[4°] Visita na vida passada

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Atrasada... Kkkk mas aqui está ꒰⁠⑅⁠ᵕ⁠༚⁠ᵕ⁠꒱⁠˖⁠♡

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Fechei meus olhos e respirei lentamente, tentando me passar confiança. Estava com medo, medo do que iria achar dentro daquela casa.

Eu estava em frente a linda casinha amarela. E o termo “casinha” não se encaixa mais, visto que essa mansão não pode ser chamada no diminutivo. Ela era enorme.. aquela casa que de longe parecia ser minúscula, de perto é um casaréu em todo o seu significado. De longe me passava conforto, mas de perto.. poxa, de perto me deixa tão desconfortável.

Dei um passo, e depois outro e logo estava em frente a porta velha. Toquei a maçaneta e um arrepio tomou conta do meu corpo.

A porta foi aberta em um ranger assustador, e um cheiro nada agradável invadiu meu nariz. O lugar estava abafado e pouco iluminado pela luz solar que adentrava a casa pelas frestas das madeiras, e eu suspirei uma última vez antes de dar mais um passo para dentro.

Todos os móveis estavam no lugar. Tudo estava abandonado, como se ninguém fosse ali a muito tempo.  Teias de aranha e poeira eram as únicas decorações presentes.

Tudo estava queimado. Os sofás, as estantes, as cortinas que já não exerciam seu papel com tanta eficiência..

A casa era grande, e havia uma extensa escada no meio da sala que julguei ser a de recepção. Meus olhos rodeavam aquele lugar, e meu coração estava acelerado. Lembro-me de rir enquanto um outro ômega tocava uma linda música em um grande e magnífico piano preto, este que agora estava caído em pedaços queimados no chão.

Lágrimas inundaram meus olhos enquanto mais e mais memórias invadiam minha mente. Subi as escadas no automático, meus pés apenas me levaram para cima, para dentro de um quarto que estava destruído, com parte do telhado no chão, impedindo a passagem para seu outro lado.

A parte da cama estava com a passagem livre, então passei a andar por ali.

–Deus… –Disse com a voz embriagada pelo choro–

Lágrimas minhas foram derramadas naqueles lençóis, maquiagens lindas foram feitas em meu rosto naquela mesma penteadeira empoeirada

Na parede havia um quadro grande. Tinha alguém pintado ali, e esse alguém era eu, ou pelo menos alguém muito, muito parecido comigo.

O ômega na pintura era igual a mim, todos os traços possíveis eram iguais aos meus, menos o cabelo, que possuía um raro e magnífico tom de cinza.

Meu coração se acelerou ainda mais ao ver o nome gravado na moldura dourada “Park Jimin”.

–Porra.. isso é loucura –Suspirei enquanto passava minhas mãos por meu cabelo–

Um feixe de luz prateada me chamou atenção. Ele vinha de um lindo espelho do outro lado do quarto, mas para chegar nele precisaria passar por muitas tábuas caídas no chão.

Decidido, comecei a andar em sua direção, passando pelas tábuas com certa dificuldade, já que força não é uma das minhas qualidades. Depois de muito esforço consegui chegar até o espelho maravilhoso que refletia lindamente a luz que provinha de uma janela.

Através do espelhoWhere stories live. Discover now