My personal Doctor

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Carina chegou em casa e notando o incrível silêncio do ambiente apenas colocou suas coisas sobre a mesa e seguiu para o quarto a procura de Maya. Ela saira primeiro do trabalho e como Carina não sabia quanto tempo ficaria no hospital aquele dia haviam combinado que Maya não precisava pegar Carina no Grey Sloan.

No quarto, Carina encontrou Maya embaixo das cobertas e o ambiente completamente escuro. A italiana andou apreensiva até a namorada silenciosamente tentando ver se ela dormia.
Ao ouvir os passos dela Maya apenas se contorceu na cama gemendo.

— Maya? Você está se sentindo bem? – Ela perguntou aproximando se da namorada.

— Nem um pouco. – Disse uma voz baixa vinda debaixo das cobertas.

— O que você está sentindo?– Carina sentou-se na cama ao lado dela enquanto tentava encontrar o rosto da loira debaixo dos lençóis.

— Primeiro eu senti dor de estômago agora parece que todo o meu corpo dói. Me sinto tonta. Acho que foi algo que eu comi. – A bombeira falou quase forçando para que a voz saísse. Ela suspirava entre uma palavra e outra.

— Desde quando você está assim? – Carina disse passando a mão no rosto da namorada e sentindo que a bombeira queimava de febre.

— Desde antes de vir da Estação, mas consegui chegar em casa. – Ela disse puxando novamente as cobertas até quase cobrir todo o rosto.

— Você veio da Estação dirigindo sozinha enquanto passava mal? Você não podia ter me ligado ou pedido pra que alguém te trouxesse aqui? Você podia ter sofrido um acidente sabia? – Carina disse de sobressalto.— Porque você não me ligou, Maya?

— Ok, Carina, eu aceito todas as broncas mais tarde. Agora eu preciso... – Ela não conseguiu terminar a frase. Apenas saiu correndo do quarto em direção ao banheiro quase derrubando a morena da cama no caminho.

Carina a seguiu imediatamente sentando-se no chão e segurando os cabelos da bombeira que se encontrava declinada sobre o vaso sanitário vomitando sem parar. Ela mantinha as mãos pressionando a barriga como que para aliviar um pouco a dor que sentia.
Maya ainda ficou ali por um tempo amparada pela namorada até felizmente parar de vomitar.

— Desculpa por brigar com você. É que você sabe que eu odeio quando você esconde as coisas de mim. – Carina falou complacente passando a mão sobre o rosto da outra.

A loira que antes tinha o rosto vermelho por causa da febre agora ela estava pálida e com a testa coberta de gotículas de suor frio e seus lábios estavam tão brancos que parecia que não corria sangue por seu corpo.

— Eu odeio ficar doente. – Ela reclamou quase chorando enquanto jogava a cabeça para trás.

— Eu sei, mas você vai ficar bem. – Carina disse passando a mão sobre as costas da amada. — Você está com muita dor?

A loira respondeu apenas com um aceno de cabeça enquanto semicerrava os olhos o que levou a namorada a levar a mão até o rosto dela consolando-a.

— Você se sente melhor pra voltar pra cama? Eu coloco um balde do seu lado pra você não ter que ficar aqui. – A Italiana continuava sentada no chão do banheiro com a namorada. — Você não quer tomar um banho frio? Pode melhorar a sua febre. – A italiana segurou o rosto da namorada entre as mãos e falou delicadamente.

— Não, eu não acho que consigo. Ainda me sinto tonta.

— Tudo bem. Vamos pra cama. – Carina levantantou-se e estendeu as mãos para ajudar a loira.

Maya apenas voltou para a cama com a ajuda da namorada.

— Vou pegar uma roupa mais confortável pra você. – Carina falou deixando a namorada sentada na cama e indo em direção ao closet.

A bombeira havia chegado tão mal da Estação que nem havia trocado de roupa e ainda vestia o jeans que vieram de fora. Carina voltou do armário e ajudou a loira a se despir e depois a vestir uma camiseta larga e uma calça de moletom que ela havia trazido.

