𝒀𝒐𝒔𝒉𝒊𝒏𝒐 𝑱𝒖𝒏𝒑𝒆𝒊- 𝑹𝒆𝒔𝒇𝒓𝒊𝒂𝒅𝒐

3.3K 174 27
                                    

Corria rápido e sentia o vento batendo em meu rosto. Rezava para que chegasse a tempo. Como tive que ajudar a professora a carregar os livros ele, provavelmente, já deve ter saído da aula.

Por um milagre chego a tempo. Yoshino estava caído no chão e um dos deliquentes o segurava pela gola de seu uniforme. Rapidamente pego uma pedra que estava na grama e com toda a força que tenho, arremesso-a contra o babaca agressor, o mesmo acaba por tropeçar e cair no chão, parece que um pouco de sangue escorria por sua testa. Sem me importar com o que havia feito, simplesmente pego a mão de meu amigo e saímos correndo de trás do prédio da escola.

-O-obrigada...- Junpei fala, recuperando o ar que lhe faltava.

-Obrigada? Eu já falei que você devia dar um cacete naqueles otários!!!- digo com um pouco de raiva, não era a primeira vez que tirava o moreno de situações assim.

-Mas e-eu não tenho força pra isso...

-E você acha que eu tenho? Eu taquei uma pedra na cara daquele filho da puta!- após terminar minha frase, Yoshino olha para mim e solta uma risadinha.

-Você é sempre tão impulsiva...

-E é por isso que você 'tá apaixonado por mim, né?- o introvertido olha para baixo e cora bastante, feito um tomate- Brincadeirinha! Vêm! Vamos pra casa- ofereço a minha mão a ele e continuamos.

Qualquer um que nos visse pensaria que namoramos, sendo que na realidade não, éramos amigos de infância. Nossas mães eram amigas e moravam na mesma rua, então era meio óbvio que nós também seríamos bons amigos. Quando era pequena estava sempre me metendo em brigas, e quem me ajudava era o Junpei, porém hoje em dia o que acontece é o contrário, não que gostasse de brigas, porém parece que aqueles delinquentes malditos tinham uma obsessão por ele.

Chegamos na minha casa e me jogo no sofá, sentindo todos os meus músculos relaxarem. Junpei se senta no chão e liga a TV, colocando em algum desenho aleatório. O mais alto estava sentado de costas para mim, de uma forma que não pudesse me ver mas eu conseguia vê-lo. Ele estava tão concentrado que era fofo o assistir.

-Sabe, Jun-chan...- o chamo pelo seu apelido de infância- Talvez eu relamente goste de você...- falo com a maior naturalidade, Yoshino demora alguns segundos e depois se vira me encarando.

-Fala de novo, não entendi!- ele pede.

-Nada não! Deixa quieto!- digo me levantando e indo até a cozinha- Quer comer alguma coisa?- pergunto para mudar de assunto.

Decidimos que faríamos alguns sanduíches, não eram necessários muitos, já que havíamos comido nossas marmitas na escola. Comemos em silêncio. Nesse momento já tinha pleno conhecimento de que ele havia escutado o que eu disse naquele momento.

Faz um bom tempo que gostava de Yoshino, e isso não era segredo para ninguém, a não ser o próprio Yoshino. Sempre soube que ele era mais lerdo que uma tartaruga. Se tratando desse assunto. Todavia, chegar ao ponto de ignorar a minha confissão já era demais!

Terminamos de comer e Junpei vai para sua casa, que no caso era do outro lado da rua. Me sento na minha cama, em posição fetal, agarrava meus joelhos enquanto relembrava de todas as vezes que já dissera a ele o quê sentia pelo mesmo. Porém em nenhuma das vezes ele pareceu acretidar. Então, comecei a mentir e dizer que estava brincando, foi isso que arruinou todas as minha confissões. Bem, não é como se tivesse volta agora.

De manhã, quando tento levantar da cama, sinto meu corpo pesado, fora o frio que me fazia tremer. Que ótimo dia para ficar doente!

Cambaleando pelos corredores chego até a cozinha e abro a porta do armário, tentando procurar algum remédio que me ajudasse a curar minha febre, porém sem êxito. Com a tarefa fracassada, caminho de volta para meu quarto e me enfio de baixo dos cobertores, voltando a dormir.

Durante a tarde, acordo com o barulho da porta, o barulho de sapatos sendo tirados, e de algumas sacolas sendo colocadas na mesa. Deduzo que seria minha mãe, estava na hora dela chegar. Porém para minha surpresa, quem vai até o quarto não é ela:

-Jun-chan?- falo baixo por causa da minha dor de cabeça.

-Então eu estava certo, você estava mesmo doente! Pra alguém que vive se gabando da sua "saúde de ferro" pegar um resfriado no verão é uma vergonha, não?- ele diz rindo.

Tento responde-lo com "Vai tomar no cu!", entretanto, antes que tivesse tempo ele põe a mão em minha testa, o que me surpreende um pouco.

-Hmm... Parece que sua febre 'tá alta, eu vou preparar uma sopa pra você, volto já!- o rapaz sai do quarto.

O moreno me deixa sozinha em meu quarto, controlo meus "gritinhos internos". Sei que é idiotice ficar surtando apenas por causa de um mísero contato, mas não posso me controlar.

Me reviro na cama, para o lado da perece, cobrindo minha cabeça com o cobertor, então, decido: hoje vou me declarar para ele, dessa vez de verdade. E aí dele se der uma de louco! Sem uma resposta eu não saio dessa conversa e caso seja rejeitada, vou agir como se nada tivesse acontecido. Que se foda!

Com a volta do mais alto, me esforço um pouco e me sento. Junpei faz o mesmo, ficando aos meus pés, segurando uma tigela de sopa.

-Diga "ahh"...- ele diz após assoprar a colher cheia.

-Ahhh...- fala abrindo minha boca, enquanto o moreno cuidadosamente me alimenta- Isso parece até programa de casal, não?

-Claro, claro...- ele responde irônico.

-Junpei, eu gosto de você!- começo.

-Aqui outra colherada...- ele me ignora novamente.

-JUNPEI YOSHINO!- eu grito, o assustando, pego o prato em sua mão e coloco-o na cômoda- Eu gosto de você! De verdade! Tipo, gostar, gostar mesmo! Entendeu?

Posso ver a face do garoto indo de rosa e passando por todos os tons de vermelho. Ele chacoalha suas mãos freneticamente. Sem saber o que responder. Em puro desespero.

-Só responde se você gosta de mim ou não?!- digo já sem paciência.

-A-ah, ah...

Meu deus, acho que deu uma pani no cérebro do menino.

-Jun-chan!- pego seu rosto com minhas mãos, fazendo o me encarar- Res-pon-de!

-G-g-gosto...- ele fala baixinho.

-Ah!!!- me jogo em cima dele, o abraçando com toda a minha força, que levando em conta meu estado, não era lá muita.

Ele retribui o abraço, com certa timidez. Ficamos assim por alguns minutos.

-Se eu não estivesse gripada, com toda certeza, já teria de beijado!

-A gente pode esperar um pouquinho, não?- ele faz um cafuné em minha cabeça.

-Para de ser tão fofo!!! Só me dá mais vontade de te beijar!

Passamos o resto da noite conversamos. Ambos já sabíamos que gostávamos um do outro. Mas por quê era tão difícil falar? Um simples resfriado fez com que tudo se resolvesse.

-Oe, [S/N]!!!- escuto Yoshino me chamar, do outro lado da rua, já era o dia seguinte- Vamos pra escola?

-Claro!- respondo o puxando pelo colarinho de sua camiseta, e o beijando. Um simples selinho.

-A-ah, d-do nada?- indaga com a cara ruborizada.

-Eu falei que a única coisa que me impedia de te beijar era o resfriado, não? Agora vamos!- entrelaço minha mão na sua.

================================
Peço milllll desculpas a qm estava esperando mais um capítulo!!! Eu tava no maior bloquio criativo da minha vida!!! Kkkkkk ñ tinha ideia pra nadaaaa, comecei um monte de imagine e ñ consegui terminar um ahhhhh
Enfim, se vc gostou não se esqueça de votar e comentar ideias para mais imagine!!! Bjs bjs
P.s comecei uma fic de Tokyo revengers, Sn x Baji, se vc gosta vai lerrrr!!!!!

𝑱𝒖𝒋𝒖𝒕𝒔𝒖 𝑲𝒂𝒊𝒔𝒆𝒏- IMAGINES E ONE SHOTSOnde histórias criam vida. Descubra agora