18

1.2K 81 1
                                    

"O assassinato não é o crime dos criminosos, mas de cidadãos cumpridores da lei"
- Emmanuel Teney

Christopher

— O plano era perfeito. — eu disse, irritado. — Cada detalhe foi planejado, seus idiotas. Estava tudo nessa porra de mapa! Então, onde diabos vocês se perderam?!

Eu joguei uma arma para Alfonso, Franco, Eric e Jinx. Esses filhos da puta. Eu estava quase matando todos.

— Senhor, nós pegamos Amory no Port Lincoln, mas ele já tinha ido pra Áustria e sabia que algo estava acontecendo. Estabelecemos os fios na viagem e até mesmo demos a ele tempo para sair, mas o italiano aqui não nos deu o aviso que ele estava voltando. — disse Eric, olhando para Franco que estava pronto para dar um soco em seu rosto.

— Você sabe o quê, seu filho da puta irlandês-

— Chega! — dei um passo para frente. — Será que um de vocês pode me explicar como perdemos alguns dos nossos próprios homens?

— Amory encontrou os fios e reconfigurou. — Alfonso respondeu, me olhando nos olhos, e eu queria quebrar a porra do nariz dele por termos perdido cinco de nossos homens por causa da estupidez deles.

— É a sua primeira vez em uma missão? Você envergonhou a família. — eu me virei para Alfonso.

Suspirando, eu virei e encontrei minha esposa sentada na minha cadeira de couro atrás da mesa de carvalho, olhando para os homens atrás de mim. Ela estava vestida em um lindo vestido azul com seus sapatos brancos. Mas eu sabia que ela estava tão chateada quanto eu. Nos últimos nove dias, nós tínhamos brigado e fodido, e eu estava começando a ler ela tão bem quanto ela poderia me ler.

Infelizmente, nossos homens eram como os homens das cavernas e não tinham ideia de como trabalhar juntos, e agora eu tinha cinco mortos. Ficamos parados no meu porão com todos os nossos homens em volta de nós, mas ninguém falava nada. Nem um único deles.

Dulce puxou uma arma e a colocou sobre a mesa com uma única bala antes de me olhar nos olhos. Ela queria sangue, assim como eu.

— Quem foi mais irresponsável? — ela perguntou em voz baixa. Eu notei que ela realmente nunca gritava com os homens quando ela estava chateada. Na verdade, sua voz se tornava mais suave, como se quisesse assombrar aqueles ao seu redor.

Ninguém falou, então eu andei ao lado dela, encostando na mesa.

— Ela fez uma pergunta. Queremos uma resposta, ou vamos matar todos vocês e começar de novo. Quanto pagamos a eles, amor?

Ela olhou para mim, e eu sabia que ela odiava quando eu falava isso em público, mas eu não me importei.

— Cinco milhões por ano? Eu poderia ir para o gueto e conseguir homens para substituí-los em cinco minutos com a oferta de 500 mil. — disse ela enquanto girava a arma na mesa.

Balançando a cabeça, olhei para os homens.

— Então, novamente, perguntamos, quem foi o mais irresponsável?

Eric deu um passo para frente.

— Foi Ian.

E no momento em que ele disse isso, Dulce levantou a arma e atirou nele no joelho. Eu nem sabia que a arma estava carregada.

— Desde quando você dedura seu irmão, seu filho da puta? — E ela tinha razão. Mesmo quando nós damos ordem, eles não deveriam dar essa informação a menos que alguém estivesse nos traindo.

Eric gritou e Ian deu um passo a frente. Saindo da mesa, eu estendi a mão para Dulce quando ela se levantou da cadeira.

— Essa bala é pra você, Ian. — eu disse a ele enquanto olhava a arma e a bala. Os xingamentos de Eric era tudo o que podia ser ouvido enquanto esperávamos.

Ruthless People - Livro 1Where stories live. Discover now