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A star on my sky

"Ei...", Carina disse tom uma voz suave adentrando o dispatch.

"Oh, não sabia que você ainda estava aqui", Maya olhou por cima do ombro com um sorriso enquanto pendurava o equipamento no caminhão.

"Eu... não iria embora antes que você chegasse", a morena inclinou um pouco o rosto e falou com uma voz doce enquanto cruzava os dedos a frente do casaco branco balançando levemente o corpo.

Maya virou-se e encarou a mulher um instante com um sorriso bobo no rosto. Ficava a cada dia mais apaixonada por aquela mulher.

"Me perdoe por ter feito você esperar tanto, meu amor. Essa chamada foi longa e exaustiva", Maya aproximou-se da mulher tomando suas mãos enquanto largava os ombros.

"Nós ainda temos parte da noite. A não ser que você esteja muito cansada e precise descansar. Eu vou entender completamente", a morena levou as mãos ao rosto cheio de fuligem da esposa com um olhar compreensivo.

"Eu estou cansada, mas... fique", os olhos da loira ficaram brandos.

"Eu fico", a morena aproximou os lábios dos da esposa beijando a suavemente. Maya mantinha as mãos cruzadas nas coatas para não  correr o risco de sujar a esposa.

"Você está cheirando a fumaça", Carina riu enquanto os lábios ainda tocavam os da outra.

"Eu tive que entrar em um..."

"No, no, no, não me conte", a morena interrompeu a mulher balançando a cabeça na tentava de não escutar o que ela falava.

"Okay, okay", Maya riu. "Eu só vou tirar toda essa fuligem e esse cheiro de fumaça e volto pra encontrar você, okay?", Maya beijou a esposa novamente sem toca-la.

"Okay", a italiana concordou. "Me encontre no terraço", ela gritou quando a outra já deixava o ambiente a caminho do banheiro.

Minutos depois Maya adentou o terraço para encontrar Carina encostada na beirada da sacada perdida em seus pensamentos. Além  de uma mesa delicadamente e decorada com flores vermelhas e que exalava um cheiro maravilhoso podiam ser vistos no ambiente.

"Você... eu não acredito que preparou tudo isso?", Maya disse  chamando a atenção da esposa que se virou saindo da sua bolha de pensamentos. "Comida? Você trouxe comida? E flores?", a mulher continuou falando enquanto observava a mesa. Ela caminhou na direção da esposa agarrando-a pela cintura e lhe dando um beijo.

"E sobremesa", Carina acrescentou erguendo o dedo orgulhosa.

"Sobremesa também?", a bombeira arregalou os olhos incrédula.

"Lógico, que tipo de esposa italiana eu seria se não lhe trouxesse comida", Carina tomou o rosto da loira nas mãos. O cabelo ainda um pouco molhado dela exalava um cheiro suave de shampoo.

"Quando você planejou tudo isso?", a loira continuava sem entender como a esposa havia trago tudo aquilo para o telhado.

"Eu tinha tudo isso planejado, mas o seu chamado longo de hoje me ajudou bastante a terminar a tempo...", a italiana confessou. "E também... Eu tive uma ajudinha de Vic e Travis", ela riu.

"Aquela dupla", Maya também riu.

"E já que você não pode beber em serviço eu trouxe suco de uva pra você para que possamos brindar", ela acrescentou indo na direção da mesa.

"Você pensa em tudo mesmo", a bombeira disse enquanto observava a esposa servindo as taças e voltando com elas para junto de si.

A italiana entregou uma taça à esposa e elevou um pouco a sua: "A nós, ao nosso amor e a tudo o que ainda está por vir".

"Ao nosso amor... e a tudo o que está por vir", Maya disse ouvindo o tintilar das taças ao se tocarem.

Carina pousou a taça sobre o parapeito da sacada e apertou os braços ao redor da cintura da esposa dando lhe um beijo que começou suave e foi se aprofundando. Junto com ele as mãos dela passeando tateando os seios de Maya por sobre o uniforme.

"Nós não podemos aqui", Maya sussurrou com os lábios ainda colados nos da esposa. Desejava a tanto, mas não podia correr o risco de serem vistas.

"Eu sei. Eu só... não consigo resistir a você", Carina mordeu o lábio apertando a esposa contra o seu corpo.

"Queria tanto que estivessemos em casa", Maya levou a mão à nuca da mulher novamente beijando a profundamente. Ao se largarem as duas ainda ficaram um instante com as testas coladas em silêncio.

"Eu estava procurando pra a minha estrela", Carina sussurrou.

"Ela está em algum lugar no norte então deve ser naquela direção", Maya apontou para a céu.

"Sim, vai ser fácil encontra-la entre aquelas outras 3 bilhões que também estão daquele lado", Carina riu.

"Eu pedi que fosse a mais brilhante então deve ser aquela maior ali", Maya apontou um ponto brilhante no céu.

"Eu não acho que aquilo seja uma estrela, bambina. Eu acho que pode ser um planeta e eu não acho que você me comprou um planeta", a morena disse rindo.

"Não, meu amor. Não havia dinheiro suficiente", Maya riu junto com a mulher.

Após o jantar Carina descansou o corpo no colo da amada sendo envolvida por seus braços. O resto da noite correu sem chamados e as duas puderam aproveitar o máximo do tempo juntas daquele dia especial. A noite estrelada e o tempo ameno era o cenário perfeito para aquela celebração. Mais um ano dividindo a vida, os bons e maus momentos. Mais um ano do seu "sim".

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AN: Voltando para continuar o capítulo anterior e aproveitando para agradecer a vossa atenção e cuidado com essa autora. Vocês aquecem meu coração. Até breve. A sua autora.