09 - O início de um sonho

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B: Chegamos! - Bianca anunciou, de maneira desnecessária, assim que o carro cruzou o portão da garagem. - Fica aí, quietinha!

R: Bia, você sabe que eu posso andar, né? - Estava achando até um pouco engraçado aquele cuidado excessivo da esposa.

B: Nóbrega, você pode carregar a Rafa até o nosso quarto, por favor? - Ela estava sentada ao lado de Rafaella, ainda dentro do carro.

R: Pelo amor de Deus! - Arregalou os olhos, totalmente sem acreditar naquilo. - Não, Nóbrega, não precisa disso não.

No entanto, o motorista saiu do carro e abriu a porta para a mineira e, antes que ela pudesse pisar no chão, o homem estava bloqueando sua passagem.

N: Desculpa, Rafa, mas eu concordo com a Bia. - Cruzou os braços e olhou para a carioca, que confirmou com a cabeça. - Então com licença... - Devagar, passou um braço por trás dos joelhos dela e o outro pelas costas, a pegando no colo.

R: Eu não acredito que vocês estão fazendo isso! - Protestou, mas se segurava no ombro do homem que lhe carregava.

N: Repouso é repouso, Rafa. - Esperou Bianca abrir a porta da frente para poder entrar.

R: Eu juro que eu vou matar vocês dois! - Foi sua vez de cruzar os braços e fazer um bico, assim que Nóbrega a colocou na cama.

N: Qualquer coisa é só me chamar.

B: Obrigada, Nóbrega! - Agradeceu enquanto ele saía do quarto e fechava a porta. Virou na direção da cama e caminhou lentamente, um sorriso enorme em seu rosto. - Vai tirar esse bico ou eu que vou ter que tirar?

R: Não tinha necessidade disso, Bia. - Ainda estava emburrada. - Cê sabe que eu odeio dar esse tipo de trabalho.

B: Mas vai ter que se acostumar... - Engatinhou na cama até chegar bem perto do rosto dela. - Porque no que depender de mim, amor... - Deu um selinho nos lábios dela. - Você vai ser a mulher mais mimada e cuidada que já pisou nessa terra.

R: Se for pra ganhar beijinho assim... - Acabou cedendo e virando o rosto para ela. - O perigo é eu me acostumar.

B: Pois pode se acostumar. - Encostou a testa com a dela e sua mão direita foi parar no ventre dela, fazendo um leve carinho.

R: Bi... - Sua voz era calma e receosa. Apoiou a mão na bochecha da esposa e fechou os olhos. - Cê sabe que...

B: Eu sei, amor. - Encostou o nariz no da esposa. - Mas eu tô tão feliz...

R: Eu também, Bi. - Ergueu minimamente o queixo e conseguiu encostar os lábios nos dela. - Mas a gente precisa esperar até fazer o teste.

B: Eu sei disso também, Rafinha. - Segurou o rosto da mineira com as duas mãos. - Eu amo você.

R: Eu também amo você.

A viagem de Bianca estava marcada para o mês seguinte. Decidiram fazer logo a transferência do embrião, assim a empresária ficaria longe no princípio da gravidez. Ela já tinha programado para voltar para o Brasil durante o curso, assim não ficaria longe por tanto tempo. Em sua agenda, já tinha planejado quatro finais de semana, mas estava pronta para voltar a qualquer momento.

Ainda naquela semana, Flavina chegaria para ficar com Rafaella, como tinham combinado. Dali a sete dias era o aniversário de Luiza. Então elas estavam com os dias cheios, com as emoções afloradas e as expectativas também eram altas. A mineira tentava ao máximo conter sua ansiedade e tinha um certo medo do que poderia sentir caso não saísse como o esperado. Ela entendia bem os riscos e as possibilidades. Estava preparada para tudo.

DevagarinhoWhere stories live. Discover now