12 - Perfeita Sincronia

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Assim que passou pelo portão de desembarque, Bianca deixou os dois carrinhos com as bagagens com Venturotti e saiu praticamente correndo assim que viu a esposa. O aeroporto estava lotado, no meio do dia, mas ela simplesmente ignorou tudo aquilo e se jogou nos braços de Rafa. Tinham apenas quinze dias sem se ver, mas a sensação era de quinze meses. Nem tentou conter as lágrimas quando sentiu o calor do abraço da mineira.

B: Que saudade, amor! Que saudade de vocês! - Seu rosto úmido enterrado no pescoço dela, os lábios beijando qualquer pedaço de pele que encontrasse.

R: Nem me fale, meu amor! Eu já não tava aguentando mais! - Apertou bastante o corpo da carioca contra o seu, como se aquilo fosse fazer com que o sentimento de saudade passasse mais rápido.

B: Deixa eu olhar pra você. - Deu dois passos curtos para trás e deixou os olhos percorrerem a figura dela. - Tu mudou tanto, amor!

R: Aí cê já tá exagerando, Bia. Não mudei nada não. - Seu sorriso alcançava os olhos, que estavam bem apertadinhos.

Os olhos verdes prenderam os castanhos, que ficaram ali por alguns segundos. Era uma troca muito especial que elas tinham, através do olhar, conseguiam identificar se tudo estava realmente bem e era ali, também, que elas percebiam o quanto se amavam. Rafaella respirou fundo e piscou algumas vezes, desviando o olhar. Abraçou a esposa novamente para poder falar perto do ouvido dela.

R: Melhor a gente parar, amor. - Seu nariz percorreu o pescoço da carioca e imediatamente sua boca se encheu de água e um arrepio percorreu sua coluna.

Bianca estranhou um pouco aquela reação dela. Não era por estarem em público, Rafa nunca teve problemas com isso desde que se assumiram. Por isso voltou a analisar o rosto dela, buscando por uma resposta. Só precisou de dois segundos para um sorriso presunçoso se formar em seus lábios.

B: Sério? - Perguntou baixinho, ainda sorrindo.

R: Sério. - Apertou a cintura da esposa. - Muito tempo sem você...

B: Foram só quinze dias, amor... - O canto direito de sua boca levantou, formando um meio sorriso. Voltou a ficar mais perto da mineira, fazendo com que seu quadril tocasse o dela, as mãos apoiadas em seu quadril.

R: Quinze dias é tempo demais, Bianca. É tempo demais sem você na nossa cama. - De repente, lembrou das noites que passou sozinha, desejando que a mulher estivesse deitada ao seu lado, sentindo o calor reconfortante do corpo dela.

V: Ei! Vão me deixar aqui, é? Largada, abandonada, sozinha? - Se aproximou, empurrando com dificuldade os dois carrinhos com as bagagens. - E essa demonstração bem pública de afeto de vocês tá quase passando dos limites. - Soltou uma respiração pesada, quando finalmente conseguiu chegar até elas. - Vamos? Eu tô cansada e vocês, aparentemente, precisam matar essa saudade, né?

Venturotti não estava mentindo. Assim que Rafaella estacionou o carro na garagem, depois de deixar a amiga, e viu o portão da casa fechar, tirou o cinto de segurança e avançou na direção da esposa, atacando seus lábios e depositando ali toda a saudade que sentia. Bianca respondeu na mesma intensidade, segurando o rosto da mineira para garantir que ela não saísse dali, mesmo sendo desnecessário.

Sentada no banco do motorista, a mulher empurrou o assento para trás e puxou a carioca para que ela sentasse em seu colo. Suas mãos foram direto para as costas de Bia, por baixo da roupa que ela usava, fazendo com que um suspiro saísse de seus lábios. Era bom demais sentir a pele da esposa, poder tocá-la e beijá-la.

B: Rafa... - Tentou separar os lábios dos dela, mas não conseguiu. - Amor...

R: Não. Eu quero você. - Desceu as mãos para a bunda da carioca e apertou, ganhando outro suspiro. - Eu quero transar, Bianca.

DevagarinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora