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"Há quatro tipos de homicídio:
criminoso, perdoável, justificável e louvável"
- Ambrose Bierce

Christopher Uckermann

Então, hoje era o dia

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Então, hoje era o dia. Eu bebi diretamente da garrafa de conhaque, foda-se o copo. Eu estava cansado demais para me mover.

— Você está pensando em compartilhar? — Natasha perguntou quando ela esfregou seu corpo contra o meu.

Entregando a ela a garrafa, eu me inclinei para trás, observando-a derramar a bebida em sua garganta. Deus, eu ia sentir falta dessa garganta, com certeza.

— Hoje é um dia tão triste — ela franziu a testa quando eu peguei a garrafa de volta.

Nossas reuniões estavam oficialmente terminadas, ou minha mãe iria exigir minhas bolas e meu pai iria entregá-las a ela

— Qual é o nome dessa menina mesmo? — perguntou Natasha, rolando em cima de mim

Escovando seus cabelos loiros para trás de seu rosto, eu pensei em todas as coisas que eu preferia estar fazendo em vez de falar, mas tinha que me conter

— Dulce María Saviñón. — eu disse, tomando um gole

Ela fez uma careta. A maioria de suas expressões faciais eram feias, mas eu não mantinha ela por perto por causa de seu rosto, ou seu cérebro.

— Os casamentos arranjados são tão século dezoito. Como você pode se casar com uma menina que nunca conheceu antes? Você nem sequer sabe como ela é. E se ela for feia? — perguntou ela.

Teria sido um bom ponto se importasse quem era minha família e o que fazia para viver.

— Eu já expliquei isso Natasha. Os Saviñón são uma das mais poderosas, se não a família mais poderosa na Itália e da maior parte da costa oeste. Meu pai quer o fim da rivalidade entre os irlandeses e os italianos. Então, mesmo se ela for feia, ou coberta de verrugas horríveis, eu farei o meu dever e me casarei com ela. — empurrando-a de cima de mim, eu me levantei.

Lorenzo, meu pai, tinha falado desse casamento durante os últimos doze anos. Eu tinha apenas quinze anos e queria provar a mim mesmo que estava disposto a fazer qualquer coisa que precisasse ser feita para deixar a família orgulhosa, como um maldito idiota.

— Você poderia apenas se casar comigo. Eu sou meio italiana. — Natasha riu e rolou na minha cama.

Eu ia ter que queimar os lençóis ou talvez comprar uma cama nova.

— Nem se o inferno congelasse e minha mãe estivesse há sete palmos da terra. — eu respondi, pegando uma toalha.

— E por que não? — ela gritou, segurando o lençol contra o peito.

Ruthless People - Livro 1Where stories live. Discover now