Capítulo 30

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Viviane: É sério, eu não sei lidar com essa sua bipolaridade.

Pará: Que bipolaridade ?

Viviane: Sua bipolaridade, trata os outros bem e do nada trata mau, todo estranho com as pessoas.

Pará: Eu quero ficar bem com você cara, apenas isso.

Viviane: Sua palavra ta valendo de alguma coisa, agora ?

Pará: Sempre valeu Viviane, sempre! Eu nunca deixei de cumprir com a minha palavra, eu nunca me fiz de doido, você que deu uma de maluca e me excluiu de tudo, não me respondeu mais. Queria que eu pagasse de maluco e fosse bater na sua porta ?

Viviane: Não, até porque eu não ia atender. O que você fez comigo foi injusto.

Pará: Não sei se você tem consciência da merda que você fez, mas eu vou te falar. Você sabia que é proibido brigar em baile ? Sabe o que acontece se você brigar em baile ? Não sabe ? Você toma uma coça, ainda ia perder todo esse cabelinho lindo. Ia ser esculachada pra todo mundo ver, sabe por que ninguém briga em baile ? Pra não passar vergonha! E você quebrou coisas pelo bar, você agrediu os outros, voou vidro em cliente da garrafa que você jogou pelo ar, os outros foram fazer reclamação lá na boca. Ou você saía daqui, tomava algum prejuízo ou você ficava careca, e ai ?

Viviane: Ficasse careca.

Pará: Ah para de sacanagem cara, porra! Eu vi, o bar tem câmera, eu vi tudo depois. Porra, Viviane. Cara você é maluca, maluca, você não conhece ninguém aqui, você mora aqui a pouco tempo. Aqui só manda quem tem voz e conhecimento, aprende isso!

Viviane: Ta bom!

Pará: Cara na moral, isso me deu tanta dor de cabeça, tanta dor de cabeça que você não tem idéia.

Viviane: Eu entendi, ta bom.

Pará: Não quer mais ficar comigo ? Ta suave, vou te forçar a nada não.

Viviane: Agora eu quero saber se todo lugar que eu for e ela estiver e querer cismar comigo se eu vou ter que aguentar calada.

Pará: Evita o máximo, só revida se ela te agredir. É isso que ela quer, que você arrume problema por causa dela.

Viviane: Que mulher doente, na moral.

Pará: Vai embora ?

Viviane: Vou.

Pará: Vai lá.

Viviane: Então sai da minha frente.

Pará: É só você sair...-Me encarou.

Viviane: Você ta grudado em mim, vou falar que é assédio, ainda ta de pau duro.

Pará: É minha sinceridade te tocando.

Ri, neguei.

Viviane: Deixa eu ir vai...

Ele abraçou minha cintura, beijou meu pescoço, deu aquela enroscada pelo meu cabelo, peguei no maxilar dele afastando, beijei ele.

Ele pressionou o corpo dele mais ainda contra o meu, empurrei ele de leve, botei a mão na boca.

Pará: O que foi ?

Viviane: Pera...-Me abanei.- Eu tô passando mal, acho que eu vou vomitar.

Pará: Isso ai, bebe mais.

Viviane: Pega minha água.

Sai da sala, o pessoal zoando horrores.

Sai do bar, desci a ruazinha e fui andando com aquela sensação horrível. Parei ao lado do carro e coloquei tudo pra fora, comecei a vomitar sem parar.

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