Capítulo 20: Renata Martins / Ricardo Martins

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RENATA MARTINS

Não fomos à aula na sexta feira. Isso porque meu irmão e Cecília iriam com Kamilly Kessyly para Caff logo de manhã. E tínhamos que nos despedir deles. Só iríamos nos ver no dia seguinte, no show em Fility.

Estávamos eu, Ricardo, nossos pais, Cecília, os pais dela, Pedro, seus pais, Kamilly e Charles na porta da lanchonete. Despedimos de Cecília, Ricardo, Kamilly, Charles e Evelina. Em seguida, os cinco entraram em um carro que o empresário de Kamilly Kessyly alugou até o aeroporto de Pinlue. Nós, que ficamos, entramos na lanchonete. Ela estava fechada. Meus pais abriram um pouco mais tarde por causa de uma conversa que teriam com John e Henry.

Meus pais sentaram em uma mesa, conversando com Lorenzo, Paulo e Rebecca, enquanto esperavam o diretor e seu filho. Eu e Pedro sentamos em uma mesa mais afastada. Ele pegou uma cadeira e sentou ao meu lado. Ele passou um braço pelo meu pescoço, me levando para mais perto dele.

- Você queria que todos seus amigos realizassem os seus sonhos. Aí estão. Eu vou para a EAJA. Cecília e Ricardo farão um show com Kamilly Kessyly. E você e a EEEA?

- Não disse que meu pai resolvia? Eles me aceitaram novamente. Vou no início do próximo trimestre.

Estava feliz por ele. Pelo menos, ele não perderia a oportunidade valiosa em sua vida. E, logo, ele será uma das estrelas do basquete. Pena que, provavelmente, nossa escola não ganharia, pela terceira vez consecutiva, os Jogos Escolares em basquete.

Pedro me soltou, para poder olhar para mim.

- Plantão! - ele imitou um jornalista - Últimas notícias da nossa futura ex-escola.

Fiquei atenta as suas palavras. Nos últimos quatro dias, eu fui à escola. Mas, sinceramente, se me perguntarem o que estava acontecendo nela, eu não podia responder nada. Estava me concentrando apenas no meu futuro. E em tudo que estava acontecendo e que iria acontecer. O máximo que fazia era me concentrar nas aulas. Isso quando Pedro não tentava me distrair com qualquer mosquito que passava em sua frente.

- A professora Carmem Avelar, de teatro, foi demitida por sua postura anti-profissional e corrupta. Fernanda Baker - Pedro pronunciou o sobrenome dela com desdém. Dei uma pequena risada - Foi suspensa por uma semana por causa das pichações e por subornar a professora. Além de ter perdido o papel no teatro e ser impedida de participar dessas aulas durante o período.

Bem feito! Não pude deixar de pensar com um sorriso no rosto. Finalmente sua máscara de boa aluna caiu.

- O teatro será cancelado temporariamente até que encontre um novo professor para fazer o teste. - Pedro continuou - Douglas Baker, pai de Fernanda, foi destituído de seu cargo de Governador, além de ser investigado por corrupção.

Pedro deu um pequeno sorriso ao encerrar. Sorri também. Não sou uma pessoa que deseja mal aos outros. Mas, eles tiveram o que mereceram. A justiça sempre é feita. Às vezes, demora um pouco. Mas, sempre é feita.

- Meu pai exigiu providências. E, claro, denunciou Douglas. Viu como ele te adora?

Eu e Pedro rimos. Paulo era um homem incrível. Prova disso era o filho maravilhoso que ele criou. Era um excelente amigo. Alguém de coração tão nobre.

- Fiquei aliviada. A justiça foi feita. - disse.

- Quando você vai para a EAJA?

Todos os dias, Pedro me fazia a mesma pergunta. E, todas às vezes, eu dizia que ainda não sabia. E, depois de uma conversa, na noite anterior, com meus pais, tomei a decisão, que acreditei ser a melhor. Não só para mim, mas para todos. Esperaria um pouco. Meus pais precisariam encontrar alguém para trabalhar. Eu viajaria. Ricardo se dedicaria mais a careira de música. Além disso, teria que me organizar em relação às matérias escolares.

Sonhos Possíveis [Concluído]Where stories live. Discover now