TRINTA E NOVE

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Pov Eliza

Não acabou

Eu encarei as palavras com confusão. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Por que havia um pássaro em uma caixa de presente e porque ele morreu? E o que diabos significava as palavras "não acabou"?

Larguei o pergaminho no segundo que percebi.

— Noah — murmurei em descrença.

Eu estava assustada. Como ele sabia onde eu morava? Como ele entrou?

—Eliza? Você está vindo? — ouvi minha mãe chamar.

Eu rapidamente escondi o pergaminho dentro da gaveta e joguei a caixa de presente na lixeira. Desci as escadas e fui para a sala de jantar onde minha mãe e meu pai estavam sentados.

— Você está bem? — meu pai perguntou.

— Tudo bem —  eu respondi enquanto me sentava.

Tivemos assado no jantar. Eles pareciam relativamente animados por eu estar em casa. Eu queria estar também, mas não conseguia parar de pensar em como Noah sabia onde eu morava.

Minha mãe é uma mulher doce e gentil. O nome dela é Diana Rosier. Ela sempre esteve lá para mim, sempre esteve lá para conversar, sempre foi o ombro para eu chorar. Meu pai se chama Richard Rosier. Ele é extremamente protetor e é bem conhecido entre os homens de sangue puro. 

Agora que a guerra acabou, eles geralmente têm reuniões no ministério ou em uma de suas casas. Ocasionalmente, há festas e bailes, mas eu não ia desde que era mais nova.

Não me lembro da guerra, aconteceu quando eu era apenas um bebê, mas meu pai me conta muitas histórias. Ele foi um dos muitos Comensais da Morte, ele ainda tem sua marca. Ele não se orgulha disso, mas as histórias que ele me conta são bastante interessantes.

— Como foi a escola neste semestre? — pai perguntou.

— Foi bom. Acho que foi o melhor até agora — respondi com sinceridade.

— É maravilhoso ouvir isso — minha mãe sorriu.

— Por que? — questionou meu pai.

— Fiz alguns amigos novos — respondi.

— Que bom — disse a mãe

— Algum namorado? — meu pai disse com uma sobrancelha levantada.

Quase engasguei com a batata — Não — respondi.

Isso era mentira. Se eu dissesse ao meu pai que Draco Malfoy era meu namorado, ele não aprovaria de forma alguma. Sim, ele é amigo do pai de Draco, mas ainda tem suas opiniões sobre os Malfoys.

— Quem são seus amigos? —questionou meu pai, sendo intrometido como de costume.

— Seus nomes são Daphne e Pansy — eu respondi.

— Parkinson e Greengrass?

— Sim — eu disse.

— Você vai poder vê-los no Baile de Natal deste ano — disse meu pai.

— Eu vou este ano? — eu perguntei.

— Sim! Nós pensamos que será bom para você — disse o pai — Além do mais, será nos Malfoys este ano e eles levam a sério seus bailes de Natal.

Oh porra...

— Oh. Estou ansiosa por isso — eu disse enquanto escondia o choque em minha voz.

Not So Innocent | Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora