Phillip controlava mentes. Otimo.Estava andando vagamente pelo longo campo de girassóis, indo em direção a área de treinamento, que pela minha intuição, me dizia que Henry estaria me esperando lá.
Como o derrotaria? Como eu derrotaria o "deus das trevas"? Como aquela alma que aparentemente era minha avó acreditava tanto em mim? A alguns dias atras eu era uma garota qualquer do rio grande do norte, como que eu magicamente virei esses... princesa?
Tantas perguntas. Tantas perguntas, e eu não sabia a resposta de nenhuma. Afinal, por que existimos? Qual a nossa vocação?Acho que ninguém nunca saberia responder.
A área de treinamento estava logo afrente. Uma gigante arena em circulo, envolta de metal. Logo que entrei avistei Henry em seu uniforme. Ele não havia me visto, estava socando o ar, e depois girando.
-Olha so o que temos aqui. – Henry se virou para me olhar e logo sorriu.
-Seja bem vinda princesa, ao paraiso. – Dei uma alta gargalhada, então fui em sua direção.
-O que aprenderemos hoje capitão?
-Que tal aprendemos a socar um babaca, ate ele perder a consciência?
-hum... gostei da ideia, conte-me mais.
Henry caminhou ate o meio do ginásio, tomando o cuidado de manter bons 20 centimetros de distancia.
- O primeiro passo e o soco, obviamente. – Henry diminuiu a distancia.
- Feche a mão exatamente assim. E depois soque. Fácil ne. -Tentei os movimentos de Henry, e foi... razoável
-Assim não, esta parecendo uma galinha. Tente assim. -Henry me pegou meu braços, chegando muito perto, tão perto que nossas repirações se misturavam.
-E então soque assim. – Ele estava olhando para a minha boca, com uma das mão em meu pulso, a outra em minha cintura. Ficamos assim por 1 longo minuto, mas Henry se afastou.
- Me soque agora, princesa. – Um sorriso malicioso, foi o que lhe mostrei.
-Claro capitão. – Me afastei como uma felina travessa, então me posicionei e Henry logo atacou.
Ele veio em direção a minha bochecha, mas logo me desviei, tentei chutar as suas pernas sem sucesso, que logo se desviou, então pegou meus braços me girando no ar, e logo cai, entrando em contato com o chão gelado.
-Primeira lição, nunca deixe que o inimigo faça isso.
Henry me deu suas mão, para me ajudar a levantar, que logo aceitei, mas invés de me levantar, fiz o mesmo movimento que Henry, o jogando pelo ar, que caiu atrás de mim. Me levantei e me posicionei novamente.
-Parece que aprende rápido.
Henry se levantou e avançou contra mim denovo, socando o mesmo lugar repetinda vezes, e em todas elas eu desviava. E então eu soque sua barriga e acertei.
-Ótimo soco, princesinha. -Disse ele cabaleando.
Avancei contra ele novamente, agora socando sua face, depois girando agachada, o derrubando. Desde quanto eu sei fazer isso? Henry se levantou e foi em direção as minhas costas, socando a, me fazendo ajoelhar, então pegou meu queixo em suas mão, me fazendo o encarar fixamente.
-Um rosto muito bonito, pra ser socado. – Disse ele, com os olhos reluzindo.
- Acho que não, capitão. – Então soquei sua barriga novamente, com mais força agora.
Henry caiu cambaleando, me olhou assustadoramente curioso, se levantou foi em minha direção e disse:
-O treino de hoje esta encerrado. – Me ofereceu a mão e logo aceitei. -Daisy deve estar te esperando.
Então nos saímos do grande ginásio, em direção ao lindo e gigante castelo.
Daisy estava me esperando a porta do imenso... auditório.
-Boa tarde Celeste. Capitão. – Daisy assentiu ao capitão então logo me puxou pelos braços em direção ao auditório.
-Seja bem vinda, a nossa sala.- Disse logo fechando a imensa porta.
-Sente- se onde você quiser tem bastante lugares. – Me sentei na primeira fileira bem em frente a um imenso painel.
- Bom eu vou te explicar um pouco sobre nosso reino, a cultura, e todas as suas duvidas. – Levantei minha mão rapidamente como se estivesse em uma sala de aula. -Sim?
-Quais são seus... poderes? E qual a participação de vocês na corte?
-Uma ótima pergunta Celeste. – Disse ela batendo as mão em comemoração. – Primeira eu não sou uma feérica, sou metaforma. – Então ela passou os lindos cabelos crepos por tras das orelhas, mostrando orelhas arredondadas, e não pontudas, como as minhas. – E sim eu sou imortal, mas não sou como você, eu posso modificar minha aparência, ou me tornar qualquer animal, que possa se imaginar. E sim eu tenho poderes, herdados de minha mãe, antes de...hum... você sabe. Mas especificamente , eu consigo criar portais, para qualquer lugar ou dimensão. – Então um grande portal apareceu, me mostrando a visão de minha cidade natal, vista de cima, então o portal logo desapareceu.
– Já Chloe por exemplo, consegue mover os objetos com apenas um pensamento. Phillip controla mentes, gelo e o ar. E Henry, infelizmente não foi concedido com nenhum poder, ele tem sorte de ser um grande guerreiro. E respondendo a sua pergunta, nos somos da corte de Brishiget, a corte de luz.
-Por que esse nome?
-A muito tempo, quando deuses ainda existiam, no pico mais alto da terra, havia um grande palácio, onde abrigava todo deus que pode se imaginar. - o telão se movimentou, projetando imagens do tal palácio, onde podia ver pessoas... não deuses, de todo tipo, comendo e festejando juntos. -Todos sempre viveram em paz e harmonia, mas o deus das trevas - A imagem de um homen alto e magro se projetou, os cabelos pretos como carvão, os olhos, igualmente pretos, e a vestimenta, também preto. Mas o que me chamou atenção foram as longas e gloriosas assas, como um morcego. -Ganancioso como sempre, traiu a confiança da deusa da luz, a deusa que segundo as lendas originou o mundo. - A minha avó, apareceu no telão, agora com a pele mais nova, e os cabelos prateados mais brilhante, e a pele negra, mais reluzente. -Se aliando ao próprio diabo, e então foi expulso do grande palácio, ficando com todo o lixo dos deuses, todo o que não tinha mais utilidade, a cada dia lixo e mais lixo tinha se despejado no submundo do deus das trevas. - Um lugar escuro e cheio dos mais variados lixos havia se projetado no telão, mais o que mais me chamou atenção foi o trono, de ossos, humanos.-E ele a cada dia planejou mais a sua vingança. E então seu dia chegou. O deus das trevas se infiltrou no grande palácio, matando um por um, pelo poder do pensamento, mas quando chegou no salão principal, a corte da luz o parou. O banindo da terra, e então ele ficou em seu submundo por longos anos.
-ele conseguiu escapar? -perguntei curiosa.
-Bom isso e historia para a próxima aula, aproveite seu tarde de amanhã com Chloe. - Franzi a testa para Daisy, que logo explicou:
-Aula de etiqueta.
Era só o que me faltava. Sai da sala de Daisy dando um ultimo aceno pra Daisy, que retribui-o com um sorriso acolhedor.
Ja estava na metade do corredor, quando passos firmes e fortes, me chamaram atenção.
-Está andando a essa hora sozinha por que princesinha?
Henry.
ESTÁS LEYENDO
A princesa perdida
FantasíaJá imaginou viver no mesmo mundo que seus personagens literários favoritos? Celeste era mais uma adolescente normal do Rio Grande do Norte, até que um dia encontra uma livraria um tanto misteriosa, no centro de Natal. Celeste entrou naquela livrari...