rapidamente a garota chegou ao laboratório de poções que o padrinho havia emprestado, correu até a bancada e começou a preparar o líquido. Seu objetivo era fazer com que o líquido fosse de branco puro para um vivo tom de azul celeste, a poção levaria cinco dias para ficar pronta, cozinhando tempo constante em fogo lento.

Ana pegou água e despejou até metade do caldeirão, a morena acendeu o fogo o deixando baixo até que o líquido transparente ficasse morno. Ao chegar na temperatura ideal, a garota pegou uma bacia de vidro fino com um líquido transparente que brilhava pelos efeitos encantados da luz da lua que recebeu, despejando ela aguardou que o líquido fervesse. Durante o tempo em que a água permanecia sob o fogo, Ana pegou a erva Anis começando a amassá-la em pote separado, depois separou o caule de Damianina e cortou uma rodela, sentindo o forte cheiro da planta quando seu interior foi revelado. Ao ver bolhas quentes surgirem indicando que estava quente, a erva amassada foi jogada junto do caule.

Foi preciso cinco minutos para que a erva cozinhasse completamente junto do caule, e durante esse espaço de tempo Ana anotou tudo o que havia feito até aquele momento. Com uma colher de metal, a morena deu nove voltas no sentido anti-horário, vendo o líquido se tornar branco como leite. O processo estava dando certo.

ー Por Merlim, está tudo certo até agora. Tudo certo... ー Ana falou ansiosa.

Suas mãos tremiam quando pegou o óculos de proteção, separou uma folha de Molly e uma erva azul. Se colocou em uma distância considerável do caldeirão com a mão em cima do líquido branco.

As duas folhas dançam no ar quando os dedos da garota soltam-nas. De imediato o líquido foi para um tom bem discreto de azul, quase imperceptível, os olhos dourados brilhavam de forma orgulhosa, uma conquista que ela tentava obter a mais de dias havia finalmente dado certo.

Os pés da grifinória saltavam pelo laboratório junto de exclamações animadas, e naquele momento, mesmo que a menina não soubesse, Snape compartilhava da mesma alegria de sua afilhada. Como um professor, ele deveria mandar a garota de volta para seu dormitório, onde ficaria até que o horário de início das aulas se fizesse presente. Entretanto, Severus parou e admirou por todo tempo a garota preparar a poção, ao se lembrar de Bryant e Amélia sentiu uma lágrima solitária escorrendo por seu rosto.

Fingindo que não vira a menina fora da cama naquele horário, o homem caminhou de volta aos seus aposentos, deixando a grifinória comemorar sua conquista. O homem sabia que ela traria muito orgulho não apenas a sua casa, mas a Hogwarts e todo o mundo bruxo.

A morena finalizou suas anotações e retornou ao dormitório, usando novamente o feitiço Rectenta. Ao perceber que todos já haviam saído da torre para o grande salão, Ana correu escada acima para poder se trocar e se encontrar com seus amigos. Mas quando chegou ao lugar, se arrependeu quase instantaneamente por não ter desviado a biblioteca ou permanecido em seu dormitório, já que o assunto principal era o desaparecimento de Perebas.