Capitulo 14

80 19 195
                                    




Phillip controlava mentes. Otimo.

Estava andando vagamente pelo longo campo de girassóis, indo em direção a área de treinamento, que pela minha intuição, me dizia que Henry estaria me esperando lá.

Como o derrotaria? Como eu derrotaria o "deus das trevas"? Como aquela alma que aparentemente era minha avó acreditava tanto em mim? A alguns dias atras eu era uma garota qualquer do rio grande do norte, como que eu magicamente virei esses... princesa?

Tantas perguntas. Tantas perguntas, e eu não sabia a resposta de nenhuma. Afinal, por que existimos? Qual a nossa vocação?Acho que ninguém nunca saberia responder.

A área de treinamento estava logo afrente. Uma gigante arena em circulo, envolta de metal. Logo que entrei avistei Henry em seu uniforme. Ele não havia me visto, estava socando o ar, e depois girando.

-Olha so o que temos aqui. – Henry se virou para me olhar e logo sorriu.

-Seja bem vinda princesa, ao paraiso. – Dei uma alta gargalhada, então fui em sua direção.

-O que aprenderemos hoje capitão?

-Que tal aprendemos a socar um babaca, ate ele perder a consciência?

-hum... gostei da ideia, conte-me mais.

Henry caminhou ate o meio do ginásio, tomando o cuidado de manter bons 20 centimetros de distancia.

- O primeiro passo e o soco, obviamente. – Henry diminuiu a distancia.

- Feche a mão exatamente assim. E depois soque. Fácil ne. -Tentei os movimentos de Henry, e foi... razoável

-Assim não, esta parecendo uma galinha. Tente assim. -Henry me pegou meu braços, chegando muito perto, tão perto que nossas repirações se misturavam.

-E então soque assim. – Ele estava olhando para a minha boca, com uma das mão em meu pulso, a outra em minha cintura. Ficamos assim por 1 longo minuto, mas Henry se afastou.

- Me soque agora, princesa. – Um sorriso malicioso, foi o que lhe mostrei.

-Claro capitão. – Me afastei como uma felina travessa, então me posicionei e Henry logo atacou.

Ele veio em direção a minha bochecha, mas logo me desviei, tentei chutar as suas pernas sem sucesso, que logo se desviou, então pegou meus braços me girando no ar, e logo cai, entrando em contato com o chão gelado.

-Primeira lição, nunca deixe que o inimigo faça isso.

Henry me deu suas mão, para me ajudar a levantar, que logo aceitei, mas invés de me levantar, fiz o mesmo movimento que Henry, o jogando pelo ar, que caiu atrás de mim. Me levantei e me posicionei novamente.

-Parece que aprende rápido.

Henry se levantou e avançou contra mim denovo, socando o mesmo lugar repetinda vezes, e em todas elas eu desviava. E então eu soque sua barriga e acertei.

-Ótimo soco, princesinha. -Disse ele cabaleando.

Avancei contra ele novamente, agora socando sua face, depois girando agachada, o derrubando. Desde quanto eu sei fazer isso? Henry se levantou e foi em direção as minhas costas, socando a, me fazendo ajoelhar, então pegou meu queixo em suas mão, me fazendo o encarar fixamente.

-Um rosto muito bonito, pra ser socado. – Disse ele, com os olhos reluzindo.

- Acho que não, capitão. – Então soquei sua barriga novamente, com mais força agora.

Henry caiu cambaleando, me olhou assustadoramente curioso, se levantou foi em minha direção e disse:

-O treino de hoje esta encerrado. – Me ofereceu a mão e logo aceitei. -Daisy deve estar te esperando.

Então nos saímos do grande ginásio, em direção ao lindo e gigante castelo.

Daisy estava me esperando a porta do imenso... auditório.

-Boa tarde Celeste. Capitão. – Daisy assentiu ao capitão então logo me puxou pelos braços em direção ao auditório.

-Seja bem vinda, a nossa sala.- Disse logo fechando a imensa porta.

-Sente- se onde você quiser tem bastante lugares. – Me sentei na primeira fileira bem em frente a um imenso painel.

- Bom eu vou te explicar um pouco sobre nosso reino, a cultura, e todas as suas duvidas. – Levantei minha mão rapidamente como se estivesse em uma sala de aula. -Sim?

-Quais são seus... poderes? E qual a participação de vocês na corte?

-Uma ótima pergunta Celeste. – Disse ela batendo as mão em comemoração. – Primeira eu não sou uma feérica, sou metaforma. – Então ela passou os lindos cabelos crepos por tras das orelhas, mostrando orelhas arredondadas, e não pontudas, como as minhas. – E sim eu sou imortal, mas não sou como você, eu posso modificar minha aparência, ou me tornar qualquer animal, que possa se imaginar. E sim eu tenho poderes, herdados de minha mãe, antes de...hum... você sabe. Mas especificamente , eu consigo criar portais, para qualquer lugar ou dimensão. – Então um grande portal apareceu, me mostrando a visão de minha cidade natal, vista de cima, então o portal logo desapareceu.

– Já Chloe por exemplo, consegue mover os objetos com apenas um pensamento. Phillip controla mentes, gelo e o ar. E Henry, infelizmente não foi concedido com nenhum poder, ele tem sorte de ser um grande guerreiro. E respondendo a sua pergunta, nos somos da corte de Brishiget, a corte de luz.

-Por que esse nome?

-A muito tempo, quando deuses ainda existiam, no pico mais alto da terra, havia um grande palácio, onde abrigava todo deus que pode se imaginar. - o telão se movimentou, projetando imagens do tal palácio, onde podia ver pessoas... não deuses, de todo tipo, comendo e festejando juntos. -Todos sempre viveram em paz e harmonia, mas o deus das trevas - A imagem de um homen alto e magro se projetou, os cabelos pretos como carvão, os olhos, igualmente pretos, e a vestimenta, também preto. Mas o que me chamou atenção foram as longas e gloriosas assas, como um morcego. -Ganancioso como sempre, traiu a confiança da deusa da luz, a deusa que segundo as lendas originou o mundo. - A minha avó, apareceu no telão, agora com a pele mais nova, e os cabelos prateados mais brilhante, e a pele negra, mais reluzente. -Se aliando ao próprio diabo, e então foi expulso do grande palácio, ficando com todo o lixo dos deuses, todo o que não tinha mais utilidade, a cada dia lixo e mais lixo tinha se despejado no submundo do deus das trevas. - Um lugar escuro e cheio dos mais variados lixos havia se projetado no telão, mais o que mais me chamou atenção foi o trono, de ossos, humanos.-E ele a cada dia planejou mais a sua vingança. E então seu dia chegou. O deus das trevas se infiltrou no grande palácio, matando um por um, pelo poder do pensamento, mas quando chegou no salão principal, a corte da luz o parou. O banindo da terra, e então ele ficou em seu submundo por longos anos.

-ele conseguiu escapar? -perguntei curiosa.

-Bom isso e historia para a próxima aula, aproveite seu tarde de amanhã com Chloe. - Franzi a testa para Daisy, que logo explicou:

-Aula de etiqueta.

Era só o que me faltava. Sai da sala de Daisy dando um ultimo aceno pra Daisy, que retribui-o com um sorriso acolhedor.

Ja estava na metade do corredor, quando passos firmes e fortes, me chamaram atenção.

-Está andando a essa hora sozinha por que princesinha?

Henry.

A princesa perdida Donde viven las historias. Descúbrelo ahora