| 𝐀 𝐏𝐨𝐜̧𝐚̃𝐨 |

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Hermione começava a ficar deveras aborrecida com a situação em que se encontrava.

Após uma profunda investigação, Minerva descobriu que a vassoura era inofensiva e nenhum encanto perigoso havia sido conjurado no objeto voador, e assim ela foi devolvida a Harry. Depois de conversar com Granger, o moreno a desculpou e seguiu com os dias normalmente como era antes do desentendimento com a amiga. Mas Ronald, com seu orgulho leonino inabalável, continuou irritado com a garota a deixando desgastada e chateada.

Enquanto ambos ficavam em uma briga enjoativa de cão e gato, Ana levou todos os ingredientes que havia ganhado no Natal até o laboratório, mas praguejou por não ter ido mais tarde ao encontrar seu padrinho avaliando os ingredientes que estava testando antes de receber aquele presente.

ー Bom dia, professor Snape ー Falou a morena na porta.

Severus guiou seu olhar até a porta encontrando sua afilhada ali com uma caixa. Ana caminhou até a mesa ignorando completamente o olhar de desconforto do mais velho por ser chamado de professor pela Murray.

ー Porque me chamou assim? ー Ele perguntou observando ela tirar os ingredientes da caixa e colocar sob a mesa.

ー Que eu saiba, você é um professor e eu uma aluna, é dessa maneira que devemos tratar um ao outro ー Ela disse de maneira afiada.

Naquele momento Snape pôde perceber como ela parecia com a mãe, foi como uma sensação de Déjà Vu. Se lembrava da manhã em que Bryant tentou se aproximar da garota no quarto ano e da forma como ela o rejeitou de uma maneira magnífica na frente de todos os sonserinos. Mas o que mais o surpreendeu foi o sorriso apaixonado do rapaz rejeitado conforme a via ir até a mesa dos corvinais.

ー Porque está me tratando desse jeito Ana? ー Perguntou ele.

ー Você sabe o porquê. Sabe que o que está fazendo não é legal mas sua mente infantil fala tão alto que você não percebe ー Ana afirmou enquanto desmontava a caixa ー Vocês não são mais crianças, e que eu me lembre quem lhe provocava era Potter e Black junto com o Pettigrew ー Continuou ela sem olhar nos olhos de Severus.

Quando o olhar dourado e irritado da morena encarou o homem, ele desviou sentindo vergonha por estar recebendo sermão de uma grifinória imprudente de apenas treze anos de idade.

ー Enquanto você continuar sendo imaturo do jeito que está sendo por causa da condição do professor Lupin, eu não vou olhar na sua cara e vou te tratar como um professor comum de Hogwarts ー Falou por fim.

Severus olhou os novos ingredientes organizados sobre a mesa e depois para a morena que já estava saindo do laboratório. Certamente seria uma vergonha para um sonserino ser repreendido por uma Grifinória, mas de certa forma, as falas de sua afilhada o fez repensar suas atitudes e em como estava na hora de amadurecer.

Ana planejava começar a opção naquela noite após o treino para a próxima partida de quadribol, Olívio parecia nervoso com o fato de a Sonserina ter ganhado e o próximo jogo ser contra os Corvinos.

A morena entrou na sala comunal e a cena a seguir era costumeira naqueles últimos dias desde o ataque a perebas. Harry estava sentado em um canto olhando ora para Rony e ora para Hermione, o ruivo ainda estava irritado com as duas garotas por terem deixado seus animais à solta enquanto Perebas também estava livre pelos cantos. Ana se recusava a manter Aura presa pelo simples fato de o rato estar caminhando pelos cantos da comunal.

Ela suspirou e encarou Harry, os olhos verdes dele pediam desculpas pelo melhor amigo. Ana sorriu compreensiva.

ー Vamos ter um treino agora, vamos? ー Chamou a morena.

𝐀𝐔𝐑𝐔𝐌 | Vol.3 | 𝒉𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑝𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Where stories live. Discover now