Capítulo 6

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Já tinha amanhecido, o povo indo embora. Eu tinha que ir no camarote cobrar o pessoal, fui cagando meio quilo.

Fui no primeiro

Viviane: Menino, eu tenho que recolher o pagamento dos combos.

Xxx: Deu quanto ?

Viviane: Foram três baldes de brahma e quatro combos de red lebel. Deu mil cento e cinquenta.

Ele tirou o paco do bolso, contou e me pagou.

Xxx: Certinho, amor ?

Contei

Viviane: Certo!

Passei pro Malvadão, ele agarrado numa loira quase pelada.

Viviane: Vim recolher o dinheiro.

Malvadão: Quanto ?

Viviane: Foram cinco baldes, deu mil setecentos e cinquenta.

Ele começou a contar o dinheiro

Malvadão: Vamo ver isso ai hein pará, tu ta metendo a mão pra caralho.

Escutei só a voz grossa de longe

Pará: Na barraca do lado é mais barato. Vai beber gasolina, filho da puta.

Ele riu

Me entregou o dinheiro, senti meu corpo ir pra frente, um bololô do caralho, a loira voou longe, eu presa no meio do porradeiro, o dinheiro voou no chão e eu tentando pegar.

Senti um soco na minha cabeça, e os gritos, escutei uma porrada de tiro pro alto. O pessoal disperçou, olhei, os cara saindo do camarote, o tal do Malvadão batendo horrores numa morena, só dando com fuzil na cara dela.

Malvadão: VAI PORRA!

Xxx: ME SOLTAAAAA.

Ele deu outro, ela começou a chorar. Vi meu patrão pela primeira vez, reconheci pela voz.

Ele parou na frente do Malvadão

Pará: Isso ai eu não quero não, quero meu dinheiro mais tarde.- Aponta pro dinheiro pisoteado no chão e molhado.

Malvadão: Vou trazer.

Pará: Mais tarde a gente vai desenrolar isso ai hein, olha a bagunça que a tua mulher fez, qual foi ?

Ele enrolou a mão no cabelo da mulher

Malvadão: Vou resolver isso agora.

Saiu arrastando a menina pelo baile, todo mundo olhando pra eles, uns olhando pra mim.

Júnior: Bicha, ta viva ?.- Gritou da barraca.

Viviane: Se dependesse de você eu estava morta, né ?

Júnior caiu na risada, eu me tremendo horrores.

Viviane: Ai.-Esfreguei a cabeça.- Ainda apanhei sem ter nada haver com a história.

Me aproximei das grades

Júnior: Garota, ela tacou a loira pra fora, quebrou a garrafa na mulher. Nisso, ele puxou ela pra trás, a porrada comeu ai dentro, foi porrada pra tudo qualquer lado.

Viviane: Cruz credo.

Júnior: Eu tô com pena, na moral, o que vai acontecer com essa garota, eu nem sei.

Pará: Se ela não morrer...

Júnior: Voou vidro no coroa ?

Pará: Em todo mundo.

Júnior: Caralho, ela ta fudida.

Pará: Quebrou a porra toda, quero saber não.

Olhei pra ele, Júnior começou a rir, ele parou de mexer no telefone, olhou pro Júnior.

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