𝑲𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑵𝒂𝒏𝒂𝒎𝒊- 𝑷𝒆𝒕𝒓𝒊𝒄𝒐𝒓

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   Arrumava a minha papelada de todo final de expediente. As pilhas e mais pilhas de papéis que ficavam na minha mesa toda tarde.

   Ser uma feiticeira de jujutsu e trabalhar com isso era mais difícil do que pensava antes de começar. Como eu era uma pobre iludida naquela época, mal sabia que estava prestes a entrar no inferno.

   —Quer café, Senhorita [S/N]?- Ouço uma voz grossa ecoar pelo escritório, naquele momento a única pessoa que estava lá além de mim era ele.

   Vejo Nanami apoiado na porta, segurando uma garrafa térmica prateada e dois copinhos plásticos.

   —Claro, Senhor Kento...- Chamá-lo assim era estranho, porém o loiro gostava de ser formal no trabalho.

   Ele põe os dois copinhos na minha mesa e serve um café quentinho, o cheiro invadia minhas narinas. Sem dúvidas, não existia nada melhor do quê aquilo.

   —Vai embora que horas hoje?- Pergunto assoprando meu café.

   —Vou as sete e meia, e você?

   —Eu também, me dá uma carona?- Digo com um belo sorriso em minha linda cara de pau.

   —A vontade que eu tinha era de dizer "não", mas arrume suas coisas e vamos...- Ele responde e sai da sala.

   —Ih, 'tá mal humorado, é?- Falo alto para que ele possa ouvir do corredor.

   Respiro aliviada ao saber que não precisaria pegar um metrô cheio igual de manhã. Arrumo minhas coisas e desço junto de Nanami rumo a garagem.

   Abrimos as portas do carro quase que ao mesmo tempo e entramos, coloco meu cinto. E ele dá partida.

   Dentro do carro com as janelas fechadas consigo sentir o cheiro de um forte perfume feminino, e, com certeza, não era de Nanami. Perfume feminino e um certo loiro mal humorado, juntando as peças descrubro rapidamente.

   —Hmm, Nanami seu ratinho, vai me dizer que ontem você bebeu muito levou uma mulher bonita pra casa e que hoje 'tava de ressaca, e por isso de mal humor?

   Ao falar o que pensava, o Kento só me olha com um olhar de desaprovação, entretanto, não nega nada.

   —Acertei...- Cantarolo— Ela era bonita? Era loira ou morena? Pera aí, era sua namorada? 'Cê nunca me disse que namorava?!

   —Para de ser insuportável, nenhuma dessas coisas é da sua conta! E você, por acaso eu fico perguntando sobre a sua intimidade?

   —Ah, Nanami...- Choramingo um pouco— A gente se conhece a anos e tu nunca me fala nada sobre você, que chato...

   Passamos o resto do caminho em silêncio. Obviamente, estava emburada e Kento com a mesma feição de sempre.

   —Chegamos!- Anuncia.

   —Ótimo! E avisa pra sua namorada não ficar preocupada que eu sou só uma colega de trabalho!!!- digo soltando o cinto, e me preparando para abrir a porta quando Nanami segura meu braço.

   —Eu não namoro e tem um motivo pra isso...- Com a outra mão livre ele puxa meu rosto em direção ao seu.

   Por uma fração de segundo seu olhar oscila entre meus olhos e minha boca, ele se inclina levemente.

   Nosso lábios se tocam.

   Meus olhos arregalados lentamente se fecham e me entrego por inteiro ao sútil ósculo.

   Percebo a leve essência que seu corpo exalava, cheiro de petricor, o doce aroma de terra depois da chuva. Nossas bocas se roçam por algum tempo e logo Nanami pede passagem com a língua.

𝑱𝒖𝒋𝒖𝒕𝒔𝒖 𝑲𝒂𝒊𝒔𝒆𝒏- IMAGINES E ONE SHOTSWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu