Capítulo 3°

40 12 133
                                    


Charles repousou a cabeça sobre a pilha de livros que estava sobre a mesa, seus cabelos loiros caiam sobre os seus olhos, levemente o loiro mordia seu lábio inferior, meu coração saltitou em meu peito, engolido em seco meus olhos fixaram nos olhos azuis do garoto, Jesus ele é tão lindo!  O loiro agora ajeita a postura na cadeira em minha frente esticando os braços, passa os dedos sobre os cabelos despenteados, um sorriso ladino agora aparece em seu lábios, inclinado a mãos o garoto passa levemente o polegar a baixo de meus olhos.

— Licença. — Ele diz, com gentileza.

Limpo a garganta assim que o garoto repousa sobre a cadeira, com pressa e totalmente envergonhada ajeito meu cabelo atrás da orelha encarando o garoto. Todas as quartas estudava com um grupo de estudos na biblioteca, hoje todos os integrantes havia faltando deixando apenas Charles e eu, estudando juntos.

—  Então como é a questão 5? — O loiro pergunta, suas sombrancelhas se uneme em uma só. 

Ele se aproxima agora apontando a questão no livro, posso sentir seu perfume um cheiro meio amadeirado. Foco em tentar explicar a questão para o menino, que parece focado agora em aprender.

— Então você vai no luau na sexta feira ? — nós entre olhamos.

Isso seria um convite? Deus ele está com aquele sorriso gentil novamente, meu coração volta a bater em peito, ele toca levemente em minhas mãos e sinto minhas bochechas arderem, o toque me deixa um tanto envergonhada. E uma pegunta simples Cecilia ou diz sim ou não, repito para mim mesma mentalmente.

Charles tem olha de ternura, ela agora segura minha mão com as suas duas mãos.

— Podíamos ficar juntos lá, que tal? — O galã sorri. — A galera vai se reunir em grupo separado depois das apresentações, o que acha ?

Um frio preenche meu estômago,  aí senhor aquilo estava mesmo acontecendo? Orei tanto pedido a Deus que fosse correspondida. Gostava de Charles a um tempão, para se exata desde que o Edmundo havia claramente sido um babaca esnobe no serviço, juro que não queria nada com ninguém, mas o menino havia pedido meu número quando nos conhecemos no primeiro semestre e somente no segundo que havíamos começado a trocar algumas mensagens fofinhas, nada de inapropriado.

Só tinha um detalhe na sexta teria que ajudar no luau, mordendo o lábio inferior, desviei os olhos para suas duas mãos entrelaçadas as minhas seu polegar acariciava a pele de minha mão.  Alguns alunos da universidade acabaram por decidir também se apresentar no luau. Mas o fato era que, estava sendo convidada para ir a um lugar com um cara! Isso era raro de se vê. Em minha vida toda havia sido convidada quatro vezes para sair com o rapaz, duas delas quando tentei conhece alguém pelo Tinder o que claramente não deu muito certo e a outra duas vezes foi com um colega de trabalho e um rapaz que comprou um livro na editora.

Em minha vida havia ficado com apenas 8 caras ao longo de meus 25 anos, e dentre esses caras a maioria ficou comigo por pena, dois realmente estavam interessados mas não passavam de babacas e o outro queria tirar a minha virgindade. 

Volto a olhar os olhos do loiro que aguarda pela minha resposta. Garotos como Charles não queriam sair comigo não é? Que dizer que vantagem teria nisso ? Os caras sempre foram malvados e cruéis comigo, desde que comecei a estudar na escola, os meninos sempre faziam brincadeira zombando da minha aparência ou da minha forma de se vestir. Brincadeiras e apelidos de mau gosto eram sempre a minha rotina.

— Se não quiser ir vou entender. — Ele diz por fim agora largando a minha mão.

Esfregado as pontas do dedo sobre a testa, gaguejo.

O Som Das EstrelasWhere stories live. Discover now