VINTE E TRÊS

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Pov Eliza

Acordei olhando para a janela. Me sentei na cama e olhei para o relógio de madeira na parede. 4:37 da manhã. Então vi uma grande coruja marrom claro na janela, quando me aproximei curiosamente, percebi que Daphne estava dormindo.

Abri a grande janela, havia uma carta no bico da coruja. Peguei a carta e a desdobrei.

Me encontre no lago negro. Agora.

Uma carinha sorridente desenhada abaixo das palavras. Eu não sabia quem poderia ser, mas fui assim mesmo. Coloquei um moletom sobre o pijama e segui para a sala comunal, caminhando silenciosamente, e saí para o corredor da masmorra. A frieza me atingiu em um instante. Andei rapidamente pelos corredores até sair.

O céu noturno se iluminou com mil estrelas. O sol nascendo ligeiramente do outro lado do lago negro enquanto eu descia a colina em direção ao lago, notei uma figura negra com um capuz preto sobre a cabeça, ele estava olhando para a água. A figura jogou uma pedra fazendo com que ela quicasse na água algumas vezes.

Quando me aproximei, a figura se virou. Um cabelo loiro platinado. Era Draco. 

Eu não tinha certeza de quem estaria me esperando, mas fiquei surpresa quando o vi. Ele tinha um sorriso agradável no rosto. Percebi um cobertor verde no chão.

— O que é isso? — perguntei curiosamente.

— É para você — respondeu ele.

— Para mim? — eu perguntei.

— Sim, boba. Sente-se — ele gesticulou para o cobertor.

Quando me sentei, ele também sentou, tirando o capuz para revelar seu cabelo loiro bagunçado. Ele parecia incrivelmente bonito.

— Está com fome? —  ele me perguntou.

— Acho que sim — eu disse e ele magicamente apareceu com uma tijela de morango e chocolate derretido.

— Uau — eu engasguei. 

Lambi um morango, mergulhando-o no chocolate quente derretido. Draco fez o mesmo.

Rimos e conversamos enquanto o sol lentamente começava a nascer. Eu aproveitei cada momento. Acho que nunca ri tanto quanto esta manhã.

— Eu quero te perguntar uma coisa — Draco disse em um tom mais sério.

— Diga.

— Bem, eu... eu tenho um presente para você — disse ele enquanto pegava uma pequena caixa.

Olhei para a pequena caixa preta, confusa, mas também com completa felicidade. 

— Você não precisava — eu disse a ele.

— Eu precisava. Eu fui um idiota. E eu não quero bagunçar o que quer que seja que nós temos. Eu não quero perder você, Eliza — ele disse enquanto me olhava nos olhos — Eu... eu quero que você seja minha, e eu quero ser seu. Oficialmente.

Ele abriu a caixa e havia um colar de prata com um pequeno cristal verde esmeralda preso a ele.

— Isso é tão lindo — eu disse em quase um sussurro enquanto admirava o colar deslumbrante — Você não precisava me dar nada para me fazer querer ser sua.

— Eu sei, mas eu queria — Draco disse enquanto pegava o colar da caixa e o erguia.

Puxei meu cabelo e ele gentilmente acariciou minha nuca, envolvendo o colar em volta do meu pescoço enquanto o colocava em mim. Senti uma mão fria na minha nuca. Fechei meus olhos apreciando seu toque.

Not So Innocent | Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora