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Dulce María

Depois que ele saiu, eu voltei para a cama, tentando não pensar, mas falhando miseravelmente.

Eu. Sou. Tudo. O. Que. Você. Tem.

Sua voz repetia em minha mente, mesmo enquanto eu tentava empurrá-lo para longe. Eu não entendia por que ele não poderia ser apenas feliz com o sexo. Eu estava disposta a ter relações sexuais, eu queria ter relações sexuais. Mas, agora eu estava deitada em uma cama sozinha. Eu deveria estar pensado em alguma forma de matar Amory e Saige, mas em vez disso, eu estava pensando nele, o homem irlandês sexy e estúpido.

Me levantei da cama, me arrumando antes de sair. Eu não me incomodei em olhar para Christopher. Em vez disso, peguei minhas coisas e saí do avião. No momento em que eu saí, respirei fundo e sorri. Eu amava Cascadia. Era pequeno, tranquilo e era verde. Eu odiava isso no início, mas agora as árvores me davam paz. A natureza era a única coisa que fazia sentido.

Em frente do avião estavam jipes esperando para nos levar para o acampamento. Caminhei até Monte, e ele me jogou as chaves. Entrei no carro e antes de sair, olhei para Christopher, que olhou para mim de volta e correu em direção ao carro, sentando no banco do passageiro e sorriu para mim

— Acampamento Uckermann começa agora!

— Se eu quisesse que você viesse comigo, eu teria esperado por você — eu disse enquanto olhava para a pequena cidade enquanto passávamos por ela.

— Por que Cascadia? — ele me perguntou, ignorando o meu comentário e continuou quando eu não respondi. — Esse é um bom momento para se abrir, Dulce, ou será que só acontece depois do sexo?

Pisando fundo no acelerador, eu fui ainda mais longe, indo para uma estrada abandonada no meio da floresta.

— Eu fiz faculdade aqui. É pequeno, chuvoso, e desconhecido. Cascadia é o lugar que você vai quando você não quer ser encontrado. — eu respondi, virando à esquerda, perto da margem do rio.

— Você fez faculdade aqui? — ele perguntou, surpreso, mas é claro que ele estava.

— Sim, e eu tenho muito orgulho. Só porque temos dinheiro não significa que eu queria desperdiçá-lo em alguma grande universidade fantasiosa, estudar para uma carreira que não é realmente uma opção. Eu nem queria lidar com todas as pessoas falsas que caminhavam pelos corredores. Eu conheci Adriana aqui, na verdade.

— Você não queria ir para a escola com pessoas duas caras porque você queria ser a única duas caras. — ele afirmou, me fazendo pisar nos freios.

— Você é um idiota. Eu cobicei você? Sim. Eu te achei atraente e inteligente? Sim, e sim, de novo. Mas você é um arrogante, possessivo, e machista. Você acha que me vê como igual, mas você não vê. Você é insistente, irritante, e infantil. Você me irrita! Eu assinei o contrato e eu ia tentar que esse casamento desse certo, mas logo depois, você entrou naquele porão como um animal. Você me desrespeitou, tentou me fazer de idiota, me insultou, e agora você acha que pode exigir o meu amor. Você acha que pode me obrigar a te amar, porque o meu pai está morto? Porque você está sendo um idiota? Eu não dou à mínima. Então vai se foder Christopher Uckermann. Eu. Sou. Tudo. O. Que. Eu. Tenho. É assim que tem sido e sempre será.

Ele olhou para mim com os olhos arregalados quando eu sai do carro e fui para a floresta. Pegando minha bolsa atrás do meu assento, eu andei até o lado da colina. Eu conhecia a floresta bem o suficiente.

Christopher

Observei ela ir embora em estado de choque, logo antes da dor me preencher. Tudo o que eu podia ver era vermelho quando eu pulei para fora da caminhonete. Eu não parei de andar até que eu estava bem atrás dela. Agarrando seu braço, eu a puxei de volta e a empurrei contra uma árvore.

Ruthless People - Livro 1Where stories live. Discover now