Sonhos Possíveis [Concluído]

Capítulo Bônus 02: Renata Martins

Glossário:

Taccep: Topar, aceitar.

Bhurchenr: Site de buscas reilarandense.

João Xavier: Jogador de basquete reilarandense do time Estrelas Azuis.

Estrelas Azuis: Time esportivo reilarandense.

Oye: Oye: Oi, olá; Saudação reilarandense informal.

Cachoeiras: Time esportivo reilarandense.

Estrelares: Jogadores do time Estrelas Azuis; Torcedores do time Estrelas Azuis.

Jardins: Time esportivo reilarandense.

Lucky Smith: Personagem fictício do filme “Meu Primeiro Amor Escolar”.

Jessye Crye: Personagem fictício do filme “Meu Primeiro Amor Escolar”.

Meu Primeiro Amor Escolar: Filme reilarandense de ficção adolescente, romance, comédia e drama, protagonizados pelas estrelas juvenis John Kerry e Emanuelle Tinne.

♡♡♡♡♡

JOGO DE BASQUETE DO ESTRELAS AZUIS

19 de outubro de 2018.

Após terminar minhas aulas obrigatórias para a educação secundaria, fui direto para o refeitório. Mas, ao invés de pegar o meu almoço, como eu sempre fazia, tirei meu celular do bolso para ler as notícias sobre o espetáculo “A Rainha E Os Bobos Da Corte”.

Fazia uma semana que eu havia estreado no teatro, em uma peça escrita por Henry Kerry. E, se no dia do teatro na lanchonete e nas apresentações que eu fazia na escola eu estava nervosa, no último sábado eu quase tive um ataque. Infelizmente, não tinha Pedro ao meu lado para me acalmar como da última vez. Ele estava sentado em uma das cadeiras da platéia, mas não podia vir aos bastidores. Ao menos tinha John e Erika. Ela porque contracenaria comigo. Ele por ser filho de Henry Kerry e ninguém barrava sua passagem por qualquer lugar da escola.

Uma tristeza foi que Ricardo e Cecília não puderam comparecer. A apresentação foi marcada no mesmo dia que os dois assinariam um contrato com a gravadora “Vida e Música”, uma das maiores do pai. E os dois estavam em Melody. Felizmente, toda a apresentação foi gravada e exibida ao vivo nas redes sociais. Ao menos puderam ver, mesmo de longe. E me apoiaram.

Peguei meu celular, entrei no Bhurchenr e digitei no campo de busca: “críticas sobre a peça a rainha e os bobos da corte”. Imediatamente, vários resultados apareceram. Estava pronta para clicar no primeiro site quando meu celular saiu das minhas mãos. Olhei para trás, vendo que ele estava com John, que sentou ao meu lado. Estranhei sua presença ao mesmo tempo em que fiquei feliz. Ele quase nunca almoçava com a gente (eu, Diego, Emmy, Nicole e Erika). Sempre tinha algum compromisso.

— Pesquisando sobre isso de novo? — John reclamou. Ele tinha me pegado no flagra outras duas vezes — Quantas vezes eu tenho que repetir, Renata, que muitas dessas pessoas fazem críticas maldosas, apenas para deixar os outro para baixo?

Ele me chamou de Renata. Isso significava que a situação era séria. Ele quase nunca me chamava pelo nome, mas pelo apelido que havia me dado durante nossas trocas de mensagens. Segundo ele, era em homenagem a uma grande atriz, Renata Cardoso, mas que era conhecida como Rennye Cardoso.

— Falaram coisas ruins sobre mim, não foi? — perguntei, sentindo todo meu animo ir embora a um piscar de olhos.

— Eu não sei. Não leio sobre isso. — ele olhou para mim — Viu, é por isso que eu não leio. Olha só a sua cara. A primeira e única vez que eu fiz isso chorei bastante porque um infeliz falou coisas terríveis sobre mim. Eu só tinha oito anos. Foi muito cruel. Minha mãe me disse que eu não deveria ir atrás de notícias que iriam me derrubar. Mas, daquelas que vão me deixar mais forte. E, como um bom filho, obedeço ela. — ele me abraçou, dando um beijo carinhoso em minha testa — A peça foi um sucesso, Rennye. Acredite em seu potencial.