— Pronto, agora você está bem melhor.

Depois disso ela ajudou a se arrumar debaixo das cobertas afofando os travesseiros sob a sua cabeça e cobrindo-a.

— Eu vou pegar um água e um remédio pra sua dor, ok? – Carina disse tirando delicadamente um mecha de cabelo do rosto da outra. — Volto já.

Só nesse ponto Carina notou que ainda andava pela casa de salto como havia chegado do trabalho. Nem havia tido tempo de pensar nisso ainda. Tirou os sapatos e deixou-os ali mesmo na sala. Em seguida voltou ao quarto e lhe entregou um comprimido e água.

— Tome isso aqui que vai melhorar a sua dor. Eu vou pegar um balde pra você.

Ela rapidamente voltou trazendo um balde e colocou ao lado da cama para que ficasse ao alcance da loira.

— Eu vou pegar um pouco mais de água e vou deixar aqui do seu lado. Agora tente descansar um pouco e mais tarde você pode comer alguma coisa.

— Só pensar em comer algo me faz ficar com vontade de vomitar de novo.– Maya disse espremendo os olhos.

— Descanse, bambina. Eu vou tomar um banho rápido e volto pra ficar com você, está bem? – Carina disse segurando o rosto dela e dando-lhe um beijo carinhoso na testa dela.

A bombeira fez que sim com a cabeça e se virou para o lado.

Alguns minutos mais tarde Carina estava de volta ao quarto e verificando a loira notou que ela dormia. "Ótimo, assim tenho tempo para preparar algo pra ela comer... e pra mim também." Carina pensou notando que sentia fome.

Depois de algumas horas ocupada entre algumas tarefas da casa e verificar se Maya continuava a dormir, Carina voltou para o lado da namorada na cama. Colocou delicadamente a mão sobre o rosto de Maya para checar sua temperatura e notou que ela estava melhor embora sua pele ainda estivesse morna. Sentou-se com um livro nas mãos enquanto mantinha a outra mão fazendo carinho no cabelo da outra, mas logo desistiu da leitura, deitou-se de conchinha com a amada e, cansada como estava, acabou adormecendo.

A morena foi acordada pelo movimento da bombeira na cama.

— Você sente melhor?–Foi a primeira coisa que Carina perguntou quando seus olhos se juntaram aos dela.

— Um pouco. Sem vontade de vomitar e a dor agora é mais um desconforto. O que já é muito bom.

— A sua febre baixou, felizmente. Você acha que consegue comer um pouco?

— Eu não quero comer nada, Carina. Acho que ainda não consigo. Meu estomago embrulha só de pensar. – Maya fez cara feia para a sugestão.

— Nós vamos tentar, ok? Você precisa comer algo e eu te fiz sopa de legumes. – A morena disse como se falasse com uma criança.

— Ok – Ela disse rolando os olhos em sinal de desaprovação, mas que diferença faria dizer "não" para Carina? Ela não seria convencida assim facilmente. — Eu vou tomar um banho primeiro.

— Você quer que eu te ajude?

— Carina, acho que eu consigo tomar banho sozinha.

— Okay, okay. - Carina disse rindo já feliz de ter Maya querendo ser independente de novo.

A bombeira sentou-se na cama ainda fraca, mas menos pálida e foi envolvida em um abraço de Carina.

— Isso já me faz melhorar um pouco. – Maya disse fechando os olhos enquanto sentia o corpo da namorada envolvendo o seu. — Tenho muita sorte de te ter como minha médica pessoal.
Carina apenas riu dela.

Carina passou o dia colada em Maya ajudando-a em tudo o que ela precisasse. A noite ela já estava se sentindo um pouco melhor e as duas ficaram um tempo juntas no sofá vendo qualquer coisa que passava na tv.

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Imagina só, você fica doente e sua namorada é a Dra Carina DeLuca? Maya é sortuda.
Só um pedido da autora: deem like nos capítulos, por favor. Isso me ajuda a saber se vocês estão gostando e se devo continuar a postar. :*

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