Epílogo

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"Como Alexandre, o Grande e César,
eu estou aqui para conquistar o mundo"
- Jarod Kintz

Dulce María

— Cinco. — eu beijei o nariz dele.

— Quatro. — ele beijou minha testa.

— Três. — eu beijei seu rosto.

— Dois. — ele beijou meu queixo.

— Um. — dissemos ao mesmo tempo antes de nos beijarmos.

— Feliz Ano Novo — eu sussurrei na escuridão do quarto.

— Feliz Ano Novo, amor — ele sussurrou de volta.

Ao ouvir os fogos de artifício eu me afastei dele, queria ver todo o esforço que Evelyn tinha feito. Colocando meu roupão, eu fui até a janela, vendo todo mundo comemorando.

— Eles dizem que o primeiro ano de casamento é o mais difícil — disse Christopher, beijando meu ombro.

Gemendo, eu me inclinei para ele.

— Ainda estamos no primeiro ano.

— Sério? Eu jurei que tinha sido mais do que isso. — ele riu, tentando tirar meu roupão, mas eu dei um tapa nas mãos dele.

— Se controle nós temos uma reunião, lembra?

— Você está começando o ano com o pé errado.

— Você vai me perdoar, agora coloque as calças.

— Você não está de calças. — ele olhou para as minhas pernas nuas.

Revirando os olhos para ele, eu joguei para ele o pijama.

— Eu posso vestir o que eu quiser! Então vamos, a família está esperando.

Ele franziu a testa, mas colocou as calças, me seguindo para fora do quarto para o escritório. Lá estava toda a família, juntamente com o senador Colemen, pai de Olivia, que parecia muito confuso sobre o porque ele estava aqui.

Todo o seu comportamento mudou quando Christopher se sentou em sua cadeira enquanto eu me sentei na mesa.

— Obrigado a todos por terem vindo — Christopher disse a eles friamente. — Como todos sabem, tem sido um ano estressante. Mas, isso é o que acontece quando você assume um estado.

— E agora que temos o estado comendo na nossa mão, queremos o país. — eu sorri para todos eles.

— Como você pretende fazer isso? — perguntou Lorenzo, se inclinando em sua cadeira.

Christopher e eu sorrimos antes de Christopher falar.

— Você recorre para o cargo mais alto na terra.

Declan cuspiu sua bebida.

— Você quer concorrer para a presidência?

— Porra nenhuma — Christopher respondeu. — O senador Colemen sim, e vamos apoiá-lo.

Os olhos do senador Colemen se arregalaram e ele ficou boquiaberto.

— Você quer que eu concorra à presidência? Você perdeu a cabeça? Isso é uma piada?

Eu olhei para o idiota.

— Não, isso é uma ordem, ou você esqueceu que temos financiado todos os seus outros eventos da campanha?

— Você vai correr para o escritório, e você vai vencer — disse Christopher — E então você vai trabalhar para nós.

Senador Colemen balançou a cabeça.

— Isso não será possível. Não só estou fazendo parte de um partido impopular agora, como eu estou divorciado e eu fui do Senado apenas por alguns anos.

— Por que vocês acham que nós estamos pedindo? — eu me levantei, me virando para encará-lo. — Você vai concorrer como presidente, você vai ser o Presidente dos Estados Unidos da América, e você também vai trabalhar para nós.

— Quanto à sua esposa — disse Christopher, acenando para Adriana que abriu a porta revelando a ex-deputada Coleman.

— Mãe? — Olivia disse, se levantando e dando a ela um grande abraço.

— Aí está a esposa. E reatando o casamento de vocês, vai provar que você podem trabalhar juntos, blá blá blá... Quando dizemos que você vai ser o presidente, queremos dizer que você é o próximo comandante e chefe.

— Queremos o país e o mundo, então não tente entrar no nosso caminho — eu disse a ele.

— Temos um carregamento de drogas chegando, e precisamos nos concentrar nos negócios.

No final, nós seríamos intocáveis, e qual a melhor maneira de fazer isso do que ter o presidente dos Estados Unidos na sua mão?

Christopher

Quando todo mundo saiu, Declan e eu permanecemos no escritório quando a luz do sol lentamente começou a subir. Um novo ano, uma nova marca de problemas, e eu não tinha certeza de como começar a dizer a Dulce.

— Cheque ele novamente, Declan — ordenei derramando líquido marrom dentro ao copo de cristal.

— Christopher, eu verifiquei mais de dez dúzias de vezes nas duas últimas semanas. Nada vai mudar o fato de que-

— Não se atreva a dizer essa porra — eu rebati, apertando o copo. — Se você diz isso com muita convicção então é verdade. E se é verdade, eu vou ser o único que vai ter que explicar. Eu não quero explicar essa porra.

— Christopher, é hora de enfrentar isso de cabeça em pé. Você sabe. Eu sei. É hora de Dulce saber também.

Mais fácil dizer do que fazer.

Eu belisquei a ponte do meu nariz e estalei meus dedos tentando aliviar a tensão do meu corpo.

— Nós estávamos tão felizes, Declan — eu sussurrei, olhando para o sol enquanto eu bebia. — Ela está feliz. Como posso dizer a ela que tudo o que ela sabe é uma mentira?

Ele fez uma pausa, respirando fundo enquanto ele caminhava ao meu lado no espelho.

— É melhor que ela saiba isso de você, do que descobrir por conta própria.

Ele me entregou a pasta mais uma vez, e eu olhei para a mulher com cabelo preto curto e pele cor de oliva. Alta e orgulhosa com seus óculos de sol.

— Elas são tão parecidas.

— Elas são iguais Christopher, e tudo mostra que Vance estava certo. Tem muito mais nisso do que nós sabíamos. Não só Beatrice Saviñón, mãe de Dulce, está viva como ela também está por trás de tudo. Ela quer matar você, e a sua própria filha.

— E Orlando sabia?

— Ele fez o que você está tentando fazer agora, protegê-la. Mas eu duvido que vá funcionar por muito tempo. Beatrice Saviñón acabou de entrar nos Estados Unidos.

— Que Deus me ajude quando Dulce descobrir.

Fim do primeiro livro.

Ruthless People - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora