Capitulo 2

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A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi me esparramar na cama, essa com certeza era uma das melhores sensações.

O dia hoje passou tão depressa que só me recordei de ler o livro ao anoitecer.

Imediatamente sai correndo para pegar o livro que estava em minha bolsa, e lá estava ele. Folheei algumas páginas e percebi que tinha um mapa bem detalhado e o nome do livro algumas folhas depois. O nome era " A princesa perdida" se quer saber a minha opinião achei o nome bem clichê. 

Depois de longas 3 horas lendo, eu retiro tudo o que eu disse sobre aquele livro, ele era tão bom que me fazia entrar dentro daquele universo e ver Henry andando sobre seu cavalo, eu conseguia ver a Aurora e Phillip observando o céu estrelado de Brishghet, mas no final de tudo eu era eu mesma e continuava deitada em minha cama lendo vários pedaço de papel. 

Por algum motivo eu acabei pegando no sono no meio de minha leitura o que deveria ser bastante improvável, pois estava tão envolvido que poderia ler até o sol raiar.

Acordei com sons de vários sussurros, mas ignorei pois pensei que era só a tv, mas aquele barulho chato só continuava então resolvi tentar escutar.

-Nos precisamos levar ela Henry! E tem que ser agora!

-Chloe essa e a ideia mais estupida que eu já ouvi em toda a minha vida!

-A cala a boca Daisy!

-Ei vocês duas será que dá para parar! Nós precisamos levar a princesa Celeste até o príncipe Phillip ou se não ele mesmo vira aqui!

Princesa Celeste? príncipe Phillip? Que programa doido era esse que a minhas mãe estava vendo? Virei o corpo para poder ver de onde vinha esses sussurros e então eu vi.

                            ♔♔♔♔♔♔♔♔♔♔

E la estavam eles. Os personagens do livro que eu estava lendo, estavam bem a minha frente.

Cabelos loiros que no escuro pareciam brilhar, olhos verdes esmeraldas me encaravam de cima a baixo numa tentativa de adivinhar meus pensamentos. Quando olhei para ele sabia quem ele era. Henry Stewart, capitão do exército do reino de Brishghet.

Pele escura como uma jabuticaba, cabelos cacheados lindos, de uma cor de preto tão intensa, que me faz duvidar que existiria esse tom, e olhos verdes lindos como a grama, o que fazia ela parecer uma própria deusa africana. Aquela com certeza era Daisy Hernandez, governante regente do reino de Brishghet e melhor amiga da princesa. 

Ali no canto não pode não reparar em Chloe Jackson,com seus cabelos ruivos como o fogo brilhando na escuridão do meu quarto, e aqueles belos olhos pretos como carvão me observando atentamente.

Eu estava ficando doida? Provavelmente aquilo era tudo coisa da minha cabeça, ou um sonho. Eu gostaria de verdade que fosse real mas...

-Princesa Celeste? Você está bem alteza?- Princesa? Que história era essa de princesa? Com certeza ele estava falando com outro pessoa, eu não sou dona nem do meu próprio ombigo muito menos de um reino. Será que eu bati muito forte a cabeça ou...

-Alteza nós precisamos te levar urgentemente para o reino de Brishghet. O seu povo precisa de você. -Aquele maldito nome. Aquele velhinho com certeza não estava brincando quando disse que eu ouviria demais aquele nome.

-Desculpa atrapalhar aí o momento de choque alteza, mas eu preciso mesmo voltar para o castelo, eu não posso perder o horário do cabeleireiro! - Será que ela não podia esperar eu raciocinar não!

-Eu acho que estou sonhando! então eu vou fechar os olhos e voltar a dormir lentamente e quando eu acordar vocês não estarão mais aqui. 

Então foi exatamente o que eu fiz. Fechei os meus olhos lentamente virei contra a parede e tentei voltar a dormir.

Minha tentativa não teve sucesso, pois logo senti uma enorme mão envolvendo os meus ombros.

-Alteza nós precisamos levar a senhorita para o castelo! Ou se não o príncipe Phillip era aqui mesmo buscar a senhorita!

Agora o Phillip existe também! Realmente eu estava tendo um sonho, isso não poderia ser real.

Fingi que não ouvi o que Henry falou, talvez assim aquele sonho acabaria, mas eu estava totalmente errada, a minha jornada só estava começando.

Minha tentativa falhou novamente. Henry me tirou a força de minha cama, e me jogou em seus ombros como se não pesasse mais do que um saco de pães.

-Me largue seu tarado!

A minha manifestação resultou em uma pancada na cabeça o que me fez desmaiar completamente.

Depois disso não me lembrou mais de nada.

